Sessão Especial celebra Dia do Meio Ambiente e debate situação do Rio Verruga e do Poço Escuro

 

Na manhã desta quarta-feira, 2, a Câmara Municipal de Vitória da Conquista (CMVC) promove Sessão Especial para comemorar o Dia Mundial do Meio Ambiente e debater a situação do Rio Verruga e da Reserva do Poço Escuro. Como de costume, a sessão será realizada por meio do Sistema de Deliberação Remota (SDR), com transmissão pela Página da Câmara no Facebook (https://www.facebook.com/camaravc)e do canal da Casa no YouTube, além da Rádio Brasil FM (107,7).

Proponente do debate, o vereador Alexandre Xandó (PT) demonstrou sua preocupação com a área da Reserva do Poço Escuro e com o Rio Verruga: “Em nossa cidade, importantes recursos naturais encontram-se extremamente degradados, mormente o Rio Verruga e a Reserva do Poço Escuro, razão pela qual urge o debate sobre a proteção ambiental e cuidado com as presentes e as futuras gerações, conforme preconiza o art. 225 da Constituição Federal”.

Poço Escuro – Possui uma área com 17 hectares de mata ciliar existente no grotão que abriga as principais nascentes do Rio Verruga, na vertente sul da Serra do Periperi. Apesar da forte pressão antrópica provocada pela ocupação urbana no entorno, o Poço Escuro foi preservado desde a origem do Arraial da Conquista. Com vegetação exuberante constitui-se praticamente como último remanescente de mata de grande porte da Zona Urbana da cidade. Ainda que seja uma floresta perturbada, conserva uma alta representatividade em relação à fauna, com alta diversidade biológica.

Rio Verruga – O Rio Verruga nasce na Reserva do Poço Escuro, em Vitória da Conquista. Seus afluentes mais importantes, da margem direita, são o riacho Santa Rita, Córrego Lagoa de Baixo e Rio Periquito, enquanto que, da margem esquerda, são os Córregos Leão, Jeribá, Córrego do Moreira e rios D’Água Fria, dos Canudos, Santa Maria, riacho José Jacinto, córrego Riacho Seco e riacho da Areia.

Em meados do século XX, a calha do rio sofreu um processo de retilinização, alterando o curso e o seu leito natural. Ao longo do tempo, outros processos aconteceram como a canalização de grande trecho do seu canal, e um consequente aterro de áreas inundáveis, proporcionando uma mudança completa no ambiente que antes possuía uma extensa faixa de vegetação arbórea e algumas áreas de planície de inundação.

Além disso, a expansão urbana de Vitória da Conquista provocou uma diminuição contínua do ambiente natural no entorno das principais nascentes do alto rio Verruga, dando lugar a problemas de erosão, desmoronamentos de encostas, assoreamento dos cursos d’água, poluição, dentre tantos outros. Em áreas como a Avenida Bartolomeu de Gusmão e proximidades do Restaurante Popular, a poluição e o mau cheiro são constantes.

O Rio Verruga chegou a ganhar, em 2011, o título de um dos rios mais poluídos do Brasil, depois de um estudo realizado pela fundação SOS Mata Atlântica. Foi também em 2011 que o projeto de extensão “Reflorestamento Participativo do Rio Verruga”, da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb), venceu o prêmio Bayer Jovens Embaixadores Ambientais. O projeto, financiado pela prefeitura, contava com recursos oriundos do Fundo Municipal do Meio Ambiente, deliberado pelo Conselho Municipal do Meio Ambiente. O objetivo principal era promover ações educativas e de capacitação, a fim de restaurar a mata ciliar em alguns trechos do Rio Verruga, em parceria com a comunidade.