DA SÉRIE: ENSAIOS QUE NOS LEVAM A PENSAR – (A BUSCA)


 

 

Este é o capítulo 11 da obra “Os Três Insights” de 1999

O homem é o único animal que busca sua origem e o seu destino…

“gnōthi  seauton”: “nosce te ipsum”:conheça-te a ti mesmo”:

 

Em termos cósmicos, as abordagens metafísicas, por si mesmas, têm conotações intuitivas, mas vamos por partes: no princípio, o que fez a humanidade se desenvolver foi a lógica intuitiva; depois, veio a lógica racional, e, bem mais adiante, a lógica formal Aristotélica; bem mais recentemente passamos pela lógica dialética da síntese da “idéia” de G. W F. Hegel (1770 1831), fruto do coroamento da lógica transcendental de Immanuel  Kant (1724 1804) na sua crítica da razão pura e suas antinomias.  Mesmo anteriormente com o advento do método científico de pesquisa, intuído por Descartes (1596 1650), olha a intuição! (Se puder, analise  a obra de Francis Bacon, (1561 1626) a quem, muitos não têm como o pai da ciência, mas pelo menos foi quem enxergou e intuiu os caminhos da pesquisa). É bom que se diga que o verdadeiro precursor das idéias de Sir Francis Bacon foi outro pensador Inglês, Roger Bacon (1221 1295). Após isto tudo, e com as “idéias” de outros pensadores, que não vamos citar aqui por absoluta falta de espaço (nunca entendi onde está esta tão citada falta de espaço) o desenvolvimento da ciência realmente tomou impulso, principalmente nas áreas correlatas às ciências exatas. Formulando perguntas e procurando respostas é que chegamos à Lua e chegaremos às estrelas. Mesmo sabendo que vive com seus desacertos em sua busca pelos acertos, o homem  transcende a si mesmo. Não custa lembrar que o “picturista” rupestre de há vinte ou trinta mil anos já tinha a mesma capacidade cerebral do homem tecnológico atual.  O espírito humano estará sempre voltado para sua origem. Toda a humanidade gasta tempo ou dinheiro em sua busca das estrelas. A maior nação do planeta gasta bilhões de dólares nos projetos espaciais e isto com aquiescência da maioria de sua população; CAPELA nunca será esquecida!!!…

 

 O ENIGMA DA VELOCIDADE DAS GALÁXIAS

 

Sobre os mistérios do Universo já foram feitas quase todas as perguntas (e encontradas muitas respostas), menos para esta pergunta: Que força tão poderosa acelera as galáxias a velocidades tão grandes? Pois, conforme cálculos astronômicos, fontes emissoras de luz que estiverem a vinte bilhões de anos-luz de distância, estarão próximas de ultrapassar ou já ultrapassaram a velocidade da luz. No Universo da “Grande Bolha”  mais de noventa por cento da matéria deste Universo está na parte central, mais próxima da grande esfera vazia, na forma de matéria escura mais adensada e em constante, e crescente adensamento. Assim fica identificada a fonte da força que acelera os focos massivos ou galáxias a tais velocidades.

 

A TERCEIRA ESFERA E A FÍSICA DE EINSTEIN

 

