Artigo: DA SÉRIE: ENSAIOS QUE NOS LEVAM A PENSAR – Neste “ENSAIO”, o autor trata-se de um crime sem solução, que as autoridades tentam inculpar o menino Marcelo Pesseghini. Em detrimento, a lógica e a razão, que sugere e apontam noutra direção. Em o Plano Macabro.

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DA SÉRIE: ENSAIOS QUE NOS LEVAM A PENSAR

Da sub-série: Temas polêmicos.

 

O PLANO MACABRO

 

Um pai, uma mãe, uma avó, uma tia avó e um menino com fibrose sística, e com a cabeça cheia de fantasias adquiridas nos jogos eletrônicos…

 

Eis aqui, em forma de conto o planejamento do caso mais escabroso e intrigante dos últimos tempos… Não tenho como não me lembrar de Sherlock Holmes! Elementar, meu caro Watson.

 

Por Edimilson Santos Silva Movér

 

O inglês: Sir Arthur Ignatius Conan Doyle nasceu em Edimburgo no dia 22 de maio de 1859, vindo a falecer em Crowboroug no dia 7 de julho de 1930, ele foi um extraordinário escritor. Temos que nos lembrar, que a Inglaterra também produziu uma grande escritora que abraçou o mesmo estilo literário de Conan Doyle, que é a novela investigativa de crimes de difícil solução, esta escritora foi a Aghata Mary Clarissa Cristie, que nasceu na década de 90 do mesmo século XIX, ela produziu mais livros e suplantou Conan Doyle nas vendas, mas, ela levava a vantagem de ter lido toda a obra do criador de Sherlock Holmes, embora, sendo ela mais prolixa, nunca o suplantou em criatividade. Aghata Cristie era insuperável no suspense e no mistério. Quem já leu “O Assassinato no Expresso do Oriente”, sabe disso. Todos conhecem o seu personagem principal o detetive Hercule Poirot e a famosa Miss Marple. Mas, o poder criativo e dedutivo da mente de Conan Doyle foi o motivo do seu sucesso. Sendo ele o criador do modelo de investigação científica dos crimes, e também desse modelo literário,  precursor da moderna ciência da investigação criminal. Daí  seu grande sucesso como escritor. Seus personagens principais foram Sherlock Holmes e John H. Watson, (amigo e auxiliar de Holmes).

Como tudo no universo tem o seu oposto! Toda investigação possui também a sua anti-investigação, sendo que esta anti-investigação será sempre criada pelo autor do ato criminoso, ou pelo investigador. Pois, se o investigador mudar o sentido da investigação propositadamente, ou influenciado pela astúcia do criminoso, ele se iguala ao criminoso, deixando de existir o investigador! Passam, então, a existir dois criminosos! E a investigação torna-se uma anti-investigação… Elementar meu caro Watson…


Este conto que vos apresento tenta esclarecer a montagem do plano criminoso que ceifou a vida de cinco possoas; esta montagem é tão somente uma das inúmeras variáveis prováveis de um acontecimento recente, e que é constantemente assunto na mídia nacional, com reflexos na mídia mundial.

 

Como disse, o que faço aqui, é tão somente analisar uma das muitas variáveis possíveis que qualquer crime misterioso possui, isto, logo no início de sua investigação, naturalmente que porei algumas discordâncias em evidência. Não acredito no axioma de que não existe o crime perfeito, pois, uma mente criminosa que já conta com a incapacidade da investigação dos órgãos competentes, sempre obtém sucesso na execução de seus planos criminosos. E isto torna possível o crime imperfeito tornar-se um crime perfeito pela sua corriqueira e contumaz insolubilidade! Portanto, fica entendido que não acredito nesta ideia de que não existe o crime perfeito. Esta opinião, embora  seja quase uma unanimidade, não creio que possa ser tomada como uma verdade axiomática sobre a qualificação do grau de perfeição dos  “Crimes”.

