Dilma admite crise e diz que não pretende cortar direito dos trabalhadores

Emerson Nunes –

Durante o lançamento da pedra fundamental do Estaleiro Enseada do Paraguaçu (EEP), em Maragogipe, recôncavo baiano, a presidente Dilma Rousseff fez questão de frisar que os investimentos de pelo menos R$ 2 bilhões serão incentivos para fabricação de navios até sondas de exploração de petróleo no pré-sal. “Sou da época que as pessoas diziam que a gente não era capaz de construir uma plataforma. Mas o grande compromisso do meu governo não é só construir plataforma, mas capacitar trabalhadores. Foi-se o tempo em que o bolo precisava crescer para ser distribuído. Hoje a gente reparte o bolo enquanto ele cresce”.

Dilma também comentou a forma que o país pretende contornar o crescimento brasileiro, estimado em 2%, percentual abaixo do esperado. “Estamos vivendo um momento de crise no mundo todo. A Europa corta 13 º salário do trabalhador, mas o nosso país não é igual ao deles. A nossa primeira medida é reduzir os juros, como diria o ex-presidente Lula, ‘nunca antes na história desse país os juros foram tão baixos’. A segunda é a redução da taxa de câmbio e a terceira é a redução dos impostos. Nós, progressivamente, vamos investir para o Brasil crescer e depois distribuir a renda. O nosso caminho não é cortar o direito dos trabalhadores”.

Ao contrário do seu antecessor, Dilma admitiu que o país também faz parte da crise que afeta o resto do mundo, mas afirmou que as expectativas ainda são as melhores possíveis. “Torcemos que o Brasil saia dessa crise aproveitando as oportunidades que uma crise traz. Somos um país de pessoas alegres e criativas e o país vai construir o seu caminho ao longo do século XXI e se tornar uma potência mundial”, concluiu.