Artigo: LIMITES DA PERCEPÇÃO DA ENTELÉQUIA HUMANA

DA SÉRIE: ENSAIOS QUE NOS LEVAM A PENSAR Subsérie: Percepções nos extremos conceituais do abstrato e do concreto.

 

 

INTRÓITO

1* Vamos logo no começo desse ensaio, estabelecer que seu fundamento é o princípio axiomático de que; o “desenvolvimento da nossa enteléquia” está apenas começando! Este animal falante foi indevidamente classificado por Carolus Linnaeus, como a subespécie “homo sapiens sapiens”.

 

2* Isto porque, nós estamos somente no princípio do princípio da aquisição da “racionalidade”! Isto é uma verdade inquestionável! Ora! Se somente há (28 séculos), iniciamos a filosofar, pois, isto iniciamos a fazer com os gregos pré-socráticos! Imagine daqui há (100 séculos), como estará nossa enteléquia? Isto! Se continuarmos existindo por mais (100 séculos).

 

3* Qualquer espécie animal, pelo universo à fora! Para ser classificada taxonomicamente e merecer o título de “sapiens” “sapiens”! Teria que possuir uma enteléquia muito mais evoluída que a do homem atual! Nós somos na verdade nada mais que uma sociedade ainda no pré-início do desenvolvimento que um dia alcançaremos! Só avançamos na realidade na produção de lixo tecnológico. Pois, nos preparamos no (século XX), o século dos horrores, para a qualquer momento destruir o planeta com a tecnologia do projeto “manhattan”! Nos damos conta disso! Sabemos disso! E nada fazemos a respeito disso! Coitada dessa sociedade de tolos!

 

4* Quanto à nominação de “sapiens sapiens”! Aqui não vou adiantar, nem me permito penetrar nessa discussão. Ora! O verbete “sapiens”, vem de “sapientia” do Latim! Não vejo sabedoria nesse animal chamado de “sapiens”, por estas duas grandes razões, a que nomino de (Mães da Burrice), e que contradizem esta classificação dada pelo sábio sueco Linnaeus.

 

(1) A subespécie “homo sapiens sapiens” mantém 17 mil ogivas nucleares armazenadas em seus covis! E bastam somente 500 para destruir toda a humanidade.

https://www.iaea.org

 

(2) A feroz explosão demográfica, onde já alcançamos 7,6 bilhões de enchedores de latrinas, (outubro – 2018), que a cada ano aumenta em mais 100 milhões de cagões, isto, simplesmente, nos levará ao CAOS. Sinceramente! Não vejo sabedoria nisso! No caso da energia nuclear para uso pacífico e não pacífico temos este órgão inútil na ONU, estacionado com toda pompa, em 29 de julho de 1957 em Viena na Áustria, a IAEA – International Atomic Energy Agency/Atoms for Peace and Development. A IAEA possui o mesmo endereço eletrônico postado acima.

 

5* A IAEA é uma piada que nunca serviu para nada, nem para nos fazer sorrir! Ao que se vê! Só presta para gerar números e gráficos! Aqui não critico os esforços, nem as ações da IAEA, mas sim, os resultados obtidos com estas ações! Deduzimos isso com o número dos artefatos bélicos nucleares existentes! Imaginem! Que somente em se tratando da energia para fins pacíficos, a Rússia, Estados Unidos, Canadá, Suécia, Argentina e o Chile mantem um bom número de usinas nucleares clandestinas ou ilegais! Assim! É de se deduzir que também imaginar não podemos imaginar a quantidade real existente de artefatos bélicos nucleares clandestinos ou escondido do grande público, e que a IAEA chama de ilegais. Agora eu me pergunto! Qual seria o órgão imbecil que legaliza tais artefatos atômicos feitos exclusivamente para matar os humanos e por tabela, todos os outros animais? Olhem bem! Que não toquei nem de leve no assunto: “Rejeitos Radioativos”, produzidos por estas usinas atômicas! No momento já possuímos 451 usinas nucleares em atividade no planeta e mais outras 57 em construção. Nesse campo as informações são intencionalmente desencontradas! Coitada dessa humanidade burra! Chamada de “sapiens sapiens”, o que não deixa de ser outra piada! No futuro quando o Armagedom nuclear tornar permanentemente escura a face de Gaia! Já não haverá retorno! Quando não mais virdes a aurora nem o entardecer diante de teus olhos! Confundirás a noite com o dia, e então, no teu sono, toscanejarás intermitentemente, e perguntarás angustiado! Porque não sonho mais? A resposta é simples assim! Os sonhos nada mais são que a esperança se exercitando para construir o porvir! Teus sonhos se escassearam porque a esperança hibernou por um tempo indeterminado…

