Artigo: Clube da Amizade: entre o passado e o presente

                                                                                               Artigo atualizado pela professora  Heleusa Figueira  Câmara

 

 

Clube da Amizade: entre o passado e o presente  (original)

Paulo Fernando de Oliveira Pires

 

Chegamos ao ano Cristão de 1958, mais precisamente na data de 08 de março… O Prefeito de Vitória da Conquista, cidade das Rosas, cravada no Sudoeste da Bahia, era o senhor Edvaldo de Oliveira Flores, membro de uma das mais tradicionais famílias da Cidade. O poeta e professor Euclides Dantas já havia escrito o Hino da Cidade e na homenagem sonoro-literária constava a expressão “Conquista, jóia do sertão baiano; Esperança ridente do Brasil, A ti, meu orgulho soberano. O afeto do meu peito juvenil”.  Na cidade haviam Pastores Batistas, Presbiterianos Pentencostais e outras denominações Protestantes. A  Diocese tinha à frente Dom Jackson Berenguer Prado. O juiz de Direito era o Dr. Domingos Mármore Neto, casado com a destacada professora Lizete Pimentel Mármore. Da união nasceram Carlos Murilo, Luciano e Geraldo. Carlos Murilo Pimentel Mármore viria a ser um dos mais profícuos prefeitos da Cidade, cuja administração compreende o período de 1989 a 2002. A rede de ensino já se pronunciava como uma das maiores do interior do Estado e a Escola Normal pela sua Diretoria (Arthur Seixas Pereira e Dona Diomar de Araújo Lima) entusiasmavam o Corpo Discente em Atividades Esportivo-Culturais. O Grupo de Teatro da Normal era famoso pelas peças que encenava, ora com autores clássicos nacionais, ora com clássicos do Teatro Universal.

Em um contexto maior, o Brasil vivia também tempos muito alvissareiros: estávamos na expectativa de nos tornarmos campeões do Mundo no Plano do Futebol, como de fato alcançamos a conquista em junho. Fomos campeões também no Basquete. Maria Esther Bueno sagrou-se campeã em Wimbledon, Éder Jofre ganhou o cinturão de ouro no Boxe. A Bossa Nova dava sinais de se tornar uma de nossas expressões culturais de maior alcance internacional, por intermédio de Tom Jobim, Vinícius de de Morais e João Gilberto. No cenário Econômico Juscelino Kubitscheck conclamava a todos os brasileiros para aderirem e se entusiasmarem com o espírito desenvolvimentista da Nova Indústria Nacional. O presidente brasileiro era um homem muito elegante e pensava obsessivamente em nosso progresso ao ponto de não ligar nem para as sátiras ou ironias que alguns lhe faziam, dentre esses o menestrel-satirista Juca Chaves. Esse não teve o menor pudor de escrever uma música a que deu o nome de Presidente Bossa Nova, cuja letra falava das “mordomias” que o JK utilizava, sem estar nem aí para as críticas de quem quer que fosse.

Na letra de Presidente Bossa Nova, Juca Chaves faz referências até as duas filhas do Chefe da Nação e ao próprio: “Depois desfrutar da maravilha de ser o presidente do Brasil, Voar da Velhacap pra Brasília, ver a alvorada e voar de volta ao Rio…. Voar, voar, voar, voar ….. Voar, voar pra bem distante, até Versalhes onde duas mineirinhas valsinhas dançam como debutante, interessante!” Como se vê o País acolhia a todas aos seus costumes com a maior tranqüilidade.

O ano de 1958 prenunciava uma Nova Aurora ou uma Nova Primavera. O País parecia florido de ponta a ponta… As moças estavam lindas, as jovens senhoras recém-casadas pareciam viver o espírito da felicidade total e todos estavam motivados para a bela tarefa de construir um novo País.

