Agência Estado
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva previu hoje que a pré-candidata à Presidência, Dilma Rousseff, terá dificuldade de fazer campanha na Bahia devido às divergências entre o governador Jaques Wagner (PT) e o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima (PMDB), aliados que disputarão o governo do Estado. “Eu sei que essas divergências vão me causar problemas, mas a política tem dessas coisas, tem imprevistos. Vai ser difícil”, admitiu. “Mas muito mais dificuldade vai ter a minha candidata, que vai estar nos palanques.”
As declarações foram dadas em entrevista às emissoras de rádio Santa Cruz, de Ilhéus, e Difusora de Itabuna. Ele ainda foi questionado sobre a aliança que o PT está costurando com o tradicional adversário no Estado, o ex-governador e atual senador Cesar Borges, hoje no PR, que foi aliado do senador Antonio Carlos Magalhães, do antigo PFL.
“A política é interessante porque não existe nada que você considere impossível. Algum dia alguém iria imaginar que o PT fizesse aliança com o PP?”, disse o presidente, referindo-se ao partido do deputado Paulo Maluf.
CPMF e imprensa
Lula voltou a reclamar do fim da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), que foi derrubada no Congresso Nacional. Ele disse que a falta dos recursos do chamado ” imposto do cheque” tem impedido investimentos na saúde. “Eu sei que a tentativa deles (oposição) não era prejudicar o pobre; era para me prejudicar. Tiraram a CPMF por birra, quase por vingança.”
O presidente encerrou a entrevista dizendo que preferia falar com profissionais do rádio do que com profissionais de jornais e TV. Segundo ele, o rádio tem uma comunicação direta. “Nas entrevistas para os jornais, a gente fala, fala, fala e depois não sai aquilo que a gente falou. Na TV eles também não colocam tudo. Eu gosto de falar mais no rádio”, afirmou.
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