QUANTO AOS NOSSOS CÉREBROS

6* Observem bem! Todos nós possuímos cérebros exatamente iguais! Dirijo-me aqui, aos com assembleias de conexões neuronais pouco numerosas, ou mesmo com defeitos nas glias, de que aqui, não teço críticas ao sábio sueco Carolus Linnaeus, (1707-1778), pois, ele classificou o homem acertadamente, a crítica é dirigida as ações e a pretensão dos homens atuais, de já terem alcançado o apogeu ou o ápice do uso da sua máquina de pensar! É fácil ver que isso não é verdade. Percebe-se isto, no estudo dos cérebros dos Savants, e torna-se patente e facilmente verificável, num ensaio postado nesse blog com o título: SINGELO ANTITRATADO DO CÉREBRO, ali, pode-se ver isso muito facilmente.

 

VAMOS AOS “LIMITES” NO PHAENOMENA

Aqui daremos somente 1 exemplo:

7* A consciência ou enteléquia ainda pouco desenvolvida do “sapiens”, o faz conceituar com dificuldade os limites das concretudes e os limites das abstrações através de suas percepções ainda pouco desenvolvidas, quando intenta fazê-lo! O faz com pouquíssimo acerto. As pretensas concretudes do mundo físico, vistas através das abstrações da mente, a que Platão e Kant chamavam de “Phaenomena” e “nooumena”! Nisso, muitos se enganam, e continuarão a se enganar! Não sei se acertadamente! Debito este baixo grau de percepção, ao pouco desenvolvimento na área da interação mente/cérebro ou enteléquia/cérebro, que ocorre numa escala quântica, estas interações não podem ocorrer numa macro-escala, se a interação se desse no campo da macro-escala o sistema se esboroaria, e a percepção não aconteceria! As interações avançadas atingidas nesses limites da percepção entre as “macro-micro-escalas” pelos cérebros Savants, nos apoiam nesse argumento.  Eudoxus de Cnidus (310-240 aC.), se referia ao aspecto das constelações observadas por ele como um “Phaenomena” como algo “real”, “acontecente”, como algo material e concreto, factível de se estabelecer como um fato ou uma verdade permanente! Concordo com Eudoxus somente naquele distante “ano e momento” de sua observação, a constelação observada por ele, com o andar da carruagem do movimento das estrelas, hoje não existe mais naquela precisa posição!  As nossas percepções conceituais dos extremos das abstrações e dos extremos das concretudes, a que denominamos incorretamente de “limites físicos das percepções” estes limites, não são reais. Temos que entender, que devido ao nosso pouco desenvolvimento mental não estamos atentos em momento algum, “absolutamente nenhum, e isso é inerente ao “sapiens”! Pois, devemos estar atentos ao fato de que não existe “estaticidade” no universo, a começar pelo interior das partículas e no interior dos átomos, portanto, tudo no universo é inquietude e impermanência! Nossa enteléquia atua e tem sua origem numa ordem “subquântica”. O que nomino de mundo subquântico! Está na escala de 10-32cm, portanto, uma escala acima da escala do espaço de Calabi-Yau. Mas, nós vivemos e existimos no mundo da macro-escala de 101cm, então! Nossas percepções se dão nos limites dessas duas escalas. Isto para mim se tornou patente ao estudar o que a neurologia conhecia e desconhecia sobre os cérebros! E de como os cérebros dos Savants funcionam! E principalmente, a potencialidade inerente a estes cérebros savânicos, que nada mais são que cérebros comuns, eles (os cérebros dos Savants), não possuem nem um neurônio a mais, e nem uma glia a mais, que um cérebro de um homem comum como eu! No entanto, as percepções que os Savants possuem nos limites das percepções das abstrações e das concretudes, e nos fazem ver que nossas percepções, (de homens comuns), destes limites estão muito aquém do possível de se perceber! Portanto, nós os homens comuns, estamos somente no começo do uso do cérebro! Que fique esclarecido que não se trata do caso de se usar somente dez por cento do cérebro, pois o uso que fazemos dele, é de 100 %, mas sim! De como usamos estes 100 % dos nossos cérebros. Aqui, me reporto a “como está”, e não a “como vai ficar” o fundamento dos limite das percepções no momento questionado e em apreço. Vejamos, qual o grau do nosso entendimento dos “limites das abstrações” e dos “limites das concretudes”, tudo isso, como possível de se ver ou sentir através de nossas percepções sensoriais com nossos cérebros normais! 