 

As dificuldades encontradas para elucidar um crime praticado com premeditação e lógica, por mentes dotadas de grande criatividade e inteligência, são dificuldades que tem duas origens, sendo assim, proporcionais à inteligência de quem o pratica e à inteligência de quem o investiga. Quando, quem investiga não tem interesse na elucidação do crime, este “não interesse” aumenta as dificuldades, que já são previstas pela mente criminosa, ou quando a investigação tem interesse na elucidação do crime, e isto é do conhecimento do criminoso com antecipação. Então, este fator já está previsto e entra no plano preconcebido pela mente criminosa, tornando o crime realmente difícil de se elucidar. Aí então, as dificuldades chegam ao infinito, e tal crime torna-se um crime perfeito, no sentido de tornar-se um crime insolúvel.

 

O fato de dizerem que não há o crime perfeito, não cria o crime imperfeito. Por mais mal planejado que seja um crime, se este crime não for elucidado torna-se um crime perfeito por  tornar-se insolúvel. Na realidade o que entra em disputa no jogo do planejamento de um crime, “versus” o jogo da investigação, é o grau de
capacidade criativa da mente criminosa que planeja, versus o grau de capacidade dedutiva da mente que investiga…

 

Bem, vamos ao conto: Ou melhor, ao plano a que se refere o conto…

 

A quebra de um segredo e a utilização do conhecimento de um fato corriqueiro, mas, terrível, como peças na elaboração de um crime, que até o momento está insolúvel. Este fato corriqueiro é a existência de alguém que ameaça e que depois aparece morto, condição na qual não mais podemos saber se cumpriu, ou se cumpriria a ameaça…

 

Quando alguém diz públicamente e repete várias vezes que vai praticar um crime! Uma mente criminosa dentro deste ambiente e contexto, conhecendo, quem faz a ameaça e conhecendo as vítimas, pode aproveitar-se disso, e praticar o crime, imputando a culpa em quem ameaçou praticá-lo. Ou pelo menos deixando quem ameaça como suspeito principal de um crime que ele não cometeu. Depois do crime executado, sempre aparecerá um conhecido de quem fez a ameaça dizendo: Ele me convidou para participar, isto passado uns tempos, nunca nos dias imediatos ao crime. O medo e a incerteza dos resultados ainda pendentes não permite tais confissões ou pronunciamentos.

Tenham certeza que fatos desta natureza sempre acontecem, e se repetem no mundo perverso do crime. Os criminosos sempre se aproveitam dos que ameaçam em vão, pois os que ameaçam e cumprem o que ameaçam, não dão vez aos criminosos interessados naquele tipo de ameaça.

 

No inverno de um ano qualquer, umas duas semanas antes de uma tragédia que tornar-se-ia incompreensível para a maioria das pessoas! Dois amigos se encontram não casualmente num parque, protegidos pela sombra de uma árvore frondosa, sentam-se  num banco existente ao pé da árvore, e os dois começam o mais estranho diálogo que a velha e frondosa árvore já presenciou e ouviu. Um é de profissão ignorada, talvez um detetive, vestia um terno de qualidade, mas, comum, era de estatura normal para os moldes brasileiros, ele não passava de um metro e oitenta, não era tão alto, mas, notava-se sua altura facilmente, o outro não passava de um metro e sessenta e era o “capo di tutti capi” do mais poderoso grupo criminoso da grande cidade. Trajava um terno italiano bem cortado de uma grife famosa. O diálogo teve início com estas palavras do homem alto: Estamos perto do armagedom! A P2 deles está em alerta total, e ao que parece a policia federal está metendo o bedelho no caso, lembra-te daquele caso do talco enfiado no bagageiro do avião da comitiva do governo em Callie. O caso não chegou ao conhecimento da mídia, mas, seiscentos e cinquenta quilos  da bendita foram perdidos, evaporou-se, desintegrou-se, virou bufa de socialaite, mas estou sempre de bituca! Queimada é que ela não foi! Eles não conhecem minha mente! Neste momento vais ouvir o segredo dos segredos, se vazar viramos lembranças, somente isso, lembranças e noticia para a mídia e nada mais. Naquela reunião em que, por unanimidade do grupo ficou decidido que em caso de dificuldade, nós dois estaríamos autorizados a decidir pelo grupo todo, por não pertencermos ao grupo daqui. Para o grupo daqui, somos insuspeitos, este é o fator pelo qual nossa ação consegue baratinar a investigação. Por isso, sempre recebemos em dólares e em ouro, nunca na moeda do país.

