Aprovados em concursos dão receita para o sucesso

 

Não se chega longe sem um método e, se o objetivo é alcançar uma vaga em concursos públicos, um bom caminho é escutar aqueles que já encaram e venceram o desafio. Pessoas que hoje desfrutam dos frutos do esforço contam como fizeram para chegar lá.

Germano Freitas ficou muitas vezes bem próximo da aprovação, antes de ser convocado em primeiro lugar na Universidade Federal da Bahia (Ufba). “Fiz inúmeros concursos e sempre batia na trave, cheguei a ficar em segundo em concursos que tinham apenas uma vaga ou em primeiro em certames que não convocavam ninguém”, lembra Germano. Perseverança, dedicação e disciplina foram os ingredientes para o resultado. “É preciso ter persistência. Cheguei a ficar um pouco desestimulado com os resultados. Pensava que estava sempre faltando alguma coisa”, afirma.

A rotina do jovem incluía leitura e resolução de exercícios em períodos de estudos que iam de seis a sete horas por dia. “Eu sempre começava pela teoria e depois seguia para a resolução de provas e questões de concursos anteriores”, explica.

Exercícios  – Para ficar em primeiro lugar no concurso da Secretaria da Educação, Waleska Oliveira estudou a teoria antes, e então partiu para a prática. “Li os assuntos exigidos e depois resolvi as provas anteriores da mesma organizadora”.

Para conciliar a preparação com os estudos do mestrado e  o trabalho ela precisou ser organizada. “Criei um cronograma que englobava todas as atividades da minha vida, desde as matérias  a estudar até as questões do trabalho”.

Literatura especializada e internet – Livros voltados para concursos, leitura da legislação e aulas pela internet. Estes foram os recursos utilizados por Arthur Ferrari, aprovado na Defensoria Pública da Bahia, do Piauí e no Ministério Público da Bahia. Estudando das 14 às 22 horas de domingo a domingo por dois anos, ele explica sua filosofia: “É melhor sofrer de uma vez e passar rápido”, acredita.

Já Anna Verena, aprovada para técnico do Tribunal de Contas de Estado Sergipe e para agente de fiscalização financeira do TCE de São Paulo, o horário de início dos estudos não era tão nítido, mas a rotina também era puxada. “Eu acordava e já ia estudar, e levava o dia inteiro nisto”.  Abdicar do fim de semana com os amigos foi outra escolha.

Tempo de estudo – No tempo em que ficou desempregado, Germano Freitas aproveitou para se preparar para os concursos, mas foi enquanto trabalhava que os estudos renderam mais. “Um amigo meu diz que quem tem tempo perde tempo. É muito difícil utilizar todas as horas livres em preparação. Tem sempre algo para te distrair” opina Germano.

Esta também é a opinião de Artur Ferrari, que preferiu continuar trabalhando como assessor do Ministério Público enquanto tentava a vaga para promotor. “Se você não está num regime que te absorve por completo é até mais saudável. Você sente menos pressão com as questões financeiras”, afirma.

Edely Gomes