A tradição medieval do trote, revestida da justificativa falha de “ritual de passagem”, ainda é uma das grandes preocupações das universidades brasileiras. Com origem na Idade Média, a prática chegou ao Brasil por volta do século 19, quando formados em Direito na cidade de Coimbra (Portugal) trouxeram a prática para os cursos de São Paulo e Pernambuco.
O próprio termo “trote” é uma alusão ao movimento de trotar dos cavalos, evidenciando, claramente, o desejo de “domesticar” que os estudantes mais antigos desenvolvem, por meio de práticas vexatórias e dolorosas, com os recém-chegados. Mas essas práticas vão além dos danos físicos e costumam também danificar o psicológico de diversos estudantes que estão iniciando sua vida acadêmica.
Desde 2008, a Uesb proíbe qualquer prática de trote – das mais brandas, como usar tinta para identificar os novos estudantes, até as mais duras, que ferem a integridade física, moral e psicoemocional. A determinação pode ser conferida na Resolução do Consu 07/2008, fruto de uma ação conjunta da Universidade no sentido de inibir essa prática.
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