A tragédia do Edifício Liberdade. “Eis uma lição e um alerta”: O pó está caindo do teto sobre as mesas dos pastores, mas eles continuam enriquecendo, furando vigas para colocar quadros com suas fotos, cortando pilares doutrinários e abrindo novas janelas para o mal.

A imperícia em obra clandestina resultou em mortes e três edifícios reduzidos a escombros no centro do Rio de Janeiro. O prédio art déco que ficava bem ao lado de Teatro Municipal foi construído no início dos anos 40 e abrigava dezenas de pequenos escritórios.
O edifício estava castigado pelo uso e por inúmeras reformas fora de padrão. Empregados disseram que as rachaduras avançavam. Tudo indica até agora que o gatilho da tragédia foi uma obra de engenharia clandestina e mal planejada. As mudanças foram profundas. O piso foi revestido de granizo e as paredes foram erguidas, alterando a planta original. Desde a sua inauguração diversas janelas foram abertas nos andares mais altos. Tudo veio ao chão.
Ao ler esta notícia minha mente viajou para as palavras de Paulo: Porque de Deus somos cooperadores, lavoura de Deus, edifício de Deus sois vós. Segunda a graça de Deus que me foi dada, lancei o fundamento como prudente construtor; e outro edifica sobre ele. Porém cada um veja como edifica (I Coríntios 3.9-10).
O projeto original da igreja foi modificado por imprudentes construtores. As rachaduras e trincas estão visíveis, mais cedo ou mais tarde quem não observar as evidências da tragédia haverá de sofrer com o desmoronamento da sua fé.
Os pastores da pós-modernidade são os grandes responsáveis por uma engenharia eclesiástica descabida, montada sobre o projeto eclesiástico original do Novo Testamento. O pó está caindo do teto sobre as mesas dos pastores, mas eles continuam enriquecendo, furando vigas para colocar quadros com suas fotos, cortando pilares doutrinários e abrindo novas janelas para o mal.
As rachaduras estão ai, são as promessas falsas da prosperidade financeira, os pacotes eclesiásticos importados, os avivamentos de mentira, as falsas curas televisivas, os falsos profetas pedindo dinheiro e mais dinheiro, os templos suntuosos, a idolatria dos números, a quebra de maldições, o ensinamento a cerca dos espíritos territoriais, a oração de guerra, o mapeamento e cobertura espiritual, a mentalidade do paganismo umbandista, o liberalismo teológico e muitas outras reformas humanas na igreja.
Não ficará pedra sobre pedra.
Pr. Stênio Verde