O senador César Borges disse hoje (27) que a segurança pública na Bahia vive uma “situação caótica” e pediu providências do poder público para devolver a cidadania aos baianos. “As informações trazidas pelos jornais são alarmantes e não me deixam mentir”, afirmou. O senador leu notícias relatando assassinato de policial, tiros contra um jornalista, roubo de carro blindado do governador e assalto a dois restaurantes do bairro do Rio Vermelho. Segundo ele, no Blog de Noblat “já se fala no programa ‘bala para todos’, uma crítica ao fracasso da política de segurança pública na Bahia”.
Até mesmo agências bancárias estão sendo fechadas no interior da Bahia por falta de segurança, após seguidos assaltos em municípios de todos os tamanhos, segundo informou César Borges. O senador contou que, há pouco tempo, pediu a um superintendente do Banco do Brasil a reabertura da agência desse banco em Iguaí, no sudoeste baiano. “Ele me disse que, lamentavelmente, aquela agência já havia tido dois assaltos seguidos e que ele não poderia reabrir, sob a possibilidade de colocar em risco não só a agência e os seus funcionários, como a vida dos próprios clientes”, relatou.
“Ninguém está a salvo na Bahia”, segundo sentenciou o senador baiano, para quem o tema da segurança “será uma questão central das próximas eleições”. Em aparte, o senador Romeu Tuma (PTB-BA) foi mais incisivo: “Os governadores acham que segurança pública não traz votos, mas vão acabar perdendo a eleição pelo medo que a população está sentindo”. Ex-delegado da Polícia Federal, Tuma concordou sobre a falta de entrosamento entre as forças policiais, lembrando que há “uma dicotomia muito forte” entre as policiais, que impede a “convergência no trabalho que se tem para desenvolver”.
César Borges defendeu a decisão do jornalista e professor ferido em assalto na Pituba, de cobrar providências para garantir a sua cidadania. “Como diz o professor que foi atingido em um assalto, o professor Washington Souza Filho, ele não é um irresponsável para usar uma arma para tentar se proteger, porque não cabe a ele esse tipo de papel. Isso poderia colocar a sua vida em risco, mais ainda”, afirmou o senador. Segundo ele, neste mesmo momento, outros baianos têm o sentimento igual. “Ele diz exatamente que a cidadania está ameaçada porque não há segurança na Bahia”, afirmou.
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