Trinta e quatro milhões de pessoas são portadoras do vírus HIV no mundo, número recorde graças ao acesso a tratamentos
Trinta e quatro milhões de pessoas são portadoras do vírus HIV no mundo, número recorde graças ao acesso a tratamentos
A
UNAIDS, órgão das Nações Unidas, divulgou nesta segunda-feira (21) um
novo relatório sobre a Aids em todo o mundo. Trinta e quatro milhões de
pessoas eram portadoras do vírus HIV, o vírus da Aids,
em 2010, um número recorde atribuído em grande medida à generalização
de tratamentos que prolongam a vida dos soropositivos e estimulam a
esperança de erradicar a pandemia.
“Nos encontramos na antessala de um importante marco na resposta à
Aids”, afirmou o diretor executivo do órgão, Michel Sidibe. “Há apenas
alguns anos, parecia impossível falar sobre o fim da epidemia a curto
prazo. No entanto, a ciência, o apoio político e as respostas
comunitárias estão começando a dar frutos claros e tangíveis”,
completou.
“Atualmente mais pessoas vivem com o HIV, em grande parte devido ao
maior acesso ao tratamento”, destaca o relatório, que calcula em 34
milhões – 17% a mais que em 2001 – o número de soropositivos.
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Hoje,
metade dos portadores do vírus recebe algum tipo de tratamento. Em
2010, graças a esta situação foram evitadas 700.000 mortes relacionadas
à Aids,
afirma o documento de 52 páginas. “A epidemia de Aids ainda não
terminou, mas o fim pode estar próximo se os países investirem de
maneira inteligente”, destaca a UNAIDS.
O relatório destaca a resposta completa e antecipada do Brasil ante a
epidemia, que garantiu o “acesso aos serviços de prevenção e tratamento
do HIV para as pessoas mais vulneráveis e marginalizadas”.
O organismo propõe um objetivo ambicioso: “Nos próximos cinco anos, os
investimentos inteligentes podem impulsionar a resposta à Aids até a
visão de zero novas infecções por HIV, zero discriminação e zero mortes
relacionadas”. A região mais afetada pelo HIV/Aids continua sendo a
África subsaariana (5% de prevalência entre a população adulta),
seguida pelo Caribe (0,9%) e Rússia (0,9%). Na América Latina a
evolução permanece estável desde o início dos anos 2000 (0,4% de
prevalência).
Mortes e novos casos
Em 2010, o relatório apontou o surgimento de 2,7 milhões de novos casos
(incluindo 390.000 crianças), 15% a menos que em 2001 e 21% a menos que
em 1997, quando a propagação alcançou o auge histórico.
O número de mortes em decorrência da doença caiu para 1,8 milhão em
2010, contra 2,2 milhões em meados dos anos 2000. “Desde 1995, evitamos
um total de 2,5 milhões de mortes em países com renda baixa e média por
meio do tratamento com antirretrovirais”, afirma o documento.
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