 

Preste bem atenção no que vou te dizer! Um cabo parideiro descobriu não sei como, que nosso grupo estava metido no sumiço da divina, e também no caso das máquinas dos trouxas. A P2 não me amedronta, no entanto a Federal possui os melhores  métodos de investigação e agentes inteligentes e o pior é que são perseverantes, soube de um caso que levou cinco anos de investigação, mas, descobriram tudo, os filhos da puta tem faro de cachorro. Ao que o “capo di tutti capi” que tinha permanecido calado, só escutando, exclamou! Estamos fodidos… Se fosse só  o caso da divina, era tolerável, só dá uns anos de pensão, mas, se descobrirem tudo, é perpétua na certa. Replicou o homem alto em voz baixa, pois, parecia com medo de ser escutado, ele sempre olhava para o furgão que vendia sorvete a cinquenta metros junto ao meio-fio da rua que circundava o Parque. Se descobrirem os nomes dos figurões, nem num presídio de segurança máxima estaremos com a vida em segurança. É provável que nem com a vida.

 

O altão disse ao “capo di tutti capi” numa voz tão baixa, que o “capo” pediu também em voz baixa, para que ele falasse mais alto. O homem alto aumentou a voz um milésimo de decibel, e continuou: A sorte é que a porra do cabo rachado não fez a denúncia completa, guardou os dados, e está a negociar com o comando a entrega de uma pasta. Sei onde a pasta está, e mantenho vigilância sobre ela 24 horas por dia, houve uma ameaça de se fazer cópias da mesma, mas, não o fizeram, disto tenho certeza. A ganância é mal conselheira! Uma hora e meia depois de tudo resolvido esta pasta estará nas minhas mãos. Eles a esconderam na casa de um parente, sem o conhecimento deste parente. Mando o hipnotizador ir lá, fardado, pedindo à idosa para responder algumas perguntas, eu ligo pra ele naquele momento, ele pede educadamente a pessoa para entrar no quarto enquanto ele diz algumas coisas sigilosas ao telefone, e pega a pasta que está em cima da peça antiga e alta na sala. Uma escuta estratégica é de grande valia. Escute! Disse o homem alto: O artista de circo deverá estar aqui com antecedência de uns quinze dias, em relação aos outros, é necessário que ele trabalhe a mente do menino antes do acontecimento principal. Pois, ainda há uma solução, descobri casualmente que o sargento – marido dela, nos últimos dias, sempre conversa a sós com um amigo e colega de trabalho no antigo sanitário do antigo refeitório demolido. Quando este colega for buscar a pasta e não encontrá-la, ficará calado e assombrado com o desaparecimento da pasta que ele mesmo pôs ali.  Pois, somente ele e o morto sabiam do paradeiro desta pasta que não sabemos o que contém. O homem alto enquanto calibrava o raciocínio, e para clarear as ideias enveredou por um caminho que não tinha nada a ver com o assunto em pauta, e disse: eu é que não sei porque não foi demolido, julgo que foi porque o pessoal da empresa de demoliçao o utilizou até  o fim dos serviços de demolição, isto, por comodidade, e o deixaram sem demolir por economia! Plantei uma escuta lá e muito mais coisas descobri. Por precaução já retirei a escuta, mas, já sei de tudo. E já tenho um plano para por em prática, mas necessito de tua ajuda, pois o plano envolve três pessoas, dois homens e uma mulher, pois é claro que não posso utilizar meu pessoal, estas pessoas você vai trazer do Rio; quanto mais capazes da empreitada melhor, e no final serão premiadas regiamente com um longo mergulho, lembra-te do transporte da carreta com a divina até aqui, vai ser da mesma forma. Vão ser regiamente pagos por ti, o pagamento tem que ser dentro do teu barco e zarparás com todos para o alto mar, serão envelopados e descansarão no fundo do mar, tendes alguma dúvida ou perguntas a fazer? – Tenho sim, não possuo ainda o conhecimento de tudo que preciso saber! – Respondeu o “capo di tutti capi”, – me conte os detalhes do plano, senão como escolho os elementos certos? O homem alto pensou demoradamente, passou  as duas mãos em concha no rosto e respondeu! – Claro, claro, o plano vai seguir à risca os fatos que já estão dentro do meu conhecimento, entenda que para adquirir este conhecimento perdi um tempo precioso. Fora destes fatos já conhecidos, mora o fracasso na elaboração do plano, o que representa cadeia, e muita cadeia.

