por Luana Ribeiro / Ailma Teixeira
A crise penitenciária no país levou a realização de mutirões dos Tribunais de Justiça para acelerar o julgamento de presos, o que, consequentemente, colocou muitos deles em liberdade. Para o governador Rui Costa (PT), essa medida pode ser problemática para o Carnaval. Isso porque o chefe do Executivo baiano acredita que muitos presos em flagrante nos circuitos da folia acabarão sendo libertados horas depois pelo Judiciário. “O mutirão fez com que muitas das pessoas que estavam presas fossem colocadas em liberdade. Eu não discuto isso, isso cabe ao juiz decidir, só que 800 pessoas colocadas em liberdade na véspera do Carnaval, isso vai ter efeito evidente nesse tipo de ocorrência”, comenta o governador, abordando os índices de furtos no Furdunço, nesse domingo (19). A fim de reverter esse quadro, secretários do governo vão conversar com o Tribunal de Justiça a fim de flexibilizar o procedimento para que os detidos não sejam soltos imediatamente, mas não há garantias de que o TJ-BA vá acatar o pedido. “Isso é um elemento de maior dificuldade durante esse Carnaval porque isso requer muitos homens sendo retirados do circuito para conduzir a apresentação do juiz”, justifica o governador, acrescentando que o processo de soltura apenas 24 horas após o delito vai acarretar em reincidência. Quanto às expectativas sobre a operação policial na folia, Rui acredita que será uma edição com um menor número de ocorrências a partir do maior número de atrações sem cordas. “Porque a corda tanto provocava tensão interna quanto pra quem estava do outro lado da corda. Sem elas, esses números tendem a cair”, destaca. Com o apoio da iniciativa privada, o governo do Estado investiu R$ 4 milhões em 110 atrações para o folião pipoca. Já a segurança, especificamente, contou com um montante de R$ 43 milhões para a garantia do Carnaval em Salvador e cidades, como Ilhéus e Itacaré, que também tiveram sua programação de eventos intensificada (saiba mais aqui).
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