Presidente do PMDB procurou desfazer o mal entendido que declaração da presidenciável de apoio a Wagner causou

7758055_michel_temer_153_204Em Salvador, Temer busca ‘alinhar’ PMDB baiano

 

Uma semana após a candidata petista ao Palácio do Planalto ter dito, em Salvador, que Jaques Wagner (PT) era seu único candidato ao governo na Bahia, o presidente nacional do PMDB, Michel Temer, veio à capital baiana nesta terça (28) tentar desfazer o mal-estar que perdurava entre o diretório estadual da legenda e a candidatura de Dilma Rousseff no plano nacional. O posicionamento da ex-ministra da Casa Civil deixou o candidato Geddel Vieira Lima sem o apoio de um de seus principais cabos eleitorais.

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Temer esteve na cidade acompanhado do ex-governador do Rio de Janeiro Moreira Franco, que integra a coordenação geral da campanha de Dilma. Com Geddel, afinou o discurso e disse interpretar a declaração da presidenciável como “partidária”. “É natural que ela queira dar mais apoio ao candidato do seu partido na disputa da Bahia, mas isto não quer dizer que o projeto nacional tenha perdido espaço no PMDB da Bahia”, assegurou Temer.

O presidente da Câmara dos Deputados disse ainda que em nenhum momento Geddel Vieira Lima ameaçou declarar apoio a outro candidato que não fosse Dilma em consonância com o posicionamento nacional do PMDB. Ao longo a última semana, correu nos bastidores políticos da Bahia que Geddel poderia declarar apoio a Marina Silva (PV), o que não se concretizou.

“Em nenhum momento Geddel moveu palha para longe do governo Lula. Ele é um dos que entenderam que o governo foi excepcional e seu apoio é uma posição de manutenção de sua coerência, a mesma com a qual vem exercendo sua vida política”, elogiou. O próprio Geddel confirmou que, de sua parte, Dilma Rousseff continua a ter palanque duplo no Estado e, caso seja de fato eleita presidente, continuará uma relação de parceria com a chefe do Executivo brasileiro.

“Foi uma atitude partidária mas, de minha parte, me mantenho compromissado com o que acredito e com o que assumi”. Ao ser questionado sobre os motivos de Dilma, que supostamente o teria abandonado por conta de seu mau desempenho nas pesquisas, o candidato ironizou. “Se pesquisa ganhasse eleição, o governador da Bahia seria Paulo Souto e o prefeito de Salvador seria Antônio Imbassahy.”