Artigo – DA SÉRIE: ENSAIOS QUE NOS LEVAM A PENSAR

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Sub-série: temas polêmicos

 

 

Dedico este capítulo aos inumeráveis amigos que já se foram. Não posso por motivos óbvios, citar o nome de todos, assim, os que já partiram serão como se fossem os meus grandes anônimos… Perguntaram ao homem mais sábio que já passou por este planeta, se era possível descobrir o dia da “grande partida”! Ao que ele incontinente respondeu! – Não! Mas, pode-se ter uma boa aproximação… Quando procurardes por teus amigos de infância e mais dificilmente os encontrardes, e quanto mais estes teus amigos se rarearem, eis que mais próximo está o dia da tua “grande partida”…

Eu tenho notado já meio assustado, e pesaroso, que os meus amigos de infância ainda presentes, se tornam cada vez mais raros. Com certeza, a cada dia que passa estou mais só. E portanto, mais próximo do meu encontro com a ETERNIDADE… Quando eu me tornar completamente só, aí então, terei atingido a minha eternidade… Isto não quer dizer que todos meus amigos de infância já se foram, mas sim, que eu é que fui!!!… “Que se me piquei”. A isso, o Nelson Rodrigues chamava de “Óbvio ululante”…

 

Por Edimilson Santos Silva

 

A ETERNIDADE

Um misto de ficção, realidade, visão, sonho, ciência e metafísica.

Este ensaio não representa minhas crenças nem minha visão, quanto à realidade da relação dos “seres pensantes” com o universo em que vivemos.

 

Capítulo 03 da obra de ficção “O Ser e o Existir”,

 

Este tópico inicial, que vai até o tópico (A FÍSICA DE PARTÍCULAS E A MATÉRIA), nada mais é, que uma transcrição de uma abordagem já existente na obra “Os Três Insights”, esta abordagem elucida alguns aspectos pertinentes à eternidade. Vamos ao tópico:

A GRANDIOSIDADE DA CONCEPÇÃO DA ETERNIDADE, ONDE PREVALECE A MAIS ABSOLUTA SIMPLICIDADE,

NUM UNIVERSO/DE/UNIVERSOS.

No término do primeiro “insight”, foi-me dito que existiam muitos Universos! Ao pensar ou “inquirir” como seria um Universo/de/universos, esta idéia me foi imposta: em forma de imagens, de uma beleza infinita e deslumbrante. Assim, de pronto, delinearam-se em minha mente estas imagens. Vi um número infinito de esferas luminosas e pulsantes, nas mais diversas dimensões. Parte destas esferas era visivelmente em fase crescente, outras, em fase decrescente. Tentei sair do Universo/de/universos, mas não consegui! Pareceu-me que este Universo/de/universos ou TUDO, como ele o chamou, era infinito; em qualquer direção que me dirigisse, só encontrava o infinito pleno de esferas luminosas. As esferas crescentes eram sempre luminosas; as esferas em fase decrescentes também eram luminosas, mas só até atingirem a dimensão aproximada de 1/5 do seu diâmetro maior, ou menos um pouco. Ao alcançarem 1/5 de seu tamanho máximo, elas se apagavam; parecia que repentinamente absorviam toda a luz em seu redor, desaparecendo como esfera luminosa, passando a ser uma esfera escura, sem emitir nenhuma luz. No entanto todas continuavam visíveis e ainda em fase decrescente, sendo iluminadas pela luz das outras esferas crescentes. Ao decrescerem e alcançarem um tamanho diminuto, quase imperceptível, e logo voltarem a uma nova fase crescente escura; repentinamente, explodiam em luz.