Em Vitória da Conquista o prefeito Edvaldo Flores planejou e presenteou a cidade com o belo Jardim das Borboletas… Ah, aquele Jardim que tantos sonhos acalentou e tantas utopias sentimentais semeou… Como era belo e ao mesmo tempo enigmático… No espaço Central havia uma Fonte Luminosa onde se destacava uma bela estátua (réplica de outras tantas estátuas em praças de diversas cidades daquele tempo) mas… nós, romanticamente, queríamos que fosse uma Índia em homenagem aos Mongoiós que estavam entre nossos primeiros habitantes. Ela, a estátua, também nos remetia a correlações com Iemanjá ou Iansã. Quase todos ficávamos perdidos em relação à estátua da mulher nua, e… como Iconografia nunca foi nosso forte, deixávamos nossos questionamentos pra lá. Nessa praça residia a jovem Heleusa Moraes Figueira (Profa. Heleusa Câmara) na linda casa construída por seu pai Dr. Ubaldino Gusmão Figueira, onde um carrinho de construção carregava flores: gerânios, petúnias, amor perfeito, boca de leão, gérberas, muito bem cuidadas por sua mãe Maria Stella de Moraes Figueira. Nesse ano de 1958, Heleusa, aos 14 anos, foi a oradora da turma de concluintes da 4ª série do Ginásio de Conquista, então dirigido pelo Padre Luis Soares   Palmeira.

Foi justamente nesse contexto, que um Grupo de Jovens Senhoras se deu ao agradável exercício de preencher seus tempos com atividades que fugissem do modelo rotineiro e duro, de muita submissão aos costumes, a que se deu boa parte de Senhoras de gerações anteriores. Lideradas pelas manifestações de uma nova concepção de vida, propostas pela professora Lizete Pimentel Mármore, surgiu daí a idéia da Fundação de um Clube de Amizade, nos moldes do que existia na Capital, com todos os seus objetivos institucionais, acrescidos de outras missões, tais como atuar em Atividades de Cunho Social em respeito e auxílio a pessoas e famílias em situação de baixa condição de sobrevivência. Nasceu assim o Clube da Amizade em 05 de julho de 1958.

Essa Instituição, com aparição discreta sob o ponto de vista publicitário e de publicização, tem atuado em várias campanhas de natureza humanitária e juntamente com as Lojas Maçônicas e outras Entidades Benemerentes de Vitória da Conquista, vem alcançando referências meritórias quanto a sua Atuação. Trata-se de uma Entidade que busca no seu atual contexto, discutir e implementar ações que possam contribuir para que o Desenvolvimento Humano em todos os seus aspectos relacionados à questões básicas, seja contemplado com projetos e atividades que justifiquem sua importância.

Neste Jubileu de Diamante, o Clube da Amizade, faz jus a essa duradoura existência em razão justamente desses aspectos… A Sociedade tem sabido compreender sua importância e todos estão felicíssimos com sua Existência. Esses 60 anos parecem pouco.. Mas não é… Considerando que nesse interregno várias empresas e instituições criadas no mesmo ano, infelizmente deixaram de existir, temos a destacar que 60 anos é um tempo considerável. E o é também considerando que alguns senhores, casados com aquelas senhoras que fundaram o Clube da Amizade, previam que a existência da Instituição chegaria no máximo a 5 anos. Mas eis que aí está o Clube da Amizade, trabalhando em benefício da Comunidade e marcando, com discrição, sua presença, como fez em 2004 ao doar seu acervo de literatura, para o Comitê Proler/UESB Conquista, que o instalou no setor de Pro-Memória do Centro de Cultura Camilo de Jesus Lima. Surgia assim, a Sala de Leitura Íris Silveira, que abriga a Biblioteca Clube da Amizade, o Museu Literário Profa. Amélia Barreto de Souza, e outros programas de incentivo a leitura e a escrita.

