Espetáculo teatral segue com turnê pelo interior e chega
ao Sudoeste baiano nos dias 10 e 11 de junho
A sala de espera de um consultório de psicanálise é o pano de fundo de “Caso Sério”, espetáculo teatral contemplado pelo Edital Jurema Penna, da Fundação Cultural do Estado da Bahia, que segue com a incursão pelo interior do Estado. Depois do sucesso das apresentações em Porto Seguro, a montagem segue para Itapetinga, onde realiza apresentações nos dias 10 e 11 de junho, às 20h, no Centro Cultural Camillo de Jesus Lima, a preços populares de R$10 e R$5.
No palco, os atores Celso Jr e Andréa Elia alternam momentos de humor e de grande emoção, ao tocar em temas relevantes como amizade, preconceito e homossexualidade. Levando ao público uma reflexão sobre as questões humanas acerca da maturidade, realização pessoal, preconceito, respeito às diferenças e autorespeito.
Com texto de Claudio Simões, em parceria com a escritora carioca Margareth Boury, a peça estreou na capital baiana em 2009 com grande repercussão e atingiu um público de dois mil espectadores. Contemplado com o prêmio Myriam Muniz de Teatro da Funarte, Caso Sério recebeu quatro indicações ao Prêmio Braskem de Teatro (Melhor Espetáculo, Melhor Texto Melhor Ator e Melhor Atriz).
O ESPETÁCULO
A sala de espera de consultório de psicanálise é o pano de fundo desta envolvente história. Cecília (Andréa Elia) tem 35 anos, é independente, extrovertida e não se conforma com as relações de submissão da mulher na sociedade. Rodrigo (Celso Jr) tem 30 anos, é homossexual, tímido, inseguro e desde cedo descobriu ser portador do vírus da AIDS, o que fez com que, ao invés de ter medo da morte, tivesse medo da vida e não amadurecesse. Ela não acredita mais na paixão, ele parece não conseguir viver sem estar apaixonado. Ela criou uma imagem de mulher forte, ele se acredita frágil perante os desafios.
“A história transita entre o riso e a emoção ao abordar temas sérios, sem perder a leveza e a suavidade nos diálogos, que foram surgindo de uma forma bastante espontânea ao longo do processo criativo”, conta o diretor Claudio Simões, que este ano comemora 21 anos de carreira. Segundo o autor, a união com a dramaturga Margareth Boury contribuiu de forma positiva para que “os dois universos, tanto o feminino como o masculino, estejam muito bem representados”.
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