Filosofia – DA SÉRIE: AMENIDADES PARA O QUE A GENTE DIZ – UMA ANTEVISÃO GERAL DO PLANETA NO ANO 2040

 

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Décimo nono ensaio da obra “21”

(Uma antevisão realista).

Não me perguntem por que esta é uma antevisão realista.

 

 

Que fique estabelecido que esta não é uma antevisão escatológica do que ocorrerá com a sociedade humana, mas, sim, uma dedução lógica do que inevitavelmente ocorrerá no geral com o planeta e, no particular, com cada um dos que ainda estiverem vivos daqui a trinta e um anos. Isto quando estivermos próximo do esgotamento das jazidas dos combustíveis fósseis.

Há dois ditos populares que contêm duas grandes sabedorias: “Quem planta chuva colhe tempestade” e “O mal por si mesmo se destrói”. Na Bíblia em Provérbios, o capítulo 11 é inteirinho dedicado a este último tema, talvez o maior de todos os conceitos bíblicos, que é a inoportunidade do mal. Outra grande verdade está na primeira máxima, que é a colheita multiplicada do que plantamos. Nunca se planta um grão e se colhe um grão! Estas são verdades e realidades indiscutíveis e insofismáveis. A crer na primeira frase, quase nada sobrará da raça humana! Ninguém nunca se pergunta que número de indivíduos é necessário para formar uma “humanidade”! A lógica nos diz que somente dois indivíduos de sexos opostos e com capacidade de se multiplicar podem ser chamados de “humanidade”! Portanto este é o número mínimo necessário para que não se considere extinta uma humanidade qualquer. Por sinal, mesmo desconsiderando a lenda de Adão e Eva, tudo nos faz crer que foi assim que nossa “humanidade” teve início. Observar que me refiro ao nascimento do homo sapiens, quando (da aquisição da razão, do entendimento, do intelecto) o surgimento do antropóide, claro que não vem ao caso. Portanto, basta sobrar um Adão e uma Eva para que a humanidade possa continuar.

Não há efeito sem causa. Teremos que fazer um ajuste de contas pelas práticas irracionais e inumanas de como conduzimos o planeta com relação aos dois aspectos distintos da vida, a vida vegetal e a vida animal, e, nesta, sobretudo a vida humana. No entanto, a vida no planeta é um imenso e único organismo, por isso não desaparecerá. Toda vida planetária é fundamentada na helicóide do DNA, e nada mais. É bem provável que a insensatez humana nos remeta “quase” ao princípio de tudo. Considerando a vida humana sob o enfoque espiritual da reencarnação, ou seja, do Ser como um ente eterno, Heidegger deve se contorcer no túmulo, pois misturo Ser e mente, a todo momento. Os desmandos praticados em todos os tempos e por todos os povos, nada mais foram que ajustes necessários para se alcançarem e trilharem os caminhos do desenvolvimento intelectual da raça humana, sem o qual é impossível alcançar o desenvolvimento espiritual, meta maior do existir humano. Considerando os seres falantes como seres espirituais e que os espíritos sejam constituídos unicamente de energia, nunca houve uma única morte de um ser humano no planeta! Pois é sabido que a energia não é factível de ser destruída, ela pode ser conservada ou transformada, mas destruí-la é impossível. Disto, pode-se deduzir que todos que nasceram e morreram no planeta, desde os tempos mais remotos (dizem os demógrafos que já passa de cento e seis bilhões), ainda estão por aí, ou encarnados ou desencarnados e em algum lugar! Estes últimos, não sabemos onde estão. Bem que, se eu o soubesse, já teria dado um pulinho por lá para rever algumas pessoas queridas e inesquecíveis. Creio que eu reveria primeiro minhas avós maternas e paternas. Ora! Os demógrafos que, sabiamente, efetuaram estes cálculos o fizeram sob um enfoque materialista, desconsiderando a existência do espírito, já que, de acordo com o princípio da reencarnação, este número se reduziria bastante. Segundo o espírito André Luiz numa entrevista concedida ao Anuário Espírita para a edição de 1964, nº1: “Será lícito calcular a população de criaturas desencarnadas em idade racional, nos círculos de trabalho, em torno da Terra, para mais de vinte, bilhões,  observando-se que alta percentagem ainda se encontra nos estágios primários da razão e sendo esse número passível  de alterações constantes pelas correntes migratórias de espíritos em trânsito nas regiões do planeta.”

Aos doutos nos aspectos espirituais do existir, chamo a atenção para o fato de que este ensaio é dirigido a uma imensa maioria destituída desses conhecimentos! Assim, as abordagens de alguns aspectos do existir, às vezes, lhes parecerão incorretas por falta de uma penetração mais profunda no tema, creio ser desnecessária no momento tal penetração.