 Resta dizer ao mundo que o Universo é reverso; falta esclarecer por que o Universo é considerado em fase de expansão e não de contração. A pista está na teoria da relatividade generalizada de Albert Einstein. Antes recordemos a textura do nosso Universo da “Grande Bolha”, onde a primeira textura é  a forma vazia existente numa enorme esfera central, ausente de qualquer vestígio de matéria, a segunda textura é outra esfera que envolve a primeira e é onde está localizada quase toda a matéria escura faltante no Universo dos cosmólogos e que representa muito mais de noventa por cento de toda  a matéria do Universo. A terceira e última textura é também a última  esfera e que contém muito menos de dez por cento de toda a matéria do Universo, sendo a maior parte em forma de corpos massivos, como protogaláxias, galáxias, nebulosas, aglomerados-globulares, quasars, pulsars, buracos-negros, etc. etc.. Esta é a zona do caos, do turbilhão, dos mega-acontecimentos cósmicos e da constante impermanência; este é o mundo das galáxias, este é o mundo einsteiniano. Foi neste mundo que Einstein visualizou suas mega-teorias, fundamentadas (conforme ele) nas leis de Galileu, de Newton, Lorentz, e principalmente nas quatro leis de campo de Maxwell, que as deduziu das leis de Faraday. O que na realidade a lei da relatividade restrita nos diz é que todas as leis da natureza são invariáveis com respeito à transformação de Lorentz e que sua validez é para todos os Sistemas Coordenados inerciais em movimento uniforme, uns em relação aos outros, e que a física clássica é um caso limitativo da relatividade restrita, sendo chamada relatividade restrita, porque se restringe somente aos Sistemas Coordenados inerciais, em movimento uniforme uns em relação aos outros, não abordando a lei maior do Universo, que é a gravitação, pois é a gravitação que dá forma ao Universo. Assim como a relatividade restrita é um caso limitativo da relatividade geral, Einstein chegou a uma linha de raciocínio, em que as equações, embora mais complicadas, seus princípios básicos e fundamentais são extremamente mais simples. Os conceitos de tempo absoluto e de sistema inercial desaparecem por completo; a desigualdade entre massa gravitacional e massa inercial não mais existe; desde a relatividade restrita, energia e matéria se inter existem, segundo a equação E=Mc2. Observe que a transformação de Lorentz considera as propriedades quadridimensionais do nosso espaço-tempo, isto muito antes de Einstein, e na transformação clássica somente as nossas conhecidas três dimensões, sendo o tempo tido como absoluto em todos os SC inerciais, por isto o tempo não é considerado na equação da transformação clássica. As leis da relatividade geral, ou seja, as novas leis, não invalidam as leis anteriores, ou as velhas leis; sob certas condições, todas as leis são válidas. O conceito de inércia primeiro foi concebido por Galileu, tendo sido depois formulado por Newton como a lei da inércia; a inércia é o princípio fundamental da física. Assim, toda física está alicerçada num raciocínio de Galileu. A teoria da relatividade generalizada nos mostra a importância do conceito de campo em física, embora vivamos num mundo euclidiano, onde é fundamental o conceito de matéria tridimensional, mas, assim mesmo, Einstein nos ensina que o nosso macro-mundo (Universo) “(da terceira esfera, assim achamos!)” não é euclidiano e que a natureza geométrica do mundo é moldada por suas massas e suas velocidades, por isso é que a textura da terceira esfera do Universo da “Grande Bolha” é o mundo de Einstein, onde a geometria euclidiana, em termos cósmicos, não tem nenhuma expressão equacional. Na textura da terceira esfera predominam as concentrações das grandes massas e das grandes velocidades, o que não ocorre nas outras duas esferas. Isto assegura a validez do item (02). O conceito de campo era desconhecido na época de Newton; caso contrário estaríamos trezentos anos adiante no desenvolvimento da física. O grande feito de Einstein foi, contra tudo e contra todos (no sentido de não ser compreendido) ter formulado uma teoria em que eletromagnetismo, ótica e gravitação eram interdependentes. É sabido que, conforme a relatividade geral, a gravitação não é uma resultante da interação entre as massas, mas, sim, a distorção do espaço na presença das grandes massas (sic). Como a textura da terceira esfera do Universo da “Grande Bolha” é o mundo das grandes massas, natural que seja uma zona de plena distorção do espaço, daí a nossa visão de expansão do Universo e não de um Universo em contração, como na realidade é, e está.

CONSEQÜÊNCIAS DE UMA EXPANSÃO ATÉ,

OU ALÉM DO LIMITE DA VELOCIDADE DA LUZ.

