Memorias de um nonagenário – Dilson Ribeiro

Do mesmo modo que a Colônia Italiana contribuiu para o desenvolvimento de Jequié nos séculos XIX e XX, estendendo também a Poções e adjacências, a nossa querida Vitória da Conquista veio realmente a se desenvolver com a substancial ajuda dos nossos patrícios nordestinos de todos os Estados, a partir dos anos 30, aumentando em 1940 com a rodovia (BR.116) Rio Bahia, já no governo do Presidente Dutra.

Jequié teve a participação dos imigrantes italianos, como Rotondanos, Marotas, Micheles, Lomantos e mais dezenas de respeitáveis famílias , sendo o Cavalheiro Vicente Grilo como personalidade de destaque e hoje  já consagrado Cidadão Benemérito da minha querida Cidade Sol.

Quanto a nossa Vitória da Conquista, veio realmente a se desenvolver                                                                                                   nos setores comercial e industrial, com a participação do Ceará – terra de José de Alencar, Raquel de Queiroz, Dom Helder Câmara, e do “Padim” Padre Cícero – que nos trouxe décadas depois (1955), o engenheiro químico de Sobral, José Pinho Maurinho de Andrade, (com sua indústria de médio porte, que hoje ampara mais de 600 pessoas, incluindo funcionários e familiares), trazendo  mão-de-obra especializada de que tanto carecemos. A cota de  Pernambuco, representada por Cícero Pereira Amorim, os irmãos Liberal/Batista e outros; de Alagoas, o educador Padre Luis Palmeira, com o seu Ginásio de Conquista,  trazendo benefícios para a mocidade estudantil, e finalmente, o nosso querido e pequeno Sergipe, que além de prestar valiosos serviços  ao Estado da Bahia, com firmas a exemplo  da Mamede Paes Mendonça, deu  a Conquista a figura invulgar do odontólogo, Olímpio Benício dos Santos, que ao chegar aqui no inicio dos anos 30 dividiu suas atividades de cirurgião-dentista para lutar pela iluminação pública da cidade, com a substituição dos antigos motores-geradores, criando uma Usina Termo-Elétrica, já com o patrocínio  da Prefeitura Municipal, substituindo inclusive os arcaicos “lampiões” alimentados a kerozene.

 

“Aos 93 anos de idade, Dilson Ribeiro de Oliveira é um monumento-vivo à história de Vitória da Conquista. Descendente do desbravador João Gonçalves da Costa, afilhado do ex-prefeito e ex-governador Régis Pacheco, foi pioneiro da aviação comercial e da telefonia na cidade. Testemunhou e escreveu sobre fatos importantes ocorridos no Município e tem crônicas e livros publicados.” Inclusive memórias de  importantes fatos que aconteceu na história da cidade nos seus mais de 70 anos de atividades politicas e empreendedora na cidade.