 

8* Este que segue é o exemplo citado: Vejamos em primeira mão! Como nós percebemos as cores! O que nós conceituamos como “cores”, que as vezes nós percebemos e chamamos de concretudes, para outros cérebros como os dos Savants são coisas completamente diferentes e encontradas onde não esperamos encontrar. Interessante! As cores, nós as temos como algo concreto, palpável e real, se está presente num objeto concreto, e no entanto, a percebemos como abstratas se está presente num objeto aparentemente não material, como a atmosfera, ou o horizonte distante. A verdade é que elas são existentes e não existentes nas coisas concretas e não concretas a um mesmo tempo! Isto porque elas estão nos limites da nossa percepção sensorial das coisas na área do “Phaenomena” e também da percepção da luz. Como elas não são o que pensamos que elas são! Elas passam a existir nos “limites” dessa nossa área de percepção como coisas concretas ou como coisas abstratas de nosso dia a dia. Este fato da cor não existir nos objetos, mas sim na luz, foi descoberto por um dos maiores sábios que já passou por este planeta, o inglês, Sir Isaac Newton (1643-1727), no século XVII, na realidade este fato foi tornado público em 1672. No entanto, poucos “sapiens” atuais sabem disso, “que a cor não está nas coisas”! A maioria quando tem acesso a estes fatos, não o compreendem. O motivo disso é simples, para se compreender hoje em dia, a “teoria das cores” de Newton com plenitude, mas, sem aprofundamentos técnicos, é necessário somente ter noção do que seja um fóton, principalmente entender o que seja, e como funciona um espectrômetro, daí porque, a maioria passa batida. Tentei explicar a um amigo muito inteligente! Quando disse que cada elemento da tabela periódica refletia a luz diferentemente, ou seja cada elemento possuía a propriedade de refletir sua específica gama de vibração da onda de luz! Ele perguntou, você não disse que a luz é formada pelos fótons estudados por Planck? Eu respondi que sim, mas que também pode ser entendida e analisada como uma onda numa praia! Tendo que se levar em conta a sua frequência e a constante de proporcionalidade sempre referida a característica angular de reflexão do elemento onde incide ou se origina a luz, isto não é tão complicado assim! As cores podem ser entendidas como os diferentes comprimentos de ondas existentes e observados na decomposição do espectro da luz, e podem ser observadas através dos espectrômetros! Tentei explicar o que era um corpo negro, utilizado por Planck! Ele replicou, deixa isso pra lá! Este pequeno relato de aparente ficção foi utilizado somente para nos situar como seres pensantes dentro de sua complexidade no uso de seus raciocínios, um fato simples, descoberto a 346 anos, ainda hoje causa estranheza a estes mesmos “sapiens”, então podemos aquilatar em qual grau de uso do cérebro ainda estamos, isto tudo de forma geral! Pontualmente, claro, estamos é lógico, bem avançados. Num ensaio, não me recordo qual! Eu disse que o “quanta” de Planck era na verdade a multiplicação da energia das esferas da escala de Calabi-Yau, 10-33, um amigo com aprofundados conhecimentos de ótica, e cultura acadêmica entendeu, e me disse em tom de brincadeira, é por isso que dizem que os Correias carregam pedras nos bolsos! Aí, retruquei! Pedras coloridas, conforme os elementos de que são formadas suas estruturas! As carregamos nos rins e nos cofres dos carros também. Quando nós entendemos do que estamos falando, até brincadeiras podem ser intercaladas sem prejuízo do entendimento. O desenvolvimento da grade de pensar é muito lento, me reporto ao fato de que: há 250 mil anos começamos a pensar! Há 125 mil anos as mulheres já tinham desenvolvido a fala elaborada e complexa para os “sapiens”! E de que há 30 mil anos demonstramos de forma cabal o uso dos 100 bilhões de neurônios do cérebro, nas cavernas de Altamira, Lascaux e Chauvet! E que há 11 mil anos as mulheres inventaram a lavoura, tornando os “sapiens” sedentários! (Sou fã das mulheres). O que lhes permitiu se transformar na sociedade moderna de hoje! E “hoje”, para nosso assombro, grandes parcelas da sociedade dos “sapiens” podem ser nominadas de manadas, pois, este é o comportamento natural da grande maioria dos povos do planeta! Como entender isso? Minha proposição é de que isso decorra da pouca percepção e da dificuldade para entender com acerto os limites das percepções do concreto no “Phaenomena” e os limites do abstrato, no “Nooumena”. 

