Operação policial garante tranquilidade e segurança na festa da classificação tricolor

A Secretaria Estadual de Segurança, por meio da Polícia Militar, organizou e executou um forte esquema de segurança para o jogo Bahia e Portuguesa pela segunda divisão do Campeonato Brasileiro de futebol. A operaçãoque mobilizou 1.031 policiais com o objetivo de garantir segurança e tranquilidade de quem compareceu ao estádio e para os outros milhares de torcedores que participaram das comemorações nas ruas.

Foram vendidos todos os 32.157 ingressos para a partida em que o tricolor baiano retornou à primeira divisão graças à vitória em casa no Estádio de Pituaçu (Roberto Santos). O Bahia venceu a Portuguesa (SP) por 3 a 0.  Para encerrar o primeiro dia de comemoração, os torcedores ainda foram presenteados com clássicos do axé e canções do Bahia interpretados pelo cantor Ricardo Chaves e por Manno Góes, do Jammil. A festa avançou a madrugada na orla de Patamares até o Aeroclube, praia da Boca do Rio.

Além dos encontros periódicos de planejamento realizados entre oficiais, a PM também promoveu reuniões com as torcidas organizadas para prestar algumas orientações que ajudassem a promover a paz. “Orientamos para que eles não provocassem brigas nas arquibancadas, não arremessassem objetos, tampouco invadissem os gramados”, explicou o major PM Henrique Melo, comandante da 39a CIPM (Companhia Idenpendente de Policiamento Militar).
Após cumpridas estas etapas, as atenções foram voltadas para a segurança dentro e fora do estádio e nos pontos de comemoração, como a orla de Patamares. Logo no início da tarde, antes da chegada das torcidas organizadas, foram realizadas varreduras nas arquibancadas para verificar se não havia pedras, bancos soltos ou qualquer objeto que pudesse ser utilizado como arma e causar lesões em torcedores ou jogadores.

Como de costume, as torcidas organizadas chegaram mais cedo para que materiais como bandeiras, instrumentos musicais e faixas, fossem checados para posterior liberação de acesso ao estádio. “Fazemos uma vistoria minuciosa para verificar se o material trazido por eles não possui frases ofensivas, objetos metálicos ou sinalizadores. As baquetas também precisam ser identificadas, porque caso sejam arremessadas ao campo, nós possamos identificar a torcida e tomar os procedimentos cabíveis”, disse o Major Henrique Melo.

Para evitar tumultos nos portões de acesso, foram instaladas grades de proteção e apenas as pessoas portando ingresso ou que possuiam alguma relação com o evento, tiveram acesso à parte externa do Pituaçu. O vice-presidente da torcida organizada mais antiga do Bahia, a Povão, André Silva, definiou como positiva a medida da Secretaria de Segurança. “Nossa torcida tem 34 anos. Queremos paz. Eu acho válida essa decisão de fiscalizar as torcidas. É bom para os nossos torcedores, mas também é bom para a torcida adversária que não são nossos inimigos, são apenas adversários. Estamos com todo o nosso material de acordo com as determinações da PM. Faremos isso hoje e sempre”.
Paralelamente à checagem do material, oficiais orientavam os líderes das torcidas para que dialogassem com os demais torcedores no sentido de lembrá-los do cumprimento das regras do Estatuto do Torcedor ou que foram combinadas anteriormente e que só contribuíam para mais segurança. “Atualmente, os torcedores colaboram mais, porque em caso de descumprimento da legislação, o clube também pode ser penalizado. Há alguns anos isso não ocorria. Hoje, podemos afirmar que os torcedores estão se comportando melhor em função desta medida”, destacou o capitão Elbert Vinhático, subcomandante da 39a CIPM.
MONITORAMENTO ELETRÔNICO

Para reforçar os trabalhos e agilizar o atendimento a possíveis ocorrências, o Estádio de Pituaçu conta com 116 câmeras de monitoramento. Além de pontos estratégicos que cobrem as principais vias do entorno do estádio, todas as dependências do local, com exceção dos sanitários, possuem câmera de vídeo.

Na opinião do major Henrique Melo, “as câmeras auxiliam a dar uma resposta mais rápida em caso de ilícitos que fogem do olhar humano do policial. Acionamos uma guarnição quando visualizamos carros estacionados em locais proibidos, ambulantes atuanto em áreas restritas, consumo de drogas ou em caso de brigas”.