Temor de tsunami gera fuga em massa em cidade no Chile Informações da Folha Online

Habitantes da cidade de Conce1005858pción, no Chile, correram para áreas mais altas com medo de que duas fortes réplicas do tremor de 8,8 graus na escala Richter que matou ao menos 800 — uma de 5,9 graus e outra de 6 graus– ocorridas hoje gerassem um tsunami.

Segundo a agência Efe, bombeiros de Concepción alertaram a população sobre o risco, embora as autoridades tenham descartado logo em seguida a possibilidade de formação de uma onda gigante.

“A magnitude não corresponde ao alerta de tsunami”, explicou um porta-voz do Escritório Nacional de Emergência (Onemi) em Santiago, segundo um relatório do Serviço Hidrográfico e Oceanográfico da Marinha.

Anteriormente, a rede de TV americana CNN e a agência de notícias France Presse haviam informado que um alerta de tsunami teria sido emitido por autoridades locais.

Centenas de pessoas, entre elas, membros das equipes de distribuição de ajuda e manutenção de ordem, fugiram apavoradas para os morros dos arredores de Concepción.

Desde sábado, houve cerca de 200 réplicas do tremor– metade delas de força superior a 5 graus. Anteriormente hoje, outra réplica de 5,1 graus na escala Richter atingiu quatro regiões do centro e do norte do Chile.

Na capital chilena, assim como em Coquimbo, La Serena e Rancagua, a intensidade foi de 2 graus, e de 3 em Valparaíso. A Onemi explicou que o tremor não deixou vítimas ou danos materiais.

Às 2h49 foi sentido outro abalo na mesma área, de 4,7 graus na escala Richter, segundo o instituto americano. Mais cedo, à 1h35 local, um tremor também de 5,1 graus na escala Richter ocorreu mais ao sul, na região de Bío-Bío, com seu epicentro localizado a uma profundeza de 30,2 quilômetros sob o mar.

Às 4h09, outro sismo atingiu a região do Maule, de uma magnitude de 4,9 graus na escala Richter e epicentro a uma profundeza de 35,1 quilômetros, também no mar.

Segundo especialistas, as réplicas continuarão a ocorrer nos próximos dois meses.

Ajuda

A ajuda alimentar começa a chegar, de maneira lenta, às áreas devastadas no Chile, o que faz com que o governo espere reduzir a situação de violência, saques e descontentamento que o país vive desde sábado, quando foi abalado por um tremor de 8,8 graus de magnitude.

Militares, voluntários e funcionários civis começaram a organizar a ajuda aos sobreviventes após a tragédia, que deixou quase 800 mortos. Na noite de terça-feira mantimentos começaram a ser distribuídos, após a chegada de caminhões de alimentos água.

“A rede de distribuição está operacional e grande parte da ajuda começa a chegar”, disse Carmen Fernández, diretora do Escritório Nacional de Emergências (Onemi).

No entanto, Concepción, uma cidade de meio milhão de habitantes localizada 500 quilômetros ao sul de Santiago e epicentro da tragédia, ainda não havia recebido auxílio alimentar.

Cerca de 500 mil casas foram destruídas, de acordo com informações anteriores divulgadas por Bachelet. “Estamos enfrentando uma catástrofe gigantesca, que irá exigir um esforço de recuperação gigantesco”, disse após encontro com ministros no palácio La Moneda.

com agências internacionais