 

Minha visão abarcava uma área muito extensa do TUDO e era como um pipocar de luzes. Este mundo de Universos era tremendamente dinâmico, aí, sim, encontrei um mundo isotrópico e homogêneo. Os Universos eram aproximadamente eqüidistantes e em constante movimento.  Era um mundo de luz, com um som bem audível; este som era o mesmo da radiação de fundo do nosso Universo! Era o mesmo som do Mantra, só que; “inconcebivelmente” mais sonoro. Esta foi a última e a mais majestosa visão que tive no primeiro “insight”. Naquele instante, lembrei-me da afirmativa de Jesus Cristo, “EU SOU A LUZ”. João 8,12 e 12,46. Quantos mistérios nestas palavras! Esta linguagem de imagens foi utilizada por diversas vezes nos “insights”, mas esta foi a mais deslumbrante e elucidativa de todas.  Ao findar esta visão, comecei a escrever, relatando os fatos ocorridos no “insight”, mas, naquele instante, só estava interessado na faceta científica e Cosmogônica da visão. O dia estava amanhecendo; foi aí que adentrei o quarto do meu filho para comentar o curto texto recém-escrito. Ainda possuo este texto original, no qual não relatei estas visões do Universo/de/universos. Não só esta, mas dezenas de outras não foram mencionadas. Mesmo agora não relato tudo o que vi; lembro-me que tentei de todas as formas ter uma visão externa do TUDO; ele era infinito em todas as direções; era impossível ter uma visão externa ou sair do Universo/de/universos, embora mesmo que só com a mente! Que grandiosidade! É de arrepiar. Até hoje só consigo concebê-lo internamente, não conseguindo ter uma visão externa do TUDO, por mais que tente. E o som? Inconcebível! Há pouco tempo ouvi o som do Mantra gravado por um coral de monges; parece-me feito para um filme; lindo, mas é só um pálido reflexo do verdadeiro som dos Universos. À noite, é só me concentrar no assunto e escuto “relembro” claramente o som Divino.

 

A tentativa de transcrever o que vivenciei fica por aqui mesmo. É impossível dizer o indizível, relatar o “irrelatável” ou até mesmo pensar o impensável. Tive visões nos “insights” sobre outros assuntos, mas que vão morrer comigo, sendo impossível descrevê-las com palavras. O que sempre me deixou impressionado foi a duração dos “insights”! Cada um de “per se” teve, com a mais absoluta certeza, a duração de não mais que poucos segundos. Acredito que o “tempo” como nós o percebemos é uma ilusão, não representa a realidade do existir universal, mesmo por que, o tempo, (sobre este enfoque), é relativo e não absoluto!  Isto instintivamente o percebemos. Que o diga, os que esperam e os confinados.

 A visão acima referida de um universo acoplado a outro universo nos dá uma pálida idéia e nos possibilita ter um vislumbre do tão discutido tema “ETERNIDADE” esta visão solucionaria o sempre difícil tema da perpetuação da vida existente no universo, a migração da vida de um universo em contração para outro universo em expansão possibilita a perpetuidade desta mesma vida em todos os Universos. Naturalmente que estamos nos referindo à vida em sua forma ou  instância mais elevada e divinizada, (a vida racional senciente). 

UM UNIVERSO LIMITADO POR OUTRO UNIVERSO

A visão e a idéia, de um Universo/de/universos, com um tempo não cíclico, nos levará obviamente até a um tempo absoluto e linear, como gerador da única e verdadeira ETERNIDADE. ETERNIDADE esta, externa ao nosso universo visível, e isto só é factível em função da realidade de uma ETERNIDADE oriunda de um universo/de/universos. Como nós postulamos a existência de uma ETERNIDADE. E como somos forçados a admitir a inexistência de uma Singularidade em nosso universo. Pois, esta Singularidade nos levaria a um não “tempo, sendo” e de que este não tempo entrando em conflito com a ETERNIDDE do universo externo, portanto adjacente a esta mesma Singularidade geraria um paradoxo de um “não tempo” dentro do tempo da ETERNIDADE do universo circundante. Nota (1): (Em astrofísica, o “universo visível” é um universo limitado e proposto pela cosmologia como tendo um raio de 13,7 bilhões de anos luz. Sendo esta a distância do corpo emissor de luz mais distante que o telescópio espacial Hubble da NASA conseguiu fotografar! Estando esta galáxia ou corpo emissor no que a astrofísica chama de espaço profundo).  

 

Analisemos as causas e os efeitos ou consequências de uma singularidade em um universo qualquer, uma singularidade pré-supõe um limite físico para este universo, o que cria automaticamente um universo circundante, universo material ou não, mas um universo! Que antes não podíamos admitir, pela ausência de um limite físico de um universo não “singularizante”, isto é, um universo onde antes não admitíamos uma singularidade.