 

Antes de te transmitir o plano, queria tecer algumas considerações para que você possa escolher o pessoal certo. Ok? O plano só será executado se nós dois estivermos em completo acordo com todos os seus detalhes! Não podemos divergir nas ações que teu grupo praticará, isto é essencial. Tenha a mais absoluta certeza que reconheço que sois um gênio. E de que tenho orgulho de ser teu amigo há tanto tempo; saiba que tenho inveja da tua mente… Embora eu já tenha te ajudado algumas vezes! Se estou vivo e aqui, isto devo a ti…

 

O “capo di tutti capi”, nada respondeu, somente balançou a cabeça em sinal de assentimento, amassou as mãos como para estalar os dedos e calou-se. O altão já o conhecia e sabia que a mente do “capo di tutti capi” estava funcionando a mil, e estava cem por cento atenta.

 

Então, o altão continuou: O plano obedecerá rigorosamente aos seguintes parâmetros, comportamentos, juizos,  ordens e definições, isto, é essencial para que o plano alcance o sucesso esperado: Qualquer discrepância que notardes fora de tua lógica, deves discordar e alertar-me.

Todos os participantes não devem me ver, senão, ligam você a mim, e se eles me conhecerem, no caso de falha nalgum ponto do plano, o desastre será arrazador. Se não me conhecem, eles é que se fodem. Se te buscam; tua única salvação é o “bunker”. Adiante te explico sobre o “bunker”.

 

Todos os participantes deverão ser de um mesmo grupo, isto é de suma importância, pessoas de grupos diferentes por mais competentes que sejam geram um altíssimo grau de desconfiança mútua e riscos desnecessários, todos devem se conhecer, pois isto gera o sentimento de  conjunto. Devem ter as mesmas culpas perante a lei. Onde um não possa se desentender com o outro, serão portanto, decididos, inteligentes, e obedientes às ordens e principalmente obedientes às minuncias e tessituras de um plano complexo como este que temos que por em ação. Todos serão instruídos, primeiramente em conjunto, e depois em separado, tem ações que um pratica sem o conhecimento do outro, pois, há ações dependentes de outra ação ocorrida noutro tempo, não podemos prescindir de nenhuma das ações planejadas, a investigação se verá perdida, o tempo ou a hora da execução das ações não obedecerão a lógica comum! posso te adiantar que já estamos em atraso, as ações do comando logo virão. Temos que agir com rapidez, se a denuncia for feita pelo cabo através da entrega da pasta, estamos fritos, o certo é mantermos dinheiro sempre disponível e passaportes sempre no bolso. Em qualquer caso e em qualquer tipo de emergência, só nos encontraremos num único local.