A cessão desse Acervo de Literatura, sob guarda do Comitê Proler/UESB Conquista demonstra que o Clube da Amizade não quer seus recursos (materiais e imateriais)  para uso apenas de suas Integrantes. O Clube da Amizade é uma Instituição que vê a Sociedade, a Comunidade como uma Extensão de suas Obrigações e um Território Sagrado para sua Atuação. Louvemos, pois, a atitude tomada por Lindinalva Soares Andrade, D. Sarah Matos, Vilma Celeste Menezes Moreira e demais companheiras do Clube da Amizade na formação do acervo de literatura da Sala de Leitura Íris Silveira. A lembrança da professora Lizete Pimentel Mármore e de todas as integrantes do Clube da Amizade perdura e de forma Institucional as pessoas posteriores a elas, se espelharam em ações de sociabilidade e solidariedade. Vale a pena relembrar que naqueles idos de 1989 para 2002, durante a administração do Prefeito Carlos Murilo Pimentel Mármore, as senhoras Lindinalva Soares Andrade e Maria Ribeiro, assim como dona Edi Capitolino e a senhora Amélia Luna, se doaram com o máximo de empenho ao lado da professora Lizete para que o Clube da Amizade pudesse organizar seus Arquivos e sua Contabilidade, a fim de que suas Associadas e toda a Sociedade pudessem ter a dimensão do Patrimônio da Entidade no que concerne aos Bens materiais e Imateriais da Instituição.

Quanto à participação do Proler/UESB Conquista cumpre-nos o dever de reconhecer a importância do Clube da Amizade, e para tanto, assumir um compromisso para que suas atividades e toda a sua memória social continue sendo um porto seguro para onde possam convergir todas as fragatas e caravelas, ancorando com segurança, permitindo assim garantias psico-operacionais, que também possam albergar de forma elevada do mais simples marujo ao mais experiente dos navegantes.

É com esse espírito de colaboração que o Museu Regional de Vitória da Conquista, o Museu Literário Profa. Amélia Barreto de Souza e o Comite Proler/UESB Conquista reconhece a grandeza e a importância do Clube da Amizade, ratificando que a Instituição não é apenas uma Entidade que pelo passado exige recordação, mas sim uma Entidade que está à disposição da Sociedade no presente, para que todas as suas histórias e trabalhos possam servir de exemplo para toda a Comunidade.

 

 

O mesmo texto – original – Autoria Paulo Pires

 

Clube da Amizade: entre o passado e o presente  (original)

Paulo Fernando de Oliveira Pires

 

Chegamos ao ano Cristão de 1958, mais precisamente na data de 08 de março… O Prefeito de Vitória da Conquista, cidade das Rosas, cravada no Sudoeste da Bahia,  era o senhor Edvaldo de Oliveira Flores, membro de uma das mais tradicionais famílias da Cidade. O poeta e professor Euclides Dantas já havia escrito o Hino da Cidade e na homenagem sonoro-literária constava a expressão “Conquista, jóia do sertão baiano; Esperança ridente do Brasil, A ti, meu orgulho soberano.  O afeto do meu peito juvenil”.

Na cidade haviam Pastores Batistas, Presbiterianos e outras denominações Luteranas, além da Diocese que tinha à frente  Dom Jackson Berenguer Prado. O juiz de Direito era o senhor doutor Domingos Mármore Neto, casado com a destacada professora Lizete Pimentel Mármore. Da união nasceram Carlos Murilo, Luciano e Geraldo. Carlos Murilo Pimentel Mármore viria a ser um dos mais profícuos prefeitos da Cidade, cuja administração compreende o período de 1989 a 2002.

A rede municipal já se pronunciava como uma das maiores do interior do Estado e a Escola Normal pela sua Diretoria (Arthur Seixas Pereira e Dona Guiomar) entusiasmavam o Corpo Discente em Atividades Esportivo-Culturais… O Grupo de Teatro da Normal era famoso pelas peças que encenava, ora com autores clássicos nacionais, ora com clássicos do Teatro Universal.

