O esquema de corrupção descoberto no Ministério do Turismo pela Operação Voucher, da Polícia Federal, em nada afeta o PMDB, partido do ministro Pedro Novais, conforme avalia o deputado federal Lúcio Vieira Lima, presidente do PMDB baiano. “Não venham jogar no colo do PMDB essa questão do turismo. Essa crise vem do tempo que o PT comandava o ministério com a senadora Marta Suplicy. Esse convênio é de 2009”, afirmou, em entrevista ao programa Acorda Pra Vida, da Rede Tudo FM 102,5. O parlamentar acrescenta que três das quatro parcelas do contrato irregular foram pagas quando o petista Luiz Barretto era ministro, no ano passado, quando Suplicy abandonou o cargo para disputar a eleição. A última parcela teve seu pagamento autorizado pelo secretário nacional de Programas e Desenvolvimento do Turismo, o ex-deputado baiano Colbert Martins, que foi fotografado algemado pela PF. “É o sensacionalismo, a pirotecnia, para vender jornal, notícia, para chamar a atenção”, reclamou Lúcio, que usou como exemplo de exposição negativa injusta a prisão do prefeito de Camaçari, Luiz Caetano (PT), indiciado na Operação Navalha. “Caetano foi algemado, apareceu no Jornal Nacional, depois de provada a inocência fica a mácula na pessoa”, rememorou.
(Rafael Rodrigues)
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