Vitória da Conquista: Admiradores prestigiam lançamento de ‘A Guerra das Coronelas: Sá Lourença e Izabelinha’, livro do cordelista Zé Walter

 


A noite de terça feira, 22, foi especial para a literatura brasileira. A livraria Nobel foi palco do lançamento do livro ‘A guerra das coronelas: Sá Lourença e Izabelinha, do cordelista baiano Zé Walter. O evento contou com a participação de estudiosos, historiadores, empresários, secretários e demais nomes da cultura da região.

A obra literária em destaque relata a história de duas coronelas conquistenses que resolveram fazer justiça por meio da vingança. “Sá Lourença e Izabelinha são duas personagens muito ligadas à história de Vitoria da Conquista, no final do século XIX, quando o fato se registra. Eu li o livro do professor Durval Lemos, “Conquista dos coronéis”, e me deparei com dois textos falando de Sá Lourença, uma mulher muito forte que é filha do coronel fundador de Vitória da Conquista, e Izabelinha, outra coronela que também vivia na região e se envolveram numa briga que eu chamo de caprichosa. Sá Lourença vingou a morte dos filhos, que foi praticada por um dos coronéis de Vitória da Conquista e Izabelinha que, ao tomar conhecimento da chacina na fazendo dos coronéis, resolveu também fazer vingança contra a família de Sá Lourença. Elas brigaram entre si”, comentou o escritor Zé Walter.

O termo coronelas, presente no título da obra, foi para o professor Durval Lemos mais um artifício de inclusão. “Escrevemos a história dos coronéis e introduzimos o termo coronelas, nos referindo a Sá Lourença e Isabelinha. Nos sentimos honrados em utilizar um termo que dá espaço às mulheres, que as incluem. Zé Walter fez um ótimo trabalho, relatando a vida das pessoas de Brumado, de Vitória da Conquista, da região, da Bahia”, relatou o professor.

Prefaciado por Rui Medeiros, comentado por Heleusa Câmara e Durval Menezes e posfácio de Esechias Araújo Lima, todos marcaram presença no evento. “Fiquei muito feliz de ter comentado um pouco dessa história. A primeira vez que li sobre esse desastre foi com Anibal Viana. Zé Walter veio trazendo esse enredo de uma forma diferente, ousada, em outra linguagem”, contou Câmara. Ronaldo Oliveira, parente das personagens, também marcou presença no evento e se diz agradecido. “Ao mesmo tempo em que fico triste, por lembrar o episódio, me sinto muito honrado, por trazer à memória minha família”.

Admiradores fizeram fila para colher uma dedicatória e tirar uma foto com o escritor Zé Walter, que atribuiu o mérito ao professor Durval Lemos. “Minha tarefa foi traduzir o texto do professor Durval em linhas de cordéis. Ele e o seu livro que inspiraram a obra. Durval é o pai da criança”, afirmou.

Por Naylla Peixoto – Jornalismo A Gente Diz Diz    fotojornalismo walter jarissima