Josafá Santos
“… O PCdoB recebe apoio de qualquer um. O PCdoB para receber apoio
não tem problema…” Com essas palavras, oriundas da boca do próprio Sr.
Marcos Andrade, Presidente do PCdoB em Conquista, secretário municipal
do Meio Ambiente, embaso uma opinião pessoal: O PCdoB sempre foi, desde
sua criação, uma espécie de parasita do poder. Quando da criação do PT,
aproveitou a sombra deste e foi crescendo, qual um tumor, sugando,
tomando espaço, mas tendo sempre o devido cuidado de não matar o
hospedeiro. SER o corpo, dominar plenamente “a mente, o motor central”,
o Planalto, em seu nome mais puro, o partidão sempre soube lhe ser
missão impossível (espero eu), dada à ojeriza que a sociedade nutre a
um governo comunista. Particularmente, eu também sinto tal repulsa, e
para tal me basta ver o que foi feito da Rússia de Stalin e dos seus
sem fim de seguidores, após a “revolução” de 1917; basta-me olhar para
a ilha cubana, transformada há décadas em terra particular do clã
Castrista; basta-me deter o olhar sobre a China comunista com suas
centenas de milhões de cidadãos semi-escravizados, calados à força dos
fuzis ou dos canhões; basta-me, por fim, assistir o desfile
incivilizatório da comunista Coréia do Norte. Onde o regime comunista
pôs sua pata, suas garras peçonhentas, a democracia, a liberdade de
expressão, A VIDA (!) andou para trás. Tendo (ou não, alguns dos seus)
a consciência de suas limitações práticas, o PCdoB se limitou pois a
servir em batalhas aos senhores dos anéis, o PT no caso atual, em troca
de cargos, de migalhas do pão, das bordas da pizza, ou para saciar a
fome do guloso olho, de uma fatia um pouco mais gorda, de um prato mais
fundo, na farta mesa no banquete do poder.
Há muito de sabe da tripla identidade do “partidão”. Uma mistura
simbiótica de capacho, segurança e capanga do PT. Sua truculência
(ideológica, verbal ou mesmo física) é famosa, largamente utilizada,
muitas vezes aos extremos, nas assembléias sindicais por exemplo. Foi
neste meio, nos sindicatos, Brasil adentro, onde encontrou seu ninho
seguro, sua “veia aorta” plena de sangue a ser sugado, particularmente
graças aos seus meios nada ortodoxos, para não dizer escusos, nos
processos eleitorais. Por força de táticas vergonhosas nas eleições, em
vários sindicatos se eterniza, qual senhor feudal. A titulo de exemplo,
a APLB, Sindicato dos Professores do Estado da Bahia, há três décadas
está nas mãos de militantes do PCdoB, não por lícito mérito das urnas,
mas por uma sucessiva e repetitiva estratégia de manipulação das
eleições, com táticas que beiram a criminalidade pura e simples. O
próprio Sr Marcos Andrade, quando presidente da APLB
Regional-Conquista, foi DESTITUÍDO DO CARGO pelos professores da rede,
anos atrás, em assembléia pública, na Câmara de Vereadores, tamanha era
a insatisfação da categoria face aos seus desmandos, com a
desorganização, com a total falta de transparência do “sindicato”, de
sua “gestão”.
Fosse um batalhão, uma coluna de combatentes, O PCdoB se equivaleria
a um exército de mercenários. Servem em qualquer trincheira, a qualquer
Rei defendem, qualquer um recebem entre os seus, sem exceções. Cumprida
a missão, findo o combate, se lançam aos espólios de guerra. Não
atendidos em seus desejos, passam a atacar o antigo amigo defendido,
sem receio, sem escrúpulos, sem piedade ou brio algum. Sua espada e seu
escudo valiam seu peso em ouro, seu silêncio ou obediência também. E
para ambos os casos, se encontra quem se lhes pague, mesmo que em outra
trincheira. E não raro, cobiçam a coroa do Rei, que outrora defendiam.
“…o PCdoB recebe apoio de qualquer um. O PCdoB para receber apoio
não tem problema…”. E não tem problema mesmo. Tanto em receber quanto a
apoiar qualquer um que seja. QUALQUER UM MESMO. São famosas as
articulações feitas pelas centrais sindicais, reduto do PCdoB, em troca
de benefícios particulares. Os trabalhadores? Os sindicalizados? São
tratados como carga de manobra, massa plástica, nada mais. Seus
partidários são famosos pelos discursos inflamados, carregados de
energia proletária, vermelha, revolucionária! Mas são vazios de
sentido, de alma, de embasamento moral. Uma leitura fria aplicada sobre
eles (os discursos, os discursantes, ou a ambos) desmascaram-nos quase
que de imediato, pois não conseguem esconder o que são: Uma casca. Ou
sem vida, ou a esconder um ovo podre. Mas justiça seja feita: essa
virtude ao revés, a inverdade alardeada, não é um privilégio exclusivo
do PCdoB e de seus afiliados. Cresce fartamente em nossos campos, nos
planaltos, na Amazônia, no Nordeste, nas Gerais, a erva daninha da
mentira disfarçada, alimento primário do político mal caráter, praga
pandêmica em nosso país. Foi assim, aliás, apoiando e recebendo apoio
de qualquer um, se acendendo velas a Deus e ao Diabo, que os partidos
no Brasil, alguns mais que outros (…), se entrelaçaram e formaram essa
colcha de retalhos mal recortada, bem costurada, que conhecemos hoje.
Não importa de onde venha, ou para onde o apoio se vá, o que importa é
que após as eleições, de uma forma ou de outra, apoiados e apoiadores
estejam no poder. O poder é o fim em si, e para se alcançá-lo, a (i)
moralidade dos meios simplesmente… não importa. “…o PCdoB recebe apoio
de qualquer um. O PCdoB para receber apoio não tem problema…”.
Maquiavel dizia, 500 anos atrás, que triste, perigosa ou
problemática seria a situação do governante que se valesse das armas
alheias, dos exércitos estrangeiros, dos mercenários, para se chegar ao
poder. Muitos veriam, tardiamente, que seus “fiéis soldados” de
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