China pode abolir o dinheiro em breve

Quando ouvimos falar da China sempre pensamos em alguma novidade futurística. E mais uma vez, eles não nos decepcionaram e implantaram algo que pode mudar os rumos do mundo: aboliram o dinheiro.

Claro que isso ainda não está sendo usado em todo o país, mas em breve poderá e a graças a tecnologia. Imagine que você queira comprar um sorvete, porém não tem um mísero centavo no bolso. Sem problemas, afinal é só apontar a câmera do seu celular para QR Code da loja e o pagamento está feito. Simples assim.

QR Code (Pixabay)

O vendedor de melancias, o moço do restaurante, a florista, as bicicletas de aluguel e até os garçons podem receber dessa forma. Na cidade de Shenzhen, polo de tecnologia, localizado no sul do país, essa realidade já faz parte da rotina.

E apesar de terem sido os criadores do papel-moeda há 15 séculos, os chineses não demonstram muito apego as antigas invenções, tanto que as compras sem dinheiro representam 60% do total de transações financeiras realizadas no país. No Reino Unido, o índice também é alto e chega a 55%, entretanto o que impressiona no caso dos asiáticos é que eles estão trocando as cédulas por dinheiro digital sem passar pelos cartões de crédito e débito.

A mudança é diretamente impulsionada pela alta de 31% no PIB per capita, para US$ 6.500, o equivalente a US$ 21.570, e do aumento do uso de internet pela população. Somado a isso, vale citar que os smartphones de fabricantes locais custam pouco mais de R$ 500, o que movimenta o mercado de pagamentos feitos com os aparelhos que alcançaram a incrível marca de US$ 5,5 trilhões em 2016.

De acordo com estudiosos do setor, os jovens chineses não tiveram computador, mas tem acesso a um celular. Nunca possuíram cartões e aceitaram como o modelo mais conveniente o pagamento digital, ou seja, mergulharam de cabeça quando tiveram acesso à tecnologia.

Os cartões nunca foram populares no país afinal, os entraves da legislação vigente desanimam qualquer um a tentar ter um cartão plástico e fortalecem a ideia de que o dinheiro já não é essencial – pelo menos não sua versão impressa.