Vejamos como estarão os diversos povos no planeta daqui a 31 anos, época em que se prevê que esteja próxima do fim das reservas dos combustíveis fósseis. Incrível como possa parecer! Os povos mais atrasados estarão em melhores condições que os povos ditos tecnológicos e mais evoluídos. Daqui a 31 anos já estaremos chegando quase que ao fim da emissão do CO2 para a “imprestável” atmosfera planetária, pois já estaremos chegando ao fim das reservas dos combustíveis fósseis. Que alívio! Estaremos próximos do fim da grande empreitada que nos levará a um verdadeiro “Inferno” de Dante.

Das últimas catástrofes que vêm castigando o planeta nos últimos anos, a única que nada tem a ver com o destempero do clima é o tsunami que aconteceu na Indonésia em 26 de dezembro de 2004, pois foi ocasionado por um terremoto ocorrido no solo do fundo do Oceano Índico; na realidade, foi um deslocamento ou uma acomodação de uma imensa placa rochosa no fundo do oceano. O quadro da situação das populações das diversas regiões do planeta, daqui a 31 anos, é de estarrecer! Sem nenhum pessimismo, se extrapolarmos as condições climáticas d’agora para o ano de 2040, não teremos nenhum motivo para nos alegrar. Não cito país por país; quando cito um, aí se incluem todos os países adjacentes.

Vamos começar pela Ásia. Nesse continente, quem mais vai sofrer os castigos do clima serão os povos que habitam suas milhares de ilhas, cuja maioria da população está concentrada nas regiões costeiras. Aí a abrangência do desastre será total, sem distinção de países a que pertençam, do norte da Austrália ao sul do Japão. “Inclusive neste”, a inclemência do clima transformará as ilhas num inferno, e poucos sobreviverão! Mais ao norte e a oeste do Japão, encontra-se a maior população do planeta, concentrada na China. No centro deste país, o sofrimento será menor, mas as populações costeiras comerão o pão que o diabo amassou e assou! Os poucos que restarem dos desmandos das intempéries, a peste e a fome os atormentarão e terão seu número reduzido ao extremo! A China organizada será varrida do mapa. Os povos do centro, do norte e do noroeste da China sofrerão menos. Os povos da Mongólia e do norte da Rússia, incluindo aí toda a Sibéria, serão castigados por chuvas torrenciais nunca dantes acontecidas. A vastidão das terras da Rússia protegerá pequenas parcelas de sua população interiorana. Oh! milenar Índia, teus algozes estão a afiar as espadas, teus povos chorarão tuas monções. Os dois mais populosos países do planeta, China e Índia, se tornarão os anões dos povos. Lembrem-se de que quanto maior a árvore maior o tombo! As populações interioranas dos grandes países com dimensões continentais estarão mais ao abrigo das chuvas devastadoras. Com a experiência de Santa Catarina, podemos ver que nenhum solo suporta, por muito tempo, períodos ininterruptos de chuvas, por isso as terras costeiras, sob o efeito de longos períodos de chuvas, com o efeito das grandes ondas, simplesmente se desmancharão em lama, e não existe povo na Terra adaptado para viver na lama. As grandes áreas “despossuídas” de sua antiga vegetação de porte, não importa no momento quais os motivos desse desmatamento, simplesmente se desmancharão em lama, que isolará vastas regiões, pois as rodovias, por ventura, existentes, se desmancharão também em lama, deixando as populações costeiras isoladas, e assim, a maioria sucumbirá.

Os males que atormentarão a velha Europa serão oriundos das mudanças nas

temperaturas da Corrente do Golfo. Ai da Europa, se estas mudanças vierem conjugadas com as chuvas torrenciais do descontrole do clima! Aqueles que estiverem na Itália estarão protegidos das catastróficas chuvas perenes. Afastem-se das costas do mar Tirreno, o Adriático não sofrerá os embates das grandes ondas, e ali verão o sol negro nascer no horizonte. Itália! Itália! Tua posição geográfica te protegerá e sofrerás menos!

A África sofrerá com as grandes ondas em suas regiões costeiras do lado oeste; as regiões costeiras do leste, abaixo do Golfo de Áden, sofrerão as mesmas consequências climáticas do grande colar de ilhas da Ásia. Já na imensa região do deserto do Saara, as imensas precipitações, acima de limites nunca dantes vistos, criarão verdadeiros rios de areia que cobrirão regiões inteiras, estes rios de areia sepultarão as suas populações. As areias do deserto encherão o grande delta da dádiva do Nilo, e alterará seu delta de forma nunca vista. O sul da África pouco será atingido, talvez pela sua proximidade com o Pólo Sul.

A América do Norte terá sua costa leste completamente destruída pelas chuvas; furacões de dimensões nunca vistas varrerão os estados do sul. A costa oeste, protegida pelas montanhas rochosas, sairá quase ilesa. Maldita falha de San Andreas! Escapa de um mal para sucumbir a outro! As grandes e pequenas cidades localizadas nas bordas dos Grandes Lagos se afogarão! Quando vier o grande degelo, o Canadá chorará por suas populações ribeirinhas. Oh! Ottawa! Oh! Montreal! Fujam para as montanhas! Suas irmãs Quebec, Manitoba e Ontário são ótimos refúgios!

