Marcelo Guimarães é afastado do Bahia e Carlos Rátis é o interventor

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O Esporte Clube Bahia está mais uma vez sob comando de um interventor nomeado pela justiça. Nesta terça-feira (9), em julgamento no Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), a desembargadora Lisbete Maria de Almeida julgou improcedente a medida cautelar impetrada pelos advogados de Marcelo Guimarães Filho, presidente tricolor. Ou seja, uma tentativa de barrar a intervenção judicial do clube. Negada, Marcelo Filho perde seus poderes e, a partir de agora, não tem mais o comando do clube, assim como todo corpo diretivo do Bahia está destituída.Pela segunda vez, Marcelo Guimarães Filho deixa o Bahia através de ação judicial. O Bahia sofreu a primeira intervenção no fim de 2011.Durante o julgamento, a desembargadora Lisbete Maria de Almeida votou pela revogação da liminar e foi acompanhada pelos demais companheiros, o desembargador Edmilson Jataí e Dinalva Gomes Laranjeira, configurando-se decisão por unanimidade, 3 votos a 0. A desembargadora Dinalva Gomes substituiu o voto do desembargador Clésio Rômulo, que alegou impedimento de votar por ser torcedor do Vitória e “odiar o Bahia”, conforme o mesmo declarou.Nomeado pelo juiz Paulo Albiani, que na segunda sequer tomou conhecimento da ação cautelar do Bahia, dando sinais claros de que a intervenção aconteceria nesta terça, o advogado Carlos Rátis será o interventor do clube. Com o auxílio dos advogados Cyrano Vianna Neto, Alexandre Valente Derschvm e Danilo Pessoa de Souza Tavares, ele terá a missão de democratizar o clube promovendo o quanto antes as eleições diretas. Procurado, Rátis disse que só irá se pronunciar depois que a decisão for publicada no Diário Oficial. Ele deve ganhar remuneração de R$ 60 mil pelo cargo.

Na segunda, o movimento Bahia da Torcida, que exige entre outras coisas a democratização do clube e a renúncia do presidente Marcelo Guimarães Filho, lançou nota à imprensa apoiando a deposição do presidente, mas pedindo ao torcedor que se manifeste de forma prudente diante das decisões do TJ-BA. “É importante alertar que manifestações perto do tribunal não vão ajudar. O jogo está a nosso favor, se houver qualquer perturbação da ordem antes do julgamento, pode servir para ele não acontecer normalmente e isso é o que a gente não quer. Esse alerta partiu de uma orientação jurídica. Vamos ser prudentes, que tudo está caminhando para dar certo”, consta na nota.(Ibahia)