A DUALIDADE DA ENERGIA DO COSMOS

Para chegarmos à compreensão da dualidade da energia do cosmos ou o “todo” constante na matéria como energia positiva e na gravitação como energia negativa, estas duas energias geram todo movimento no universo, donde advém e corresponde ao tempo linear do nosso universo. Sendo, que o tempo restrito de Ubaldi corresponderia ao nosso tempo linear, já o tempo estático universal do mesmo Ubaldi corresponderia a ETERNIDADE. O que faz da citação conceitual de Pietro Ubaldi da ETERNIDADE uma verdade axiomática.

Nota (2): Esta é a transcrição de um tópico da minha obra “Os três insights”. Onde as inquirições são feitas a um Ser de natureza cósmica dentro do próprio Cosmos.

O conceito de ETERNIDADE não é difícil de ser compreendido, nem o conceito da razão de ser do “tempo”. Por sua vez, o conceito do tempo em si, nos oferece imensa dificuldade de entendimento, talvez até mais que o conceito de eternidade. Entenda-se! É fácil saber donde se origina o tempo, mas, é dificílimo saber o que é o tempo. A origem e a entidade são “coisas” completamente díspares…

 

Inicia-se aqui, o nosso estudo da entidade chamada de eternidade. Primeiro vamos dar um passeio sobre outro tema.

A FÍSICA DE PARTÍCULAS E A MATÉRIA

Embora seja de difícil compreensão o conceito de tempo, o conceito de eternidade é uma miríade de vezes mais fácil, absorvível e palatável, pois, seria somente um conceito de tempo sem início nem fim. Sendo o único paradigma deste conceito, ser um “tempo contínuo”, por isso o conceito de ETERNIDADE é de fácil compreensão.  A única maneira de tentarmos de forma simples visualizar de que o tempo é formado, é tentarmos compreendê-lo como a resultante do movimento das partículas bariônicas que representam a forma material do nosso universo. Nenhuma equação da física, nem nossa mente consegue conceituar o tempo num universo imaterial ou virtual e consequentemente estático. O tempo é a medida do afastamento ou da aproximação entre os férmions ou bárions, a que denominamos de matéria, e que são partículas com massa equivalente ou superior a um núcleon, à exceção dos elétrons. Nota (3): É interessante saber que a equação do tempo de Einstein foi resolvida por um mineiro das alterosas como uma simples resolução de um triângulo retângulo, isto pode ser visto no site:

www.deducoeslogicas.com.br

 

Nós os seres sencientes só podemos absorver ou notar estes movimentos quando a massa se nos apresenta como matéria sensível, para uma melhor compreensão desta realidade, teremos que dar um ligeiro passeio pela física de partículas que nos diz que toda a matéria existente no Cosmo, mas toda mesmo! É composta por apenas três tipos de partículas: O quark down, o quark up e o elétron. Temos uma exceção, que é a matéria escura que ainda tem sua composição mantida em segredo.  E que seria um dos últimos segredos cósmicos a ser desvendado pela ciência.

