Colégio Militar homenageia estudante que se formaria na turma do 3º ano

OgAAAI7s2abrXE_fmfUaqRmYwHBMIlDvo4M0ZFeELUot2aHyVmujAIkhrRMkLrJQNNGxGEeglVb6BJsLPxTn2u_1ciUAm1T1UEi59hDWregpDyf8hp3ZTLrSLceEO Colégio da Polícia Militar Eraldo Tinoco, em Vitória da Conquista realizou nesta sexta-feira (18), às 16:30h a solenidade de formatura das turmas do 3º ano/2009 e terá Geraldo José Pires Matias, como paraninfo, como homenagem póstuma. O colégio o escolheu, tendo em vista que ele também se formaria juntamente com a turma.

Apesar de a morte ter ocorrido em abril, familiares de Geraldo José ainda não se conformam com o atestado de óbito emitido pelo Hospital de Base por apresentar causa indeterminada da morte. O jovem sentiu uma forte dor de cabeça e começou a vomitar, em seguida foi chamado o SAMU 192 que o encaminhou ao Hospital Geral de Vitória da Conquista. Quando chegou ao hospital, Geraldo José, permaneceu com um aparelho para o auxílio da respiração, o médico do Samu conversou com uma médica do hospital, então a mãe explicou à ela a gravidade do problema, mas a médica disse que aquele caso só poderia ser resolvido com um neurologista. E eles aguardaram no hospital.

Mas quando houve uma troca de turno, por volta das 19h, chegou uma médica olhou a ficha e ficou assustada ao perceber que não haviam solicitado ainda a tomografia de Geraldo José e prontamente foi solicitar a tomografia. Então ela aplicou duas injeções. Depois de cerca de três minutos Geraldo começou a dar crises e correram para chamar um médico e vieram os médicos e várias pessoas e pediram para a mãe e a tia se retirarem da sala. Mas isso só foi feito após três horas que Geraldo estava no hospital.

Após alguns minutos, anunciaram a morte do jovem. A princípio suspeitava-se de meningite, seguida da suspeita de aneurisma cerebral. Sete meses após a morte, a família permanece sem ser informada sobre a real causa da morte do jovem de 16 anos. Diante disto, o pai redigiu o seguinte protesto: “O meu filho, Geraldo José Pires Matias, 16 anos, morreu à míngua no Hospital de Base, depois de quatro horas de descaso da equipe médica de urgência (plantonista) liderada por uma ‘doutora’ Didley Sâmia Correia Guimarães, no dia 24 de abril de 2009 (das 17 às 21 horas). Causa da morte: indeterminada!??? É fácil preencher um atestado de óbito, não é ‘doutora’?” Diante de toda sua dor e saudade, o pai cita o texto da Bíblia chamando atenção para o atendimento das pessoas: “Que o falecimento do meu filho seja o último descaso médico!A salvação pertence àqueles que servem ao Senhor, em seus semelhantes! ‘Amai ao próximo como a ti mesmo’, disse Jesus.” (Josias da Silva Matias)

Diante de fatos como este, registram-se outros tantos, de circunstâncias iguais ou piores do que ora se descreve. O Hospital de Base de Vitória da Conquista precisa urgentemente de uma intervenção,seja da Justiça, seja da Secretaria do Estado ou do Ministério da Saúde do Governo federal. Para que o adéqüem às necessidades da demanda que o mesmo exige, tais como: auditoria geral, ampliação, operação limpeza, capacitação humanística de funcionários, entre outras medidas que possam auxiliar na preservação da vida das centenas de pessoas atendidas no local.

(Gildásio Amorim e Sara Reis)