 

VAMOS AOS “LIMITES” NO NOOUMENA

Aqui daremos também somente 1 exemplo:

9* Aqui tratamos o “Nooumena” com a mesma conceituação de Platão (428-347 aC.) e de Kant (1724-1804). Como nosso exemplo dos limites no “Phaenomena”, tangenciava o limite do abstrato! Nosso exemplo dos limites do “Nooumena” tangenciará o limite do concreto! Sempre que trato do assunto “nooumena”, me vem a mente a proposição kantiana de que o limite ou entorno deste suposto noumenismo está na área do incognoscível e do abstrato absoluto, portanto, desconhecido! A percepção destes limites pelos sentidos humanos normais, realmente, está nessa área! Porém! As novas proposições da biologia/psicologia/ neurologia do biólogo e filósofo inglês Rupert Sheldrake, nos propõem uma mudança nesse paradigma, isto nos foi apresentado na sua recente teoria, (1981), da morfogênese, conhecida também como teoria dos Campos Mórficos, ou da Ressonância Mórfica. Aqui Sheldrake nos apresenta uma inovação no conceito da continuidade da morfogênese dos seres vivos, e não somente do homem! Onde a ressonância contínua dos modelos das formas garantiriam uma perpetuidade relativa das conservação de suas formas! Esta conservação seria quebrada somente pela evolução natural das espécies, onde a ressonância mórfica garantiria a continuidade das novas formas, até a aquisição de novas formas por uma nova evolução! A ideia do Sheldrake é apaixonante, e também de uma lógica simples e segura! Me recordo de Planck, quando apresentou sua proposição da menor energia necessária para um fóton existir, a que chamou de “quanta”! Foi chamado e considerado pela maioria dos cientistas da época, de idiota, e tratado como um louco. No caso do limite da nossa percepção do “nooumena”!  Vou dar um exemplo bem simples, para que todos o possam compreender! Vamos ver onde um “nooumena”, pode ser observado no limite do (concreto e do abstrato! “Phaenomena” e “nooumena”). Há tempos propus num ensaio, não me recordo qual! Que havia uma causa para fornecer uma explicação lógica, no caso das inúmeras disputas pelos registros da propriedade das invenções, isto ocorre com muita frequência nos órgãos de registro de patentes. Esta causa pertence a área da psicologia jungiana. Ninguém discute mais a proposição de Carl Gustav Jung, (1875-1961), da existência do inconsciente coletivo. Quem observa uma multidão numa avenida, e a observa do alto de um edifício! Claramente percebe este inconsciente coletivo de Jung, no movimentar da multidão, ela se movimenta como se estivesse interconectada por algo que Jung chamou de: inconsciente coletivo. Há uns anos atrás eu propus a