OS PRINCÍPIOS QUÂNTICOS NECESSÁRIOS A UM ENTENDIMENTO DO QUE É O TEMPO

Qualquer mente mediana absorve com facilidade estes conceitos da física quântica! Revejamos estes conceitos! Os núcleos de todos os átomos existentes no universo são formados por três tipos de partículas, a saber: o 1º  é quark up, e o 2º o quark down que formam o próton e o nêutron, o 3º é o elétron. Com algumas exceções, as partículas prótons e nêutrons do núcleo se apresentam aos pares nos núcleos dos átomos.  Prótons e nêutrons têm spin ½ e obedecem ao princípio de exclusão de Pauli, (prótons e nêutrons variam de átomo para átomo dos elementos somente no seu número) sendo “ambos” formados por dois tipos de quarks, o próton é composto por 1 quark down e 2 quarks up e o nêutron é composto por 2 quarks down  e 1 quark up, observe que estamos tratando aqui da “primeira geração do modelo padrão”  que inclui os elétrons e os neutrinos, sendo o neutrino com massa tão insignificante que o neutrino  de origem cósmica atravessa todo o planeta Terra sem nenhuma interação com a massa do mesmo. O elétron com relação ao neutrino é possuidor de massa bastante significativa, no entanto o elétron tem 1839 vezes menos massa do que um próton, ou seja, a massa do próton é = 0,938 GeV e a massa do elétron é = 0,00051 GeV. Ora! Se você dividir a massa do próton pela massa do elétron verá que o número resultante é 1.839,21 entendeu o babado? É fácil entender!  Como podemos ver essencialmente toda a matéria sensível é oriunda da trindade universal (O QUARK DOWN, O QUARK UP E O ELÉTRON), estas partículas formam toda a matéria existente no universo, já a existência da partícula de deus, chamada bóson de Higgs é um babado que no momento não será tratado aqui.

Toda matéria do universo está sujeita ao movimento físico, sensível; movimento este, que segundo o nosso modelo de universo, seria o único fator gerador do tempo, portanto, também da ETERNIDADE. A matéria de que tratamos aqui é a matéria sensível, que permeia nosso universo próximo e distante.

 

No entanto! De que é formada a matéria escura que existe, (comprovadamente), no universo? Até hoje a física ainda não estabeleceu de que ela é formada. Este fato machuca a alma e fere o orgulho dos físicos teóricos, pois, a matéria escura representa 73 (setenta e três) por cento de tudo que existe nesse nosso bendito universo. Sendo que: o que chamam de energia escura representa 23%. Portanto, a matéria formada pelos átomos, ou matéria sensível do universo,matéria que conhecemos e de que somos formados representa os outros 4 % restantes.

 

O entendimento comum ou vulgar da ETERNIDADE é o de um fenômeno, (como disse), sem princípio nem fim. O que seria uma incoerência se considerarmos o tempo como oriundo do movimento da matéria originária de um universo como o nosso, sobre tudo cíclico e inda mais com uma singularidade onde a matéria e o tempo desaparecem criando um período atemporal, o que inviabilizaria a ETERNIDADE, naturalmente que na singularidade, desaparece o movimento, que faz desaparecer o tempo que por sua vez faz desaparecer a ETERNIDADE pela ausência deste último. No entanto, se considerarmos como possível e factível de existir um universo/de/universos, composto por um número infinito de universos adjaceentes. O problema da quebra do tempo e da ETERNIDADE, consequentemente deixa de existir neste modelo de universo/de/universos. Mesmo admitindo as singularidades com fases atemporais nestes universos, a consequente alternância da singularidade nestes universos eternizaria o tempo viabilizando a existência de uma ETERNIDADE. Esta é uma visão heurística, onde, logicamente possibilitaria a existência desta bendita ETERNIDADE. É bom lembrar que existem modelos de universos não cíclicos onde a ETERNIDADE é a sua conseqüência mais lógica. A descoberta no ano de 1932 do século passado do estado de expansão do nosso universo levou os astrofísicos ao conceito de uma singularidade, pelo simples ato de se retroagir ao princípio desta expansão, onde todo o universo encontrar-se-ia concentrado num ponto menor que o núcleo de um átomo, concentração a que chamaram de singularidade.

