“O Brasil que queremos ser” – versos – “Uma Bahia que queremos vê e ser”. Uma avaliação e reflexão de Geddel Vieira Lima

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Em 2009 a revista Veja comemorou 40 anos com um projeto importante mas que passou despercebido por muita gente. “O Brasil que queremos ser” foi um seminário virtual onde era possível comentar idéias discutidas num evento, enviar propostas ou contar uma experiência bem-sucedida nos temas do projeto.

Cada um dos seis painéis do projeto (educação, ambiente, economia, democracia, megacidades e imprensa) gerou temas que foram discutidos ao longo de 40 semanas, resultando numa edição especial da Veja.
A idéia era que todos pudessem participar da formação do futuro do Brasil.
O tema Megacidades foi um dos mais discutidos.
O espaço urbano não é apenas o lugar onde se mora, mas a uma rede dinâmica que envolve além da moradia, o transporte, a escola, a saúde, o meio ambiente. A visão transversal que o tema proporciona é muito interessante.
Ao discutir a presença do estado nas favelas, o combate ao tráfico apareceu imediatamente, assim como o acesso a serviços.

“Todas as favelas, para serem legalizadas, deveriam ser reconstruídas em condições mínimas de dignidade para as pessoas, e de acesso para o estado e seus agentes. Do médico ao policial.”

É a opinião do leitor Antonio da Matta, com a qual concordo plenamente.
O estado precisa ocupar os espaços hoje dominados pelo tráfico, em meio a comunidades de cidadãos honestos e trabalhadores. Já disse isto aqui e em todas as entrevistas que dei até agora.
Muitos comentários e propostas referiram-se também à necessidade de boas condições de educação para a população que vive em favelas, como forma de capacitá-la para entrar em melhores condições no mercado de trabalho e assim, conseguir moradia mais digna, qualificando a própria comunidade, com o apoio do poder público através de infraestrutura e serviços sociais.
Esta é uma proposta que também já discuti e venho defendendo em todos os níveis: educação de qualidade desde a alfabetização até o ensino profissionalizante. Grandes cidades exigem grandes soluções. O tema dos transportes levou a uma discussão também sobre as regiões metropolitanas e as decisões políticas envolvidas em algumas soluções.
Ficou claro que, na opinião da maioria das pessoas, as soluções são conhecidas e não são adotadas porque os governantes não se entendem entre si ou existem interesses poderosos dos agentes privados envolvidos na prestação desse serviço.
“É preciso colocar em prática a velha tese da integração entre o planejamento urbano e o planejamento dos transportes”.
É a opinião de Alexandre Meirelles e que traz à tona uma questão bastante complexa e que necessita de atitude firme do governo.
Conto tudo isso a vocês porque a intenção do projeto foi levantar discussões, abrir um fórum popular de idéias e isso me atrai muito.
A Bahia hoje, além de Salvador, já possui diversas cidades que começam a apresentar os problemas enfrentados pelas grandes cidades. Se começarmos a agir agora, poderemos garantir um crescimento com qualidade de vida para muitas delas.
Porque não pensarmos numa rede de blogs que discutam abertamente os problemas da Bahia e depois de formatadas as soluções, suas propostas sejam encaminhadas para a avaliação do governo do estado?
Vamos pensar nisso?
A Bahia que queremos ser: vamos pensar juntos?

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