A estratégia de campanha da candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, não está agradando a cúpula do partido. Em uma reunião realizada na terça-feira, lideranças petistas pediram aos coordenadores de campanha da ex-ministra da Casa Civil que priorizem a apresentação de novas propostas ao invés de insistir na comparação entre os governos de Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva.
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Alguns integrantes da cúpula do PT disseram também que Dilma não conseguiu abandonar completamente o discurso de ministra, marcado pelo excesso de termos técnicos.
Dirigentes do partido ainda consideraram a agenda política de Dilma “fraca”. A candidata viajou a estados como o Ceará, reduto eleitoral do deputado Ciro Gomes (PSB), que o PT quer ver longe da disputa pelo Planalto. Antes disso, Dilma esteve em Minas Gerais. Lá adotou um discurso agressivo, classificando os opositores como “lobos em pele de cordeiro”, para, logo depois, defender a possibilidade de uma parceria entre ela e o candidato ao governo de Minas Antonio Anastasia, do PSDB – supostamente um dos tais “lobos em pele de cordeiro”.
“É uma avaliação equivocada dizer que a campanha da Dilma está limitada à comparação entre governos, mas eu não vou fazer comentários porque não houve resolução do partido”, disse ao jornal O Estado de S. Paulo José Eduardo Dutra, presidente do PT e coordenador da campanha de Dilma. “São debates internos da Executiva e opiniões pessoais.”
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