(ANALISANDO O UNIVERSO COMO UM TODO)

Conforme o principal conceito da cosmologia ou princípio cosmológico, o Universo é isotrópico e homogêneo. É isotrópico porque  “supõe-se” que, de qualquer parte do Universo (dos cosmólogos) que se o observe, tem-se a mesma visão deste mesmo Universo. A ciência que estuda o Universo estabeleceu que ele é homogêneo, em conseqüência da suposição do isotropismo. No entanto esta mesma cosmologia confessa que não sabe onde se encontram mais de noventa por cento da matéria deste Universo! Como pode, então, afirmar que ele é homogêneo e isotrópico? Isto leva-nos a raciocinar que somente este Universo diminuto (que é o Universo conhecido ou dos cosmólogos)  é que é tido como isotrópico e homogêneo. Num raciocínio lógico e puro, nada se pode afirmar sobre o desconhecido, e tão-somente fazer conjecturas probabilísticas. É de se concluir que o Universo é muito maior do que a ciência cosmológica admite. Como “este” mais de noventa por cento faltante não se encontra no estado de matéria adensada, é de se esperar uma dimensão muito acima da relação dez/noventa da matéria existente/faltante. Com respeito à taxa de aceleração da velocidade das galáxias, podemos deduzir as seguintes conseqüências advindas deste fato: Primeiro, no caso de não haver uma massa frenante no centro do Universo, a velocidade das galáxias atingirá valores próximos ou maiores que a velocidade da luz e assim, o destino das galáxias, inexoravelmente, é transmudarem-se para o estado de energia e desaparecer para sempre na direção e para dentro do infinito, sendo, então, um Universo aberto. Isto, considerando sua velocidade atual de expansão e aceleração. Segundo, se existir, conforme a teoria do Universo da “Grande Bolha” o prediz, também o destino das galáxias é o estado de energia, com um senão! Como estas energias se encontrarão no centro do Universo, haverá uma singularidade. Após a singularidade, a inflação e depois, o Big-Bang, e tudo reinicia, perpetuando o Universo, sendo então um Universo fechado e cíclico. Não posso conceber qual força externa aceleraria de forma tão descomunal as galáxias em um Universo em expansão. É impressionante ver como a humanidade é cega! Realmente, só vemos quando queremos ver!!!… Acordem!…, cosmólogos, astrofísicos, astrônomos, físicos e radioastrônomos. Vocês estão sonhando; a forma do Universo como um todo é a forma esférica da “Grande Bolha”. Esqueçam que Einstein tenha dito que a forma do Universo é esta ou aquela! E que a maioria ache que o estado em que ele se encontra é o estado de expansão! Estas velocidades tão grandes, detectadas no Universo, só são possíveis na fase de contração devido à existência da grande massa da matéria escura presente na zona mais interior da segunda esfera contendo 90 por cento da matéria do Universo. Ao se aceitar este modelo de Universo como real, soluciona-se a maioria dos mistérios do Universo, tais como: Origem, destino, duração, massa total, velocidade das galáxias, se em estado de expansão ou de contração, matéria escura, buracos-negros e, sobre tudo, define a forma do Universo, o que é um verdadeiro vexame para a ciência cosmológica; fazer parte de um objeto, estudar este objeto, desconhecendo a forma deste mesmo objeto, restando para serem resolvidos os problemas de mensuração. O que leva a ciência ao insucesso é buscarem uma forma complexa para o Universo, quando, na realidade, o que predomina no Universo, em todos os aspectos, são as formas mais simples. Principalmente em sua forma como um todo.

