Esportes: SAUDADE NÃO TEM IDADE

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Bons tempos aqueles em que o futebol era disputado sem tantas variações táticas, nem defensivamente, em que os jogadores ganhavam salários de operários, e os eram, ao pé da letra, pois tinham amor à camisa do clube que vestiam, além disso, muitos passavam vários anos atuando pelo mesmo clube, o que os identificavam como símbolo das agremiações. Aproveitando o calendário do campeonato baiano, o       ESPORTE CLUBE BAHIA fará uma festa em comemoração aos vinte e cinco anos da conquista do bicampeonato brasileiro de futebol, justamente no jogo contra o VITÓRIA DA CONQUISTA, que este não ainda não venceu o tricolor. Dentro das comemorações haverá um jogo, na arena Fonte Nova, entre os campeões e vice daquela Copa União, (assim chamada, depois do rompimento entre o clube dos treze e a CBF, em 1987); nessa competição foi cumprido o sistema de rebaixamento e acesso; sendo rebaixados para a série B: Bangu, Santa Cruz, Criciúma e América-RJ.  O campeonato referente ao ano de 88, somente foi decidido em 20 de fevereiro de 1989, entre BAHIA X INTERNACIONAL, tendo o tricolor baiano vencido o primeiro jogo, na fonte nova, pelo placar de 2×1 e, empatado o segundo, no Beira Rio, em zero a zero. Foi uma festa inesquecível para todos os baianos, pois os coleguinhas do sudeste/sul destilavam venenos e gozações a todo instante, então o sabor da conquista fez com que o orgulho de ser baiano viesse à tona, em ritmo de axé. O Bahia em 29 jogos venceu 13. A competição teve 24 clubes, sendo disputados 290 jogos, marcados 550 gols, o que deu uma média de 1,9 gols por partida. Hoje à noite os saudosistas estarão reeditando as emoções daquela data, em que os olhos estavam na TV, mas o ouvido não descolava do radinho de pilha, para ouvir os narradores emocionados, também, detalhar cada jogada e emocionar ainda mais, com os antigos jargões, tais como: Bobô, com sua elegância deu um tapa na redonda e passou açucarada pra Zé Carlos; Charles amaciou a redonda, cortou um, cortou outro e fuzilou; e fecham-se as cortinas após o apito final de Dulcidio Vandeley Boschilla; o BAHÊA é bicampeão brasileiro de futebol, brada o locutor.

De: Ubaldino Figueiredo

                          COMENTÁRIO  – quarta feira – 19 de fevereiro de 2014