Angelo Coronel critica criação do Ministério da Segurança

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Presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, Ângelo Coronel

O presidente da Assembleia Legislativa da Bahia – ALBA, Angelo Coronel, disse que a criação do Ministério da Segurança Nacional, que será anunciado na próxima semana pelo presidente Michel Temer, é somente mais “uma jogada de marketing eleitoral”. “Qualquer pesquisa de opinião vai apontar a segurança pública como a preocupação número um do povo brasileiro. O Governo Federal está trabalhando em razão disso e não para resolver, de fato, o problema. A intervenção do Exército no Rio e, agora, este ministério, é ‘jogar para a plateia’. O problema é que o governo Temer tem zero credibilidade para mudar alguma coisa neste país”, disparou Coronel.A declaração foi dada hoje (23.02), no Jardim Baiano, em entrevistas à mídia local, durante a posse do desembargador Nilson Castelo Branco, substituindo a desembargadora Maria de Lourdes Medauar na direção-geral da Escola de Magistrados da Bahia (EMAB). Para o presidente da ALBA a questão da segurança pública não será resolvida com a criação de um ministério. “É somente mais burocracia, porque os organismos para o combate ao crime já existem, como as polícias Federal, Militar e Civil. Lenin, na Revolução Russa, já dizia que ‘o Estado era, em suma, uma rede de tribunais, prisões e polícia’. O que precisa é que eles funcionem de fato”, critica Coronel.Angelo Coronel ressalta que a criminalidade é assustadora em todas as cidades brasileiras, inclusive em lugares aprazíveis ou historicamente pacatos e ordeiros. “O que ouço de prefeitos, de diversos municípios, é que os bandidos, as drogas e a criminalidade não poupam mais ninguém. Vilas e distritos rurais, por mais pobres que sejam, sofrem esse flagelo. A questão é que um ministério não vai chegar a todos os rincões do Brasil. Além do combate policial inteligente, precisamos encarar a questão da desigualdade social e da falta de empregos. E para isso, o governo Temer não tem solução alguma. Ao contrário: só retrocessos sociais e econômicos”, aponta o chefe do Legislativo da Bahia.F. Política Livre