Estudantes  da rede municipal de ensino em  Brumado são premiados no Programa: “Desafio Criativos na Escola”.

 

Imagem Undime SC

Objetivos do programa são promover igualdade em suas comunidades

Estudantes da Bahia, Paraná e Rio Grande do Sul são premiados no Desafio Criativos da Escola com projetos para promover igualdade em suas comunidades

Iniciativas em destaque abordam o combate à violência sexual, a luta pela igualdade de gênero na política, e a história e avanços da população LGBTQI+

A desigualdade não é apenas uma questão econômica, ela se relaciona diretamente a questões sociais, como acesso à educação, à saúde, e questões de raça e gênero. Com o objetivo de fazer a diferença na região em que vivem, estudantes da Bahia, Paraná, Rio Grande do Sul e outros estados criaram planos para agirem em prol uma sociedade mais igualitária. As iniciativas foram premiadas no Desafio Criativos da Escola de 2020, organizado pelo programa Criativos da Escola, do Instituto Alana.

De acordo com um estudo realizado pela Consultoria Legislativa da Câmara dos Deputados, as mulheres representaram, no país inteiro, apenas um terço (33,3%) das candidaturas nas eleições municipais de 2020. Percebendo a baixa presença de mulheres na política, estudantes da Escola Municipal em Tempo Integral Miguel Mirante, de Brumado, Bahia, desenvolveram o projeto A (in)visibilidade da mulher na política do Alto Sertão da Bahia. Os alunos querem produzir um canal no YouTube para falar sobre o tema na região onde vivem, além de desenvolverem pesquisas e materiais e oficinas pedagógicas sobre a história e a realidade da mulher na política.

As pautas de gênero e sexualidade estão ganhando cada vez mais espaço na luta por direitos. Com a ascensão das mídias sociais, é possível acompanhar e aprender sobre a causa LGBTQI+. Estudantes da Escola Estadual Monteiro Lobato, de Sertanópolis (PR), elaboraram o projeto MAR(SHE)-SE: de 1969 a 2020, uma história de conquistas e desafios do movimento LGBTQPIA+. Com a iniciativa, os alunos estão produzindo um podcast para divulgar a história de luta e os avanços e as conquistas do movimento LGBTQIPA+, além de desmistificar conceitos e promover atividades didáticas, no contexto escolar e em outras esferas da sociedade, sobre questões de sexualidade e gênero.

Segundo levantamento realizado pelo Instituto Sou da Paz, cerca de 83% dos casos de violência sexual ocorreram dentro de casa durante o segundo trimestre do ano de 2020. Diante do agravamento deste tipo de violência, em meio à pandemia, estudantes da escola Maria Emília de Paula, de Sapiranga (RS), desenvolveram o projeto Marias vão com as outras. A ação das alunas é para mobilizar toda a instituição de ensino acerca do tema da educação sexual e sua importância, buscando, assim, contribuir com o combate ao abuso sexual com crianças e adolescentes.

Devido às medidas de prevenção contra a Covid-19, a 6ª edição do Desafio Criativos da Escola foi adaptada para que os estudantes pudessem participar de missões, individuais e coletivas, à distância. Foram selecionados planos de ação, que, além de abordarem a igualdade, falam sobre a área de educação, inclusão social, meio ambiente e qualidade de vida. A lista completa com os 50 projetos premiados no Desafio Criativos da Escola 2020 está disponível aqui .

Conheça outras 09 ações premiadas que abordaram a igualdade!

Amazonas

Protetores da infância, da escola SESI Drª Emina Barbosa Mustafa, em Manaus (AM)
Alunos criam o plano com o objetivo de orientar crianças e adolescentes, por meio de palestras educativas e atividades lúdicas, como proceder em relação a casos de abuso sexual.

Bahia

Chama Preta, do Colégio Estadual do Rio do Antônio, em Rio do Antonio (BA)
Ação visa refletir sobre o racismo na sociedade. A partir de pesquisas e de lives, será feito um recorte sobre a relação do negro e o mundo do trabalho.

Maranhão

Empreenda, do Instituto Estadual De Educação Ciência e Tecnologia, em Bacabeira (MA)
Ação para apoiar e promover as práticas empreendedoras femininas na região. Por conta da pandemia, muitas alunas tiveram que buscar formas de complementar a renda da família.

Minas Gerais

Filhas de Dandara, do Instituto Federal de Minas Gerais, em Ribeirão das Neves (MG)
O projeto visa promover discussões centradas em letramento racial por meio de debates, e, também, pela produção audiovisual a fim de dar visibilidade às trajetórias das pessoas negras da cidade.

Rio Grande do Sul

Chama Violeta, da EMEF SAINT-HILIARE, de Porto Alegre (RS)
Plano de ação tem como intuito falar sobre estratégias para a comunidade na proteção às crianças e mulheres e debater sobre as formas de violência sexual e, possivelmente, ajudar a salvar vidas.

Protagonismo feminino em histórias reais, narradas para crianças em audiolivros, da Escola Municipal de Ensino Fundamental Alfredo Scherer, de Venâncio Aires (RS)
Plano de ação para a criação de audiolivros voltados ao público infantil com histórias de mulheres, exemplos de força e coragem para a sociedade.

São Paulo

África novos olhares, da Escola Técnica Estadual de Monte Mor (SP)
O continente africano tem uma das maiores diversidades culturais do planeta, porém, esse conhecimento é apresentado a partir da ótica do colonizador. O projeto visa apresentar o continente sob novos olhares e novas perspectivas de conhecimento.

Club The Readers – Tecnologia e Literatura Libertam, da Escola Luiz Campo Dall’Orto Sobrinho, em Sumaré (SP)
Ação busca trazer visibilidade a obras de escritoras negras para que as estudantes negras conheçam suas histórias ancestrais e que, por meio delas, se inspirem para mudar suas trajetórias de vida e conquistar novos espaços na sociedade.

Vozes Femininas – Não se cale!, da Escola Municipal de Ensino Fundamental Paulo Duarte, em São Paulo (SP)
O projeto tem o intuito de criar uma campanha de combate à violência contra as mulheres nas redes sociais. Por meio da produção de conteúdos digitais, o grupo quer chamar a atenção para os tipos de violência, a fim de debater e conscientizar.

Sobre o Instituto Alana
O Instituto Alana é uma organização da sociedade civil, sem fins lucrativos, que aposta em programas que buscam a garantia de condições para a vivência plena da infância. Criado em 1994, é mantido pelos rendimentos de um fundo patrimonial desde 2013. Tem como missão “honrar a criança”.

Informações para a imprensa: 2PRÓ Comunicação.
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Belisa Barga / Elisabete Machado / Juliana Oliveira / Myrian Vallone