O FAROL DO FIM DOS TEMPOS

Embora ainda demore alguns bilhões de anos, já é hora de se calcular quando será o próximo Big-Bang, pois o Universo está em contração e quando só faltarem uns poucos bilhões de anos para o fim, o farol do fim dos tempos acenderá e então não haverá mais noite, e tão-somente uma penumbra, pois teremos dois Sóis no firmamento; o dia terá luminosidade tão intensa que nos tornaremos cavernícolas (me refiro às  humanidades existentes  em todo o Universo); aí então será iniciada a transmigração a que me refiro na “Teoria da Grande Bolha”. Quando cito o farol do fim dos tempos, faço referência a um fato previsto na “Teoria da Grande Bolha”, em que, dentro da segunda esfera, no início, após o limite entre a primeira e a segunda esfera há uma zona de maior densidade de matéria escura, devido à precipitação constante e acentuada desta mesma matéria escura. Após a fuga dos corpos massivos, quando de seu retorno, o que coincidirá com a chegada dos últimos traços de matéria escura a esta zona. Dar-se-á, como uma chuva das primeiras estruturas massivas (galáxias, pulsars, buracos negros, quasars, protogaláxias, nebulosas etc.) vindas de todas as direções, sempre em direção ao centro comum do “grande vazio” onde se dará o encontro de toda a matéria do Universo. “Chamo de “grande vazio” por falta de uma denominação mais apropriada”, provocando, assim, nova singularidade no Universo, sendo que quando esta precipitação passar pelo início da zona adensada de matéria escura, toda esta zona acenderá como um enorme farol, e milhões de anos após, o nosso observador, aqui em seu Sistema Coordenado, verá acender um enorme farol, a que chamei farol do fim dos tempos. A chegada da matéria escura já em fase final de precipitação e dos corpos massivos já em forma de energia à zona de matéria escura mais adensada ao centro do Sistema Coordenado sideral fará criar o último e o maior de todos os buracos-negros, fazendo com que até a luz dispersa pelo espaço externo “próximo” ao Universo regresse ao seu ponto de origem. Até a radiação de fundo dispersa pelo espaço externo próximo ao Universo regressará à sua origem, pois, ao escapar para o espaço externo ao próprio Universo, ainda é uma energia vibrátil da matéria externa e, assim, ainda pertencente ao nosso Universo. A radiação de fundo tem o mesmo som do Mantra, impronunciável para os lábios! (Impressionante; como os Vedas na antiga Índia, há mais de quatro mil anos, tomaram conhecimento da radiação de fundo, a que chamavam de sílaba sagrada (Ommm! Ou Aummm!) ou símbolo do absoluto).

UMA NOVA  SINGULARIDADE

A chegada destas massas energéticas, em tremenda velocidade, criará um vórtice de aniquilamento total de massa, espaço e tempo no Universo, por uma duração de tempo não mensurável, pois nesta fase o tempo estará em completo aniquilamento. E, sem tempo, torna-se impossível até mesmo conjecturar; neste estado, tudo cessa inclusive o pensamento; sem o tempo, só o imponderável absoluto se fará presente, após o que o anti-universo existirá e se fará uno e em absoluta singularidade. E neste estado dar-se-á o nascimento de um novo universo.

 

Itacaré, Bahia: descrição iniciada em fins de 1999 e concluída no verão de 2002

Edimilson Santos Silva Movér

A descrição de “Os Três Insights” não segue uma ordem cronológica, conforme já explicitado noutro capítulo. Esta parte da descrição foi uma das últimas a serem feitas, já disse antes, nunca consegui saber a qual insight pertencia cada descrição, daí, advém a invalidade da cronologia.  Como os fatos ocorridos em os “Os Três Insights” foram descritos conforme observado acima, sem base cronológica. A ordem da leitura dos capítulos não altera ou influi em nada na sua compreensão. Movér

CONHECENDO NOSSOS IRMÃOS

É impossível conhecermos a nós mesmos, sem conhecermos o nosso próximo.

A única forma que temos para compreendermos e conhecermos o que seja um “Ser falante”!!!… Digo um “Ser falante” qualquer… E veja bem, que não refiro a mim! É através da leitura dos seus raciocínios, mesmo que; dos seus mais singelos e mais mal elaborados raciocínios. Aqueles que não praticam a arte do diálogo e da leitura passam pela vida desconhecendo completamente seus irmãos de jornada e portanto; passam pela vida sem conhecerem a si mesmos… São uns pedaços de Asnos! Duro, mas, verdadeiro. Incluo-me entre estes últimos… Na postagem passada, (UMA REVISITAÇÃO), eu disse que era um nada, agora já sou um pedaço de Asno, portanto progredi, já sendo alguma coisa.

Março de 2012.

Movér