Natural de Riacho de Santana, no sudoeste da Bahia, os gêmeos de 4 anos, nasceram unidos pelo tórax, abdômen e bacia. A mãe, Eliana Ledo Rocha dos Santos, de 37 anos, conta que os meninos se preparam desde o
nascimento para realização da cirurgia de separação. Na última quarta-feira
(20), eles foram submetidos a um procedimento cirúrgico para colocar duas
bolsas expansoras de pele – última etapa antes dos irmãos serem separados. A
operação foi um sucesso e os meninos passam bem. De acordo com a equipe médica,
conforme a reação do organismo das crianças, a cirurgia de separação pode ser
feita daqui a um mês. “Colocamos duas bolsas no tórax e uma no abdômen. Elas vão esticando a pele devagar, é como se fosse uma gravidez. Precisade pele para cobrir o corte da separação. Se o processo não é feito, o risco de
morte é altíssimo”, explicou ao G1 o cirurgião pediátrico que acompanha o caso,
Zacharias Calil. O caso é considerado grave, pois terão que ser divididos
durante a operação o fígado, a bexiga, o intestino delgado, o grosso, entre
outros órgãos. As chances de sobrevivência são de 50%. A família praticamente mora
em Goiânia, onde fica o Hospital Materno Infantil (HMI), unidade de referência
no acompanhamento de siameses.
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