Pobre América Central, teus povos primitivos imolaram-se em matanças sem fim, começastes a sofrer a expiação por vossos crimes em 1500, agora realmente vivereis um inferno. Esta região foi habitada pela ralé dos povos da Terra. Embora evoluídos em algumas ciências, tinham escrita elaborada, eram bons matemáticos e bons astrônomos; espiritualmente eram atrasadíssimos. As energias maléficas do meteoro de 65 milhões de anos passados ainda estão por lá. Ao contrário da costa oeste dos Estados Unidos, a costa oeste da América do Sul será pulverizada pela fúria do Pacífico Sul, e a salvação será subir os Andes. Multiplique o El Niño por La Niña e depois por mil e terás uma pálida visão da fúria do Pacífico. Uma maldição desceu da América Central para os altiplanos andinos e veio andando com os dois pés! Há mais de seis mil anos, os distintos povos do Golfo do México e da América Central fugiram para o altiplano andino e trouxeram uma maldição em forma de crenças desumanas e inacreditáveis. É difícil acreditar em seus antigos conceitos existenciais.

O tempo da grande prestação de contas chegou. O ódio ou o amor molda as civilizações! Consulte a história dos povos de todo o planeta para constatar esta verdade axiomática. Setecentos anos de domínio impiedoso dos Mouros moldaram os povos da Espanha. O ódio foi tão grande que destruiu várias civilizações por nada. Por que não se contentaram com o ouro? As primeiras civilizações que dominaram passaram a fio de espada, e foram grandes civilizações – os astecas, os incas e seus povos congêneres e aparentados. O ódio acumulado durante os 700 anos de domínio árabe foi vomitado nas recém-descobertas terras da América. O ódio acumulado costuma não desaparecer no tempo e no espaço! Lembrem-se da insanidade praticada contra a antiga capital basca, “Guernica”, pelos aliados alemães de Franco! Cinco anos de ódio acumulado, de 1914 a 1918, caíram sobre “Guernica” e, depois, sobre seis milhões de judeus e três milhões de indesejados.

O que digo é fácil de comprovar: analise os povos americanos colonizados pelos espanhóis e analise o comportamento do único povo colonizado pelos portugueses e, depois, compare-os e terão a certeza da imensa diferença existente entre eles. Os povos não têm culpa de seus desígnios ou de seus infortúnios, por isso os amo indistintamente e incondicionalmente! Na realidade amo incondicionalmente toda a humanidade independentemente de língua, cor, crença ou partido político. Os portugueses devotavam tanto “desamor” aos africanos e aos índios que somos todos mestiços, simplesmente se miscigenaram.

Deixei por último a Terra de Pindorama. Em Portugal, um brasileiro, filho de João Manuel Gonçalves Dias, comerciante português, natural de Trás-os-Montes, e de Dona Vicência Ferreira, uma mestiça, recordando-se de Pindorama, expressou sua saudade em versos de uma beleza imorredoura e sem fim: “Minha terra tem palmeiras,/Onde canta o Sabiá;/ As aves, que aqui gorjeiam,/Não gorjeiam como lá./Nosso céu tem mais estrelas,/Nossas várzeas têm mais flores,/Nossos bosques têm mais vida,/Nossa vida mais amores”. Parece predestinação, mas não é! Os povos mais ricos paulatinamente ocuparam as áreas mais belas, as mais bonitas do planeta, mas, também, as mais frágeis. Os pobres sempre foram expulsos para as terras com solos mais pobres e mais pedregosos, mas muito mais resistentes e que os protegeriam. Toda a imensa costa de Pindorama será castigada pelas chuvas torrenciais. A catástrofe de Santa Catarina não é nada se comparada com o que há de vir para toda a costa de Pindorama. O interior será menos castigado, o Nordeste será o grande refúgio. Os ciclones que hoje se abatem sobre os estados do sul, principalmente Santa Catarina, chegarão até as costas do sul da Bahia com grande intensidade. Fujam das áreas costeiras. Só não conseguirão fugir dos tempos que hão de vir.

Quem planta chuva colhe tempestade…

 

Tudo que relatei aqui pode não acontecer, mas também pode acontecer. Pode não acontecer exatamente no tempo ora previsto, mas que pode acontecer isso pode, ora se pode!!!… É melhor prever o pior e acontecer o melhor, que o oposto…

 

Na atualidade, qualquer pessoa de bom senso e bem informada sabe que estas previsões estão na pauta do dia.

 

Vitória da Conquista, 7 de janeiro de 2009.

Ensaio revisado e atualizado em novembro de 2010

Edimilson Santos Silva Movér