O UNIVERSO COM A FORMA DO CAMPO

Cálculos matemáticos posteriores confirmaram a possibilidade desta singularidade, porém a meu ver o problema é que o confinamento de todo o universo num ponto leva-nos à inexistência da matéria impossibilitando qualquer movimento, cessando o tempo e por conseqüência a ETERNIDADE. Viu que rolo os cientistas nos arrumaram? Nunca engoli a singularidade como um evento “uma coisa” factível, possível e real, sempre preferi um universo com a forma de um imenso campo eletromagnético de Maxwell. Este universo não seria cíclico, mas sim, contínuo onde a ETERNIDADE seria o fator mais lógico, pelo menos, com a seta do tempo somente no sentido do futuro. A maior beleza deste modelo de universo é o fato dele não ser homogêneo nem isotrópico e de possuir fases de expansão no polo negativo e de contração no polo positivo, e sobre tudo, este universo maxwelliano/moveriano não teria singularidades nem Big-Bangs, isto é: Não seria cíclico. A lógica racional mais simples, (lógica dentro do nosso universo), nos diz que só é possível uma ETERNIDADE fundamentada num tempo infinito nos dois sentidos da seta do tempo, no sentido do passado e no sentido do futuro, ficando definitivamente estabelecido que uma  singularidade elimina por completo em “nosso universo” a possibilidade da existência de uma ETERNIDADE. Nota (4): A redundância é proposital, adotei-a prevendo que nem todos os leitores possuiriam conhecimento profundo nestes assuntos. E por vezes, nem mesmo, superficiais… Em função do que: Costumo repetir os pontos de vista, ou as proposições mais complexas… Portanto, pode-se deduzir destas duas proposições das duas ETERNIDADES, uma com uma só seta do tempo, e outra com duas setas, que: somente a ETERNIDADE com uma seta seria factível no universo maxwelliano/moveriano. E por sua vez a ETERNIDADE com duas setas nem no nosso universo seria factível, devido à atemporalidade existente na singularidade que antecedeu o Big-Bang, conforme nos propõe a astrofísica.

A ENERGIA DO UNIVERSO É IGUAL A ZERO

A astrofísica aceitando o modelo de universo com uma singularidade num ponto menor que o núcleo de um átomo, cria um universo de energia nula. Conforme a física, a soma de toda energia do universo tem valor nulo, igual à zero (0). Esta mesma astrofísica considera que toda a matéria do universo tenha energia de valor positivo e que toda gravitação do universo contenha energia de valor negativo, obviamente a soma algébrica destes dois valores resulta em uma energia total do universo com valor (0) zero, o que possibilitaria a existência de uma singularidade neste nosso universo.

(Eis aqui o fator de risco maior de um universo singularizante), a meu ver, o que também impossibilitaria a existência de um tempo contínuo inviabilizando a ETERNIDADE, o que inviabilizaria também  a existência da DIVINDADE neste nosso universo. Sendo o fundamento maior de uma DIVINDADE a sua eternidade.

PORTANTO, SEM A ETERNIDADE NAÕ É FACTÍVEL A DIVINDADE

Assim, ao ser eliminada a ETERNIDADE em nosso universo também será eliminado o conceito de DEUS, pois, sendo DEUS incriado, impessoal, inominável, incognoscível e sobre tudo eterno, ele inescapavelmente será criador da ETERNIDADE. Não vejo condições metafísico-filosóficas de nosso universo “cíclico temporal” abrigar a ETERNIDADE e muito menos um Ser eterno.  Sendo esta a razão maior da minha resistência, e a lógica maior da minha não aceitação da teoria da singularidade.  Deve existir a ETERNIDADE em outro tipo de universo. No universo/de/universos. Ela é mais que factível neste tipo de universo, onde um número infinito de universos morrem ao mesmo tempo em que outro número infinito de universos nascem, dando oportunidade a que as vidas inteligentes que são partículas da DIVINDADE, OU TALVEZ A PRÓPRIA DIVINDADE! Transmigrem para outros universos. Ora! Considerando a vida inteligente uma partícula da inteligência Cósmica, natural que seja eterna também. Só num tipo de universo/de/universos haveria condições de haver a “eternização” da vida inteligente, vida inteligente esta, com poder de análise do universo e da própria ETERNIDADE.

 

O atributo principal da ETERNIDADE é prescindir de um início e de um fim. A dinâmica de um universo cíclico/pulsante como o nosso, (segundo a teoria do Big-Bang e da sua singularidade), inviabiliza a ETERNIDADE e ao mesmo tempo inviabiliza a DIVINDADE conforme raciocínios elaborados e expostos acima.

