UBM em Vitória da Conquista

100_0483Este ano Vitória da Conquista tem a honra de ser  e estar entre as 17 cidades brasileiras a receber o projeto “Fortalecer o protagonismo no enfrentamento à violência contra as mulheres e a democratização da mídia”, apresentado pela União Brasileira de Mulheres e financiado pela Secretaria de Políticas para as Mulheres.

Segundo Lígia Ferreira Rodrigues, coordenadora da UBM em Conquista, o objetivo desta ação é “formar um conjunto de mulheres para que elas consigam falar e divulgar a Lei Maria da Penha, como também saber intervir, junto à mídia no sentido de fiscalizar como é que esta questão da violência doméstica chega à população”, afirma.

O projeto, que surgiu da emenda parlamentar da Deputada Federal Perpétua Almeida, do PCdoB/AC, propõe como primeiro passo a realização de um seminário, em Vitória da Conquista foi em 18 de junho. Neste dia foram formados grupos, que ao todos somaram 50 mulheres, para observar as notícias que saem na mídia sobre a mulher e o uso da mesma como objeto de desejo e de uso recorrente. E incluindo também a observação da aplicação da Lei Maria da Penha.

No dia 23 de julho haverá uma reunião com os grupos para dar o pontapé nas ações. Otília Soares, presidente do Conselho Municipal das Mulheres de Vitória da Conquista, conclui “esperamos que nossa cidade tenha uma grande participação nesse projeto e acabe tendo a repercussão nacional que a gente tanto deseja”.

Como um dos grandes focos do projeto é combater a violência contra a mulher a presidente afirma que existe a igualdade formal, estabelecendo que homens e mulheres sejam iguais. Mas, a igualdade social essa não foi atingida ainda. Porque os homens ainda acreditam que a mulher é um ser incapaz de pensar, agir e tomar suas decisões. Ainda acham que a mulher precisa ser corrigida quando agir mal, ou seja, concordar com a postura machista da sociedade.

A Lei Maria da Penha (Nº 11.340) cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher. Porém, uma pesquisa realizada em 2009 informou que apenas 2% dos agressores são punidos. Isto salienta o quanto é necessário o projeto da UBM.

reportagem Jamille Ribeiro