DILMA E SERRA FINALIZAM CAMPANHA EM DEBATE MORNO

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Foto: Alexandre Durão / G1

José Serra e Dilma Rousseff no início do debate da Globo

Respondendo a 12 perguntas sobre grandes temas feitas por eleitores indecisos de várias regiões do Brasil, os candidatos à Presidência Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) não polemizaram no último debate televisivo antes das eleições do próximo domingo (31). No terceiro e último bloco do debate, realizado pela TV Globo, os presidenciáveis falaram sobre suas propostas para meio ambiente, impostos, contribuições e previdência sociais. Ambos os candidatos prometeram reduzir o desmatamento nas florestas e o nível de impostos. Serra prometeu ampliar o programa Bolsa Família e afirmou que pretende criar uma bolsa adicional para jovens de famílias beneficiadas pelo programa, para que os mesmos possam se profissionalizar. A proposta é formar, anualmente, 1 milhão de alunos no ensino técnico. A petista, por sua vez, afirmou que pretende ampliar o número de escolas profissionalizantes e bolsas de estudos do ProUni. Em dado momento, o único, por sinal, de estresse do morno, quase frio, debate: uma pane no relógio que contava o tempo da fala da petista. Dilma reclamou, o apresentador William Bonner se desculpou, e a candidata terminou levando na esportiva: “a culpa foi do relógio”, disse. Os adversários também falaram sobre seus planos para o sistema previdenciário. Serra lembrou que 50% da força de trabalho brasileira está na informalidade. Dilma então citou o MEI (Micro Empreendedor Individual), como saída à informalidade, ao que Serra acusou o mesmo de não ter saído do papel. “É preciso empuxo político pra fazer isso”, provocou. Nas considerações finais, a candidata petista considerou a campanha “dura”, e se disse magoada com as informações falsas divulgadas sobre ela no primeiro turno das eleições. “Em alguns momentos fiquei triste por causa de um conjunto de calúnias veiculadas na internet e panfletos”, desabafou, antes de dizer que “não guarda mágoas”. Já Serra preferiu destacar sua trajetória política e terminou sua participação no debate com frases de efeito. “O pé no chão, a cabeça voltada para o futuro e o Brasil no coração”, conclamou.

(João Gabriel