Rui Costa cobra mais celeridade do Governo Federal nas ações de combate à covid-19

Rui Costa cobra mais celeridade do Governo Federal nas ações de combate à covid-19

Governador esclareceu também sobre o uso da cloroquina no paciente que morreu de covid-19 na BahiaFoto: Reprodução | Instagram

Em entrevista para a Revista Fórum, nesta segunda-feira, 30, o governador Rui Costa apontou as medidas que estão sendo tomadas na Bahia com relação à pandemia do coronavírus. Com 156 casos confirmados e uma vítima fatal da doença, Rui criticou a demora na tomada de decisões por parte do Governo Federal.

“Estamos enfrentando dificuldades para aquisição de respiradores e a escassez de máscaras N-95 que são as utilizadas pelos profissionais de saúde. Os recursos destinados pelo Governo Federal via Ministério da Saúde são insuficientes para este momento de crise. Recebemos até agora R$ 32 milhões, o que equivale a R$ 2 por cidadão baiano, e há previsão de que sejam encaminhados mais R$ 44 milhões. Os estados estão com muitas dificuldades para conseguir os insumos de saúde e ainda tem a demora do Governo Federal”.

De acordo com informações da Secretaria de Comunicação (Secom), quando questionado sobre as aparições públicas de Jair Bolsonaro, no último domingo, 29, Rui Costa declarou que o presidente não está tratando a pandemia com a necessidade necessária. Além disso, Rui afirmou também que Bolsonaro é um péssimo exemplo para o mundo inteiro e causa vergonha.

“Como cidadão, pai de família, fico indignado com a postura do presidente da República. Ele fica brincando, quando a ele cabe coordenar as ações para salvar as vidas humanas. Líderes mundiais fazem ações sérias e viabilizam a liberação de recursos de montantes inéditos. Os governadores querem que o presidente sente na cadeira da República e trate a questão com seriedade. Ele é um péssimo exemplo para o mundo inteiro e nos causa vergonha”, disse.

Durante a entrevista, o uso do medicamento cloroquina no paciente de 74 anos que morreu de covid-19 na Bahia foi abordado também. Diante da repercussão do caso, o governador explicou que não há uma relação direta entre a morte e o uso do medicamento. Ele afirmou que o paciente estava internado em estado grave e a cloroquina foi o último recurso de tentativa dos médicos, diante da situação grave.