existência de algo novo na área da psicologia! A que chamei de (anaconsciente restrito) de Movér! O meu anaconsciente, diferentemente do de Jung, não age como algo inconsciente, mas, sim consciente! Quem sofre seu efeito o faz conscientemente! Pois, ele o leva a uma ação consciente! Sendo restrito, porque somente algumas poucas consciências ou enteléquias sofrem seu efeito! Creio que isto ocorre para garantir a consumação do invento! Este limite é na área do “nooumena”. Quando a ação da execução da ideia é realizada, esta ação se transforma na concretização do objeto inventado ou pensado, logo transforma um “nooumena”) em um “Phaenomena”. Aqui fica exposto um limite da percepção da mente humana. No “Nooumena” platônico e kantiano, tangenciando o abstrato e o concreto. Repito o que disse no marcador de leitura 3* E hoje, para nosso assombro, grandes parcelas da sociedade dos “sapiens” podem ser nominadas de manadas, pois, este é o comportamento da grande maioria dos povos do planeta! Como entender isso? Minha proposição é de que isso decorra da pouca percepção e da dificuldade para entender com acerto os limites do concreto no “Phaenomena” e os limites do abstrato, no “Nooumena”. Nosso entendimento do universo em que vivemos está dentro e entre estes dois campos! A visão do mundo concreto e a percepção da “coisa” abstrata, sempre perceptível mas, inefável! Às vezes estranhamente distantes! E às vezes estranhamente dentro de nós!  

 

PERCEPÇÕES NOS LIMITES DO CONCRETO E DO ABSTRATO

(OU DO REAL E DA ILUSÃO) Quem sabe lá!

10* Não sei como começar este relato! Vai ser assim! Quando eu vivia noutro lugar, ou talvez noutro mundo! Observem que com esta expressão “vivia noutro lugar”, não estou me referindo as minhas andanças, ou passagens, ou vidas por ventura vividas nesta “Urbe”! Um dia, num tempo que não me foi possível entender se era no passado ou se no futuro, sei que era num tempo e local bem distantes e diferentes do mundo onde naquele momento eu vivia, diferentes do meu mundo! Assim eu transcrevi o fato há 18 anos passados, eis o relato já atualizado no ano de 2014! Eu me encontrava num local desconhecido, nunca havia visto uma paisagem como aquela, me parecia as paisagens que uns dez anos depois eu vi no filme Avatar! Mas, muito mais diferentes que as paisagens do filme e daqui da Terra! Os seres eram muito diferentes, diferentes mesmo! E muito estranhos! Principalmente as suas formas que pareciam mudarem! Daqueles seres emanava paz, harmonia, tranquilidade e despreocupação! Não entendi como percebia aquilo! Nunca imaginei que existisse seres tão estranhos como aqueles! 

