“Cura Gay” não passará jamais, admite Feliciano durante culto.

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“Esse projeto já nasceu morto. Na comissão ele foi aprovado, mas eu sei que ele jamais irá passar no Congresso”, disse o deputado federal Marco Feliciano (PSC) sobre o projeto conhecido como “cura gay” em um culto realizado em Valinhos (SP), nesta quinta-feira (27). Ele chegou à igreja por volta das 21h30 e com ele um grupo de 20 manifestantes que gritavam “fora Feliciano”, “me cura” e “ele não nos representa”. O grupo criticava o parlamentar, presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, por causa da proposta que autoriza psicólogos a proporem tratamento para reverter a homossexualidade.De autoria do deputado João Campos (PSDB-GO), o projeto da “cura gay” pede a extinção de dois artigos de uma resolução de 1999 do Conselho Federal de Psicologia. Um deles impede a atuação dos profissionais da psicologia para tratar homossexuais. O outro proíbe qualquer ação coercitiva em favor de orientações não solicitadas pelo paciente e determina que psicólogos não se pronunciem publicamente de modo a reforçar preconceitos em relação a homossexuais. A aprovação do projeto pela Comissão de Direitos Humanos ocorreu na semana passada e motivou protestos em Campinas (SP) e também em outras cidades do país.

Antes da chegada de Feliciano, 12 homens da Polícia Militar prepararam um cordão de isolamento para separar os manifestantes da entrada da igreja. “Não estamos aqui para ofender a religião deles. Estamos aqui para protestar contra o deputado e esse projeto homofóbico. Se ele estivesse em uma praça seria da mesma forma”, disse a professora Rosângela Paes.(Erick Julio, do G1 Campinas)