O PSL está prestes a desistir da sua candidatura própria ao governo do estado e partir para um novo plano na Bahia. A legenda, que já havia apresentado o advogado Wank Medrado como pré-candidato ao Palácio de Ondina, fala agora unir forças com o bloco de oposição encabeçado por José Ronaldo (DEM) ou João Gualberto (PSDB) em troca de um palanque para Bolsonaro no estado. “Nós sabemos que a mídia só abre espaço para os grandes partidos. A gente quer posições de poder para levar o nome de Jair Bolsonaro (PSL) para dentro da Bahia”, discursou a presidente do PSL baiano, a professora Dayane Pimentel. Em troca desse espaço para a candidatura de Bolsonaro nas campanhas estaduais, Dayane diz que sua legenda pode oferecer o que a oposição precisa para barrar a reeleição de Rui Costa: força política. “Em comparação com os pré-candidatos a presidente que eles têm – Rodrigo Maia (DEM) e Geraldo Alckmin (PSDB) – seria muito mais importante para a oposição da Bahia a adesão de Bolsonaro [na campanha estadual]”, comentou. “A gente precisa de espaço e eles de penetração”, disse Pimentel ao Bahia Notícias. Segundo a líder do partido, o bloco opositor precisa da força dos movimentos que apoiam a candidatura de Bolsonaro para “vencer o PT”. Sobre a proposta, um dos articuladores da oposição, o deputado federal José Carlos Aleluia (DEM) não descartou aceitar o apoio do PSL: “Nós não temos nenhuma restrição em conversar com partidos. Só não vamos fazer coligação PT”, acertou. Apesar dos limites postos, Aleluia não pareceu confortável com a ideia de abdicar da candidatura de Rodrigo Maia para alavancar o nome de Bolsonaro na Bahia. “Quem decide o nacional é o nacional”, bradou o parlamentar. Com chance de mostrar a força de sua pré-candidatura à Presidência e aumentar o poder de barganha, o PSL recebe Bolsonaro em Salvador nesta quinta-feira (24) (veja aqui).
por Lucas Arraz
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