   

    11* O veículo em que eu viajava era grande, chegando a ser imenso, longo e translúcido, e estava com meio corpo enterrado de ponta no solo pastoso daquele Lugar estranho! Meu veículo estava fechado, e completamente estanque, eu ouvia vozes vindo do seu interior numa língua estranha, mas as compreendia perfeitamente! Quando os seres estranhos que meu entendimento não identificava o que seriam, se reuniram num grupo mais numeroso, simplesmente voaram em torna do veículo e lentamente o retiraram do local onde estava, ele com todo seu peso descomunal, simplesmente pairou no ar, agora já em posição horizontal, completamente limpo e brilhante, foi quando percebi que meu corpo estava dentro do veículo, creio que não havia saído de lá! Eu me vi numa sala toda feita de cristais coloridos, nas mais diversas formas e cores! Senti o veículo partir, e tudo escureceu, de súbito me vi dentro de um rio, saí do rio, senti o frio da água até a altura da cintura, andei um pouco, cheguei numa cidadezinha que logo reconheci, foi aí que eu notei que minhas roupas estavam completamente secas! Não compreendi aquilo!  Não andei cinquenta passos estava numa rua da cidade, vi algumas pessoas conhecidas, andei para a rua onde podia pegar uma carona, consegui numa Kombi que logo apareceu! Deixei a cidade de Taboquinha para trás! Cheguei em Itacaré já escurecendo, nunca contei isso a ninguém! Os Insights tinham acontecido há pouco tempo. Minha cabeça fervilhava de lembranças! Era na época de Natal, sei disso pelos enfeites que encontrei em casa!

 

12* Era o fim do ano de 1999, Matheusinho brincalhão como sempre, me disse, já sei! Não veio almoçar porque foi para ilhéus comprar o meu presente! Embora não conseguisse esquecer daquelas cenas dos seres voando em volta do veículo! Jantei, saí um pouco para espairecer, sem me afastar muito de casa, assim que voltei, fui dormir sem pegar no livro que estava lendo! Não sei como consegui, mas, dormi a noite toda! No outro dia, já na fazenda São José, subi para um local alto e isolado, fiquei pensando e tentando entender aquilo que eu achava que tinha acontecido, fiquei dentro do Fiorino até perto do meio dia, quando desci para a praia, eu me encontrei com um amigo, que era chamado de Taboquinha, porque era natural de Taboquinhas, sem eu falar nada! Ele me perguntou! O que foi fazer ontem em Taboquinhas? Algum conhecido comum tinha me visto por lá! Meu medo crescente de estar ficando louco! Diminuiu aos poucos, até se acabar! Me aquietei, desisti de ficar procurando explicações para aqueles estranhos acontecimentos. Existem fatos que nos acontecem! Sobre os quais nunca conseguiremos explicações plausíveis, nem mesmo conseguir entender como aquilo aconteceu eu consegui! Comigo acontece coisas tão estranhas, que nunca mais procuro explicações! Como o caso da pirâmide, o da caverna, da guerra na Espanha, da morte no hospital, tem um que não posso relatar! Os que mantive lembranças mais consistentes, eu tentei descrever! Outros descrevi sucintamente e de forma incompleta em versos, o fiz só para deixar registrados, para não morrer na gaveta do esquecimento. Itacaré-Bahia 08 de janeiro de 2000- revisado em setembro de 2018

 

13* Nós somos unicamente memórias! O x da questão é sabermos o que são estas memórias! Sempre percebi que havia distintamente duas memórias, eu as chamava de memórias de processos materiais e de as processos imateriais!  E que tudo da mente ou enteléquia era resultante desses processos, processos de entendimento, processo criativo, real, ilusório, raso, profundo, processos consciente e inconscientes, estes dois últimos com relação a nosso nível de percepção. Quando tomei conhecimento e passei a perceber e entender que existiam duas memórias interagindo dentro do “sapiens”, a implícita e a explícita meus conceito do que seja nossa memória se ampliou enormemente.

 

14* Este assunto, memória, foi o que me fez interessar pelo assunto que me foi apresentado pelo amigo José Mário Ferraz, assunto este, referente aos cérebros Savants.

 

Edimilson Santos Silva Movér

Camaçari, 04/10/2018