Agressor pediu ‘pena de morte’ para político e fez curso de tiro

Foto: Reprodução

Agressor de Bolsonaro, o servente de pedreiro Adélio Bispo de Oliveira

Preso na noite de quinta-feira, 6, por ter ferido com uma facada o candidato Jair Bolsonaro (PSL), o servente de pedreiro Adélio Bispo de Oliveira, de 40 anos, usou as redes sociais para disseminar mensagens de ódio contra o deputado nos últimos meses entre elas, uma em que pedia “pena de morte” ao presidenciável, chamado “traidor”, “judas” e também xingado. A mensagem, postada no dia 16 de julho, reproduz um vídeo editado em que o deputado fala sobre a Amazônia e a base espacial de Alcântara (MA) e é acusado de pregar a entrega do patrimônio nacional aos Estados Unidos. Sobre essas imagens, enquanto o parlamentar fala, surge a inscrição: “Jair Bolsonaro traidor – judas pena de morte pra esse fdp (sic)”. Em outra publicação, ele reproduziu gravação em que Bolsonaro e a também deputada Jandira Feghalli (PCdoB-RJ) debatem na TV sobre a ditadura militar. Oliveira comentou: “Dá nojo só de ouvir dizer que a ditadura deveria ter matado pelos uns 30 mil comunistas”. Antes da mensagem em que prega a pena de morte ao candidato, Oliveira praticou tiros no Clube e Escola de Tiro.38, em São José (SC), no dia 5 de julho. O clube é frequentado por dois filhos de Jair Bolsonaro – Carlos, vereador no Rio de Janeiro (PSL), e Eduardo, deputado federal (PSL-SP). Ao jornal O Estado de S. Paulo, o Clube 38 confirmou que Adélio praticou tiros com a supervisão de um instrutor. Em 2013, Oliveira foi acusado pelo crime de lesão corporal no município de Montes Claros (MG), onde morava. Segundo o major Flávio Santiago, porta-voz da Polícia Militar de Minas Gerais, o caso envolveu a agressão a outro homem por causa de uma cobrança de dívida.

Estadão Conteúdo