O presidente Lula indica o caminho para 2010
O caminho indicado pelo presidente Lula para as próximas eleições na Bahia, em discurso em Ilhéus, na solenidade de lançamento de ferrovia Oeste-Leste, é o caminho que sempre considerei, além de o mais ético e democrático, também o mais eficiente para se chegar a algum resultado satisfatório.
As minhas campanhas eleitorais anteriores foram voltadas para o Congresso Nacional e nelas não se configura uma disputa direta, frente a frente, com ninguém.
Uma campanha para um cargo majoritário possui características diferentes. Existe o confronto direto de idéias e de propostas, além do confronto direto também de personalidades. É oferecida ao eleitor uma leitura dupla. Quais os melhores projetos para a Bahia e quem tem mais condições ou oferece mais garantias de transformar em realidade tudo aquilo que durante a campanha, ainda é promessa.
Existem entretanto muitos outros protagonistas numa disputa como esta.
O próprio presidente Lula sentiu isso na pele nas campanhas em que disputou para a presidência da república antes da sua eleição e posterior reeleição. O presidente da Federação das Indústrias de São Paulo-FIESP declarou que se Lula fosse eleito no “dia seguinte o capital estrangeiro bateria em retirada do país.” O Brasil viu depois que essa afirmação era uma hipótese absurda. Aconteceu exatamente o contrário.
Adversários políticos, formadores de opinião, a imprensa e diversos outros fatores interferem na avaliação do eleitor. Projetos e propostas apresentadas em campanha não são propriedade intelectual, como um livro ou um filme. Também não são propriedade industrial, como uma invenção ou uma fórmula de sabonete. São idéias apresentadas abertamente e que poderão ser utilizadas por qualquer um.
Mario Leal Ferreira: 1940
O planejamento urbano de Salvador ainda hoje utiliza idéias do escritório de arquitetura de Mario Leal Ferreira, da década de 40 do século passado.
As avenidas Vasco da Gama, de Contorno, Bonocô, Tancredo Neves e Suburbana são projetos desenvolvidos em 1948, assim como o Vale do Canela e a Avenida Centenário.
Ou seja: as idéias precisam chegar até a população levadas pelas mãos de alguém que leve também a segurança de que irá implantá-las, de que tem vontade política, força de trabalho e desejo de melhorar a vida de todos, fortes o suficiente para tirar a idéia do papel e levar para a vida real.
Seguirei o caminho sugerido pelo presidente Lula, da apresentação de propostas para a Bahia, de forma civilizada e com pleno respeito pelos adversários, mas é indispensável alertar o eleitor de que uma idéia só traz algum benefício para a população quando deixa de ser uma idéia apenas e se torna realidade.
Essa “competição” entre a capacidade de trabalho e a disposição para realizar o que se está prometendo –ou prometeu, no caso de uma reeleição- também é fundamental para o eleitor, para a democracia e finalmente, para o desenvolvimento da Bahia. ” diz Geddel em seu Blog”
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