O TEMPO TRÌPLICE DOS ANTIGOS OU DOS MÍSTICOS

 Neste tratado da ETERNIDADE não abordo o conceito do tempo tríplice por considerá-lo impróprio. O conceito do tempo tríplice compreendendo o tempo profano, o eviterno, onde completando a trindade também existe um tempo eterno, isto é muito surreal e aberrante e sobre tudo inconsistente, consideramos estes conceitos como desculpas e fantasias da antiga astrologia (do tempo das trevas), na Idade Média. Com o pouco desenvolvimento da física e do pouco conhecimento do universo na época, quando não se conhecia um tema em profundidade inventava-se, fantasiava-se. Lendo-se a defesa destes fundamentos conceituais do tempo tríplice feita por um ardoroso defensor destas estultices, nota-se que o escriba acredita nas incongruências que defende. E o mais inacreditável, é isto ser defendido em pleno século XXI. Isto comprova que tudo se pode esperar da espécie humana. Creiam-me! Já ouvi falar de uma sociedade existente nas terras do Rei Arthur onde seu postulado maior é defender ardorosamente que o nosso planeta é plano, ou seja, quadrado, isto mesmo que a Terra tem a forma de um dado, um cubo, um hexaedro, isto é próprio dos humanos…

A LÓGICA DE UM UNIVERSO/DE/UNIVERSOS

A lógica nos leva a suspeitar e acreditar que a ETERNIDADE seja imanente a um tempo perpétuo, (tempo que não sofre o efeito de uma singularidade), e de que seja inerente aos abismos do universo/de/universos em sua infinita dimensão e de que seja não analisável e não mensurável. Só é possível uma ETERNIDADE num universo infinito, e que um universo em expansão como o nosso não pode ser infinito, havendo sempre um universo externo limitando esta mesma expansão, este raciocínio expõe a mais pura lógica racional de uma análise do cosmos. Teremos que entender e admitir a lógica apresentada pela ciência, na qual propõe o fato de que a radiação de fundo do nosso universo ser o limite do nosso universo em expansão. Mas, considerando-o cíclico, quando em sua fase de contração ao alcançar a singularidade o tempo deixa de existir por falta absoluta de movimento, em decorrência da ausência absoluta de matéria para entrar em movimento, onde o tempo e a ETERNIDADE se fazem ausentes. Pois um universo quando em singularidade levaria a desaparecer a radiação de fundo de Penzias, eliminando o nosso limite externo, o que naturalmente  integraria nosso universo ao universo externo, e a eternidade, ou seja, ao universo/de/universos.

 

Repetindo:

Tendo-se que admitir a singularidade como a presença de todo o nosso universo em forma de energia havendo esta energia de ser estática no limiar ou na transição da contração para a expansão, eliminando destarte o tempo e por sua vez também a ETERNIDADE dentro da singularidade. Como resultante; eliminaria o limite do nosso universo como dito acima, reintegrado-o instantaneamente ao tempo e a eternidade do universo/de/universos.

O ENFOQUE RELIGIOSO DA ETERNIDADE

 Vejamos uma rápida análise da abordagem que as religiões fazem da ETERNIDADE! Será que estas crenças religiosas possuem consistência? Vejamos! Toda religião que se preza tem seu Deus, e todo Deus só será um Deus poderoso se for eterno, assim, podemos deduzir que todas as religiões, do passado mais remoto e as do presente acreditam ou apregoam a existência da ETERNIDADE. Partindo deste pré-suposto podemos afirmar que a ETERNIDADE é inerente a todas as religiões. Sendo de difícil, ou de impossível comprovação a negação da ETERNIDADE, como uma crença religiosa, ela simplesmente é aceita por todas as religiões sem maiores questionamentos como um realidade lógica e casual, qualquer questionamento é recebido como um questionamento da própria existência de Deus, mesmo porque a ninguém interessa um Deus passageiro, sem forças e sem poderes, mesmo nos primórdios das primeiras religiões em que os Deuses eram representados pelos fenômenos naturais, estes fenômenos transcendiam  aos poderes e a curta existência dos humanos, assim eram tomados como Deuses fenomênicos eternos, caracterizando estas crenças primitivas como dependentes do conceito de ETERNIDADE. É desnecessário dizer que pelos mesmos motivos acima, todas as religiões modernas, por necessidade ontológica dependem da ETERNIDADE, apregoando a ETERNIDADE como algo real e inquestionável.