Em um contexto maior, o Brasil vivia também tempos muito alvissareiros: estávamos na expectativa de nos tornarmos campeões do Mundo no Plano do Futebol, como de fato alcançamos a conquista em junho.  Fomos campeões também no Basquete. Maria Esther Bueno sagrou-se campeã em Wimbledon, Éder Jofre ganhou o cinturão de ouro no Boxe.  A Bossa Nova dava sinais de se tornar uma de nossas expressões culturais de maior alcance internacional, por intermédio de Tom Jobim, Vinícius de de Morais e João Gilberto.  No cenário Econômico Juscelino Kubitscheck  conclamava a todos os brasileiros para aderirem e se entusiasmarem com o espírito desenvolvimentista da Nova Indústria Nacional.

O presidente brasileiro era um homem muito elegante e pensava obsessivamente em nosso progresso ao ponto de não ligar nem para as sátiras ou ironias que alguns lhe faziam, dentre esses o menestrel-satirista Juca Chaves. Esse não teve o menor pudor de escrever uma música a que deu o nome de Presidente Bossa Nova, cuja letra falava das “mordomias” que o JK utilizava, sem estar nem aí para as críticas de quem quer que fosse.

Na letra de Presidente Bossa Nova, Juca Chaves faz referências até as duas filhas do Chefe da Nação e ao próprio:  “Depois desfrutar da maravilha de ser o presidente do Brasil, Voar da Velhacap pra Brasília, ver a alvorada e voar de volta ao Rio…. Voar, voar, voar, voar  …..  Voar, voar pra bem distante, até Versalhes onde duas mineirinhas valsinhas dançam como debutante, interessante!”  Como se vê o País acolhia a todas aos seus costumes com a maior tranqüilidade.

O ano de 1958 prenunciava uma Nova Aurora ou uma Nova Primavera. O País parecia florido de ponta a ponta… As moças estavam lindas, as jovens senhoras recém-casadas pareciam viver o espírito da felicidade total e todos estavam motivados para a bela tarefa de construir um novo País.

Em Vitória da Conquista o prefeito Edvaldo Flores planejou e presenteou a cidade com o belo Jardim das Borboletas… Ah,  aquele Jardim que tantos sonhos acalentou e tantas utopias sentimentais semeou… Como era belo e ao mesmo tempo  enigmático… No espaço Central havia uma Fonte Luminosa onde se destacava uma bela estátua (réplica de outras tantas estátuas em praças de diversas cidades daquele tempo) mas… nós, romanticamente, queríamos que fosse uma Índia em homenagem aos Mongoiós que estavam entre nossos primeiros habitantes. Ela, a estátua, também nos remetia a correlações com Iemanjá ou Iansã. Quase todos  ficávamos perdidos em relação à estátua da mulher nua, e… como Iconografia nunca foi nosso forte, deixávamos nossos questionamentos pra lá.

Foi justamente nesse contexto, que um Grupo de Jovens Senhoras se deu ao agradável exercício de preencher seus tempos com atividades que fugissem do modelo rotineiro e duro, de muita submissão aos costumes, a que se deu boa parte de Senhoras de gerações anteriores. Lideradas pelas manifestações de uma nova concepção de vida, propostas pela professora Lizete Pimentel Mármore, surgiu daí a idéia da Fundação de um Clube de Amizade, nos moldes do que existia na Capital, com todos os seus objetivos institucionais, acrescidos de outras missões, tais como atuar em Atividades de Cunho Social em respeito e auxílio a pessoas e famílias em situação de baixa condição de sobrevivência. Nasceu assim o Clube da Amizade. A data, já mencionada foi 08 de março de 1958. 

