Partidos alugam escritórios, montam equipes e se preparam para a hora que estiver valendo
Ainda faltando três meses para o início das campanhas, os pré-candidatos à Presidência já correm para chegar no dia 6 de julho – data em que é permitida a propaganda eleitoral – com tudo pronto para a hora de colocar o “bloco na rua”. Da estrutura aos discursos que os candidatos terão, os partidos tentam se antecipar para não sair em desvantagem com relação aos adversários.
No PSDB, que oficializou o nome de José Serra na disputa apenas no sábado (10), a hora agora é de saber quem vai cuidar do que na campanha. O presidente da legenda, senador Sérgio Guerra (PE), ficou com a coordenação-geral do time tucano, mas vai dividir a tarefa com coordenadores regionais. Em São Paulo, o nome escolhido por Serra foi o de José Henrique Reis Lobo, ex-secretário de Relações Institucionais do governo paulista.
A propaganda do tucano ficará a cargo do marqueteiro Luis Gonzáles, que há anos cuida das campanhas do PSDB e levou o prefeito Gilberto Kassab (DEM) à vitória em 2008.
A campanha na internet, que tem sido uma das principais preocupações dos partidos Thiago Faria, Wanderley Preite Sobrinho e Mônica Aquino,
para a eleição deste ano, ainda não tem o seu coordenador definido, mas um dos mais cotados é Moriael Paiva, da Talk Interactive. Ele também participou da campanha de Kassab e recentemente desenvolvia trabalho junto ao governo José Roberto Arruda, no Distrito Federal.
Para abrigar essa equipe, o PSDB já alugou quatro andares do edifício onde hoje funciona a sede municipal do partido em São Paulo. Além desse, os tucanos devem ter mais dois escritórios em São Paulo e mais um quartel-general em Brasília.
Dilma
Na dianteira no que se refere à organização da campanha, o PT também já definiu a maior parte da estrutura montada para tentar eleger Dilma Rousseff presidente. Quando começar as eleições, o principal escritório político da campanha sairá de uma das três casas que o PT alugou em Brasília e será transferido para o subsolo do hotel Imperial, também na capital.
Dos outros escritórios, uma ficará na mansão da Dilma, onde ela está morando desde que deixou o governo federal. A casa fica no Lago Sul, área nobre da cidade.
Os coordenadores da campanha que vão ocupar esses escritórios também já estão praticamente definidos. A ex-ministra contará com uma equipe que deverá ter o ex-prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel, o ex-ministro Antonio Palocci e o chefe de gabinete da Presidência, Gilberto Carvalho.
A parte de comunicação da campanha ficará sob responsabilidade do marqueteiro João Santana e o conteúdo de internet será dividido entre o ex-diretor da Campus Party Marcello Branco e o americano Scott Goldstein, que ajudou a eleger Barack Obama nos Estados Unidos.
Marina
O PV tem seis pessoas envolvidas diretamente com a pré-campanha da senadora Marina Silva (PV-AC). O vereador do Rio de Janeiro Alfredo Sirkis é o coordenadora da pré-campanha do partido. Cotado para ser vice de Marina, o empresário Guilherme Leal, sócio da Natura, também participa dos preparativos para colocar a campanha na rua.
O partido tem como “bunker” o escritório do Diretório Estadual de São Paulo para organizar as estratégias. No entanto, os dirigentes estudam usar uma casa no Alto de Pinheiros, na zona oeste de São Paulo, de um empresário ligado à campanha do PV.
A senadora terá, além do vereador e do empresário, uma equipe formada por João Paulo Capobianco, ex-secretário executivo do Ministério do Meio Ambiente, Luciano Zica, ex-deputado federal por São Paulo, Regina Gonçalves, presidente da executiva estadual de São Paulo, e Sérgio Xavier, presidente do PV de Pernambuco e pré-candidato ao governo do Estado.
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