A abordagem que os teólogos das religiões modernas fazem da ETERNIDADE não possui, por si mesma embasamento científico, desprezando a mais simples lógica racional humana, tratando-se do mais puro blá-blá-blá, em função do que, me sinto desobrigado de estender estes comentários. Sem a eternidade as religiões teriam existência efêmera…

CONCLUSÂO

Vimos neste estudo da ETERNIDADE que a mesma é imanente ao tempo absoluto e contínuo, e de que o tempo tem origem no movimento das partículas bariônicas formadoras de toda a matéria do universo. Refiro-me ao nosso universo onde os astrofísicos admitem uma singularidade em que a ETERNIDADE não tem valor existencial. Pois uma ETERNIDADE pressupõe um tempo contínuo e linear, e sobre tudo absoluto, o que não se dá em nosso universo devido a fase atemporal da singularidade. Fiz aqui uma singela exposição dos conceitos quânticos que levam a formação da matéria, que permite o movimento, que por sua vez, gera o tempo, que gera a ETERNIDADE. Nos estudos dos enfoques teológicos da ETERNIDADE descartei a possibilidade de análise por motivos que não vem ao caso. Ficando finalmente estabelecido que a ETERNIDADE não é passível de existir em nosso proposto universo “singularizante”, mas, que somente é factível de existir se o nosso universo fizer parte de um universo/de/universos. Ou no segundo caso se o universo for com a forma de um campo de Maxwell.

Obs. Quando por ventura derem de cara com proposições metafísicas/filosóficas/cientificas opostas ou que se contradigam! Releiam o preâmbulo de “Os Três Insights”.

Nota (5): Sinto premente necessidade de postar neste BLOG o preâmbulo de “OS TRÊS INSIGHTS”, para consulta dos meus leitores, pois, a minha obra se compõe de uma infinidade de estudos onde alguns por sua própria natureza se contradizem. Embora estas contradições não representem nem meus princípios nem minhas crenças… O preâmbulo em apreço trata disso… Tanto é que vou postá-lo antes deste ensaio.

 

Qualquer dúvida sobre a questão e a defesa do tempo absoluto, por favor; consultem o site abaixo e reaprendam a física no “Centro de Deduções Lógicas” com o Dr. Geraldo Antunes Cacique e com o físico teórico Dr. Cláudio N. Cruz. www.deducoeslogicas.com.br

 

A fala de Gilberto. “Pensamento nº 285” da eternidade.

A eternidade é a rocha, é o veio d’água; é a tormenta, é a nuvem que deságua. É o mundo medonho dos oceanos; dos continentes; dos vulcões; das montanhas; das madrugadas! Das galáxias doiradas, nubladas, geladas! Das estrelas fascinantes, faiscantes, cintilantes! Dos ventos uivantes! Tudo, numa viagem eternamente doida!!!

Porta aberta ao Juízo, Editora Helvécia – 2003

GILBERTO QUADROS DE ANDRADE.

 

A fala de Nietzsche. O “Sétimo Selo” do amor à eternidade.

Se alguma vez descobri céus serenos sobre mim voando com as minhas próprias asas no meu próprio céu; se nadei, brincando, em profundos lagos luminosos; se a sabedoria alada da minha liberdade veio dizer-me:.     Olha! Nem para cima, nem para baixo! Cante! Não fale mais! Não são as palavras criadas para os que são lentos? Não mentem todas as palavras ao que é leve? Cante! Não fale mais!

       Como não hei de estar sôfrego pela eternidade, ansioso pelo nupcial anel dos anéis, pelo anel do sucesso e do retorno?

       Jamais encontrei mulher de quem quisesse ter filhos senão esta mulher a quem amo: porque a amo, eternidade!

       Porque a amo, eternidade!

Assim Falava Zaratustra, Hemus Livraria Editora Ltda. 1976

FREDERICH WILHELM NIETZSCHE

 

Vitória da Conquista, 03 de julho de 2006

 

Edimilson Santos Silva Movér

 

Espero que tenha sido compreendido nesta colcha de retalhos do mesmo pano, que se torna inescapavelmente uma abordagem sobre um tema tão “complexo e tão simples” como a ETERNIDADE.

Este ensaio foi atualizado em maio de 2010. E novamente em abril de 2013

Movér

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