Qual a avaliação que O Ministro Geddel faz da questão da Violência em Conquista, confira neste artigo: “A força-tarefa” e os crimes em Conquista”

algemas

Há muito tempo Vitória da Conquista surge no noticiário e nas estatísticas policiais como uma das cidades mais violentas da Bahia e do Brasil, com ação livre de todo o tipo de criminosos.

Qual o plano para conter a violência em Conquista?

Coisas como um bando de encapuzados, que numa camionete sem placas,  aterroriza principalmente jovens e que apenas nos seis primeiros dias de 2010 foi responsável por 9 mortes em bairros da periferia.  Embora o delegado da 10ª Coorpin, Odilson Pereira negue firmemente, há suspeitas de que os “encapuzados” seja um grupo de extermínio formado pela própria polícia.

Acontecem também fatos ainda mais assustadores, como a notícia de que os adolescentes Bibiu, de 14 anos, Zoi, 13 anos,  e Pula, 12 anos, assumiram o  “comando” do tráfico em Conquista, com a saída de circulação de Jararaca, de 17 anos, apontado como responsável por mais de 10 homicídios, entre eles a morte de uma jovem evangélica assassinada em plena cerimônia de vigília, em dezembro de 2009.

Na madrugada do dia 28 de janeiro, um policial que estava na garupa de uma moto, pilotada por outro policial, foi assassinado.

Imediatamente se iniciou uma verdadeira caçada humana, em que pelo menos 14 pessoas morreram e três jovens ainda estão desaparecidos, aterrorizando ainda mais a população de Conquista.

A onda de violência em Conquista atingiu tal nível a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o Ministério Público Estadual (MPE) e a Defensoria Pública pediram ao comando do Policiamento Regional Sul que apurasse a origem de inúmeras ações de intimidação a seus representantes.

Chegando a uma situação completamente insustentável, o governo do estado criou uma “força-tarefa” que foi enviada para Conquista, com a missão de tentar controlar a situação. Os promotores da força-tarefa ouviram  os depoimentos de vítimas da violência policial e testemunhas.

Agora começam a discutir que medidas jurídicas podem ser adotadas contra policiais envolvidos. Acho que o envio da força-tarefa à Conquista foi uma medida acertada. Porém isto já deveria ter acontecido há muito tempo, sem que fosse necessário um policial ser morto. Diante da violência crescente em toda a Bahia, forças tarefas policiais e judiciais deveriam ser constantes e em todo o estado.

Agora, pergunto eu: finda a missão de apurar responsabilidades pela “caçada humana” como se irá controlar a violência em Conquista? Existe um plano de ação? Existem projetos de implantação de medidas preventivas? O que se irá fazer?

Se a missão da força-tarefa for simplesmente dada por encerrada a rotina do crime voltará a imperar e mães segurando cartazes com fotos de seus filhos continuarão declarando: “Queremos nossos filhos de volta. As famílias vão fazer vigília e só sossegam quando as autoridades derem uma resposta. Se preciso, vamos até o governador para pedir uma solução”.

É triste, mas dificimente o governo que aí está terá solução para o descontrole da violência. Este afinal é o governo que deixou pior o que já estava ruim.