Essa Instituição, com aparição discreta sob o ponto de vista publicitário e de publicização, tem atuado em várias campanhas de natureza humanitária e juntamente com as Lojas Maçônicas e outras Entidades Benemerentes de Vitória da Conquista, vem alcançando referências meritórias quanto a sua Atuação. Trata-se de uma Entidade que busca no seu atual contexto, discutir e implementar ações que possam contribuir para que o Desenvolvimento Humano em todos os seus aspectos relacionados à questões básicas, seja contemplado com projetos e atividades que justifiquem sua importância.

Neste Jubileu de Diamante, o Clube da Amizade, faz jus a essa duradoura existência em razão justamente desses aspectos… A Sociedade tem sabido compreender sua importância e todos estão felicíssimos com sua Existência. Esses 60 anos parecem pouco.. Mas não é… Considerando que nesse interregno várias empresas e instituições criadas no mesmo ano, infelizmente deixaram de existir, temos a destacar que 60 anos é um tempo considerável. E o é também considerando que alguns senhores, casados com aquelas senhoras que fundaram o Clube da Amizade, previam que a existência da Instituição chegaria no máximo a 5 anos. Mas eis que aí está o Clube da Amizade, trabalhando em benefício da Comunidade e marcando, com discrição, sua presença, como fez em 2004 ao doar seu acervo de literatura, para o Comitê Proler/UESB Conquista, que o instalou no setor de Pro-Memória do Centro de Cultura Camilo de Jesus Lima. Surgia assim, a Sala de Leitura Íris Silveira, que abriga a Biblioteca Clube da Amizade, o Museu Literário Profa. Amélia Barreto de Souza, e outros programas de incentivo a leitura e a escrita.

A cessão desse Acervo de Literatura, sob guarda do Comitê Proler/UESB Conquista demonstra que o Clube da Amizade não quer seus recursos (materiais e imateriais)  para uso apenas de suas Integrantes. O Clube da Amizade é uma Instituição que vê a Sociedade, a Comunidade como uma Extensão de suas Obrigações e um Território Sagrado para sua Atuação. Louvemos, pois, a atitude tomada por Lindinalva Soares Andrade, D. Sarah Matos, Vilma Celeste Menezes Moreira e demais companheiras do Clube da Amizade na formação do acervo de literatura da Sala de Leitura Íris Silveira. A lembrança da professora Lizete Pimentel Mármore e de todas as integrantes do Clube da Amizade perdura e de forma Institucional as pessoas posteriores a elas, se espelharam em ações de sociabilidade e solidariedade. Vale a pena relembrar que naqueles idos de 1989 para 2002, durante a administração do Prefeito Carlos Murilo Pimentel Mármore, as senhoras Lindinalva Soares Andrade e Maria Ribeiro, assim como dona Edi Capitolino e a senhora Amélia Luna, se doaram com o máximo de empenho ao lado da professora Lizete para que o Clube da Amizade pudesse organizar seus Arquivos e sua Contabilidade, a fim de que suas Associadas e toda a Sociedade pudessem ter a dimensão do Patrimônio da Entidade no que concerne aos Bens materiais e Imateriais da Instituição.

Quanto à participação do Proler/UESB Conquista cumpre-nos o dever de reconhecer a importância do Clube da Amizade, e para tanto, assumir um compromisso para que suas atividades e toda a sua memória social continue sendo um porto seguro para onde possam convergir todas as fragatas e caravelas, ancorando com segurança, permitindo assim garantias psico-operacionais, que também possam albergar de forma elevada do mais simples marujo ao mais experiente dos navegantes.

É com esse espírito de colaboração que o Museu Regional de Vitória da Conquista,   o Museu Literário Profa. Amélia Barreto de Souza e o Comite Proler/UESB Conquista  reconhece a grandeza e a importância do Clube da Amizade, ratificando que a Instituição não é apenas uma Entidade que pelo passado exige recordação, mas sim uma Entidade que está à disposição da Sociedade no presente, para que todas as suas histórias e trabalhos possam servir de exemplo para toda a Comunidade.