 

Vais neste momento tomar conhecimento de um segredo:

 

Possuo uma casa com um “bunker”  no lado oeste da cidade, as coordenadas da casa são: lat. yyºyy’yy’’ long. xxxºxx’xx’’ está praticamente no campo, afastado dela uns quinhentos metros, dentro de uma mata foi mandado construir um “bunker” este está nas coordenadas: lat.yyºyy’yy’’ long. xxxºxx’xx’’ Com um GPS chega-se lá de olhos vendados. Sim! Um aviso, não podes anotar nada do que estou te passando e vou te passar. A construção do “bunker” data do fim da década de 1930 – o “bunker”  foi construido pelo antigo proprietário e morador, um engenheiro alemão muito rico, do partido que fazia oposição ao matador de judeus. Veja que na época era uma fazenda muito distante da cidade, e que este “bunker” foi construido por operários vindos de Santa Catarina, que decorrido tanto tempo, nesta altura já estão todos mortos. Como quem me passou a propriedade já está morto, só eu sei da existência deste “bunker”, e de agora em diante você também. O matador de judeus exterminou todos seus familiares e parentes, foi meu avô que o ajudou sair da alemanha, daí sua gratidão, me passando tudo a custo zero, antes de falecer. Portanto só eu conheço a localização deste “bunker”, a entrada está disfarçada, e é de difícil localização, senão quase impossível, ele possui um sistema de ar com a tomada numa árvore oca, e outra inativa, com a tomada de ar a 1 metro abaixo da superfície do solo, quase brotando do chão, esta é para o caso de emergência, nunca foi usada. Este “bunker” foi abastecido recentemente por mim, e sozinho, e de noite, está com tudo necessário para dez homens sobreviverem por 90 dias, se necessário ficaremos por lá por vários meses, até a poeira abaixar, tudo foi comprado à dinheiro, e em cidades diferentes. Antes de ocuparmos o bunker, deixaremos vestígios no teu barco, de que fomos mortos como queima de arquivo. Passado o sufoco, deixaremos o país. Já tenho pra onde ir, grande parte do que possuo está no exterior. Viu porque não podemos falhar, nem nos separar! Um depende do outro. O mais provável é que nem falem de nós, e nem nos procurem. Somos a segurança do grupo. Por isso, somos completamente desconhecidos da maioria deles…

De agora em diante entenda, (SOPEFA) como:, (Sob PEna de FAlha).

O “capo di Tutti capi”, assentiu com um movimento de cabeça e continuou calado, mas extremamente atento.

 

Agora falaremos sobre a escolha dos teus, ou melhor, dos nossos homens, (SOPEFA). Estou listando  o mínimo necessário! Espero que ainda saiba onde se encontra aquele artista de circo que matou a mulher hipnotizando-a e induzindo-a a pular da ponte Rio/Niterói, é necessário ele ou outro bom em hipnose. Ele não poderá me ver, pois, me conhece, assim, não me ligará a nada deste plano. Na realidade ninguém me verá.

 

A mulher deverá ocupar a posição da nova empregada, caso chegue alguém da família, na tarde de domingo ou na noite deste dia. Saiba que eles estão procurando uma pessoa para cuidar da avó por uns tempos já que a tia avó vai passar uns dias fora. Isto os outros familiares já sabem. Antes que você me pergunte como soube de tudo isso, só posso responder que conheço um autista que não se parece com um autista, que é um gênio para plantar uma escuta, pois esta não é a minha especialidade.

 

O hipnotizador deverá controlar o menino durante o domingo, durante a noite de domingo para segunda (isto dentro do carro), até as seis e meia da manhã de segunda, quando o menino deverá já estar consciente e ir para o colégio que fica perto de onde será deixado o carro da mãe dele (SOPEFA). O veículo deverá estacionar numa posição que permita o hipnotizador sair dele, sem a câmara registrar seu movimento, o hipnotizador deverá ter um QI alto, com raciocínio lógic/analítico.  Quanto ao menino! No colégio ele deverá se comportar e falar o que lhe disse o hipnotizador. Nada de drogas nele, pois serão facilmente identificadas pela investigação. E isto não faz parte do plano.

É de suma importância que as luvas que serão usadas para fazer o serviço, não fiquem na casa onde estão os mortos, (SOPEFA). pois se necessário podemos simular um suicídio do menino noutro local, e de que também não fiquem no carro depois que o hipnotizador deixar o carro, e ele sair da escola para ir pra casa, (lembrar que o menino desconhece a morte de todos), estas luvas serão separadas das luvas internas, que contém suor e DNA estranho ao do menino. e após isso, serão calçadas no menino e posta a pistola na sua mão esquerda, (SOPEFA). Isto será feito pelo hipnotizador com as mãos enluvadas. Conforme o andamento, seu corpo poderá ter destino diferentes, ou na casa ou noutro lugar. Ao meio dia o hipnotizador já deverá estar na proximidade da casa para recebê-lo “como amigo” vindo da escola e completar o serviço. Lembra-te, o par de luvas externas é a peça chave do plano (SOPEFA).

 

A posição dos corpos:

 

Fora o menino, são quatro corpos com que temos de nos ocupar, veja neste desenho que fiz das duas casas, e que será destruído aqui mesmo, eis um fósforo para isso. O desenho mostra a distribuição e posição que cada corpo deve ocupar neste espaço, não pode haver erro, a distribuição nas casas é esta. Mas, as posições dos corpos nas camas serão as seguintes: E bem  memorizadas. As avós permanecerão nas camas nas posições em que as encontrarem. O pai na posição em que se encontrar na cama. Preste atenção que a mãe deverá partir ajoelhada, para que o ângulo de entrada encontrada pela balística coincida com a altura do garoto! Isto é de suma importância (SOPEFA).

 

As luvas vão confundir a investigação, pois, quem comete um crime qualquer para depois se suicidar, não se preocupa em esconder digitais e outros detalhes. É de importância capital que o menino esteja com as luvas quando morto, para justificar a ausência de pólvora em suas mãos, todos os tiros serão disparados com  o uso destas luvas com as quais foram disparados os tiros, a arma será uma só, de preferência a do pai ou a da mãe. De preferência de quem chegar primeiro,. (SOPEFA).

 

Ponto chave: o carro nunca será estacionado na rua da residência, (SOPEFA).

A chave da entrada principal e as chaves para entrar nas duas casas serão conseguidas com antecedência através de cópias feitas em locais distintos pelo hipnotizador, o menino fornecerá as originais, isto, com antecedência suficiente para não interferir na cronologia do plano. Não haverá acesso através do processo de pular os muros, os vizinhos podem ver, (SOPEFA).

Como não podemos dopar ninguém, alguns detalhes serão trabalhados em horários diferentes, não faz mal, somente confundirá ainda mais a investigação, o problema é que na hora da invasão não temos como saber se os pais estarão lá, ou não! Pois, o menino estará chegando, e os pais trabalham em batalhões diferentes com rotinas diferentes, e em horários diferentes. Quem chegar primeiro é trabalhado, o outro na hora da chegada. Naturalmente que as avós, com antecedência, mas, não sabemos de quanto tempo. A sorte é que eles não criam cachorros, pois, nos criariam transtornos. Os cachorros sempre latem nestas ocasiões, pois o cheiro de sangue sempre os deixam excitados.

O certo é que em todo plano existe inevitavelmente uma taxa de imprevisibilidade, neste, ela é pequena, mas, existe e é inevitável!!!… O hipnotizador deverá estar aqui amanhã mesmo, já com as instruções na memória. Portanto, mãos à obra!

 

Elementar, meu caro Watson.

 

Vitória da Conquista, 14 de agosto de 2013

Edimilson Santos Silva Movér