Foto: Camila Peres
As regras de fornecimento de nafta da Petrobras para a Braskem vão mudar dentro
de 35 dias, quando, em 15 de dezembro, vence a prorrogação do contrato
vigente e um novo deverá ser assinado. Para pontuar a necessidade de que
o novo contrato tenha a garantia de fornecimento de nafta a longo prazo e
com volume que garanta a competitividade da indústria petroquímica da
Bahia e do país, o governador Rui Costa esteve com o ministro de Minas
Energia, Eduardo Braga, na tarde desta terça-feira (10), em Brasília.
A Braskem é a única empresa de atuação nacional que transforma
nafta nas substâncias eteno, polietileno e polipropileno –
matérias-primas usadas por outras indústrias do setor.
As negociações passam pela mesa do ministro e, segundo o governador, a rápida definição é essencial para que se tenha novos investimentos no setor.”Entendemos que o fornecimento de nafta é fundamental para essa cadeia produtiva, que buscamos reforçar e ampliar. Consideramos urgente e é evidente que as empresas têm absoluta competência para chegar ao entendimento dos termos”, assinalou Rui. Ele destacou ainda que a agilidade no processo de entendimento significa emprego e renda no estado.
O ministro tranquilizou a comitiva ao afirmar que “efetivamente esse assunto está resolvido. Nossa proposta é que seja um contrato de 15 anos. É uma boa notícia porque vai destravar investimentos que estão paralisados em função desse contrato”.
Petróleo
Ainda pedindo intervenção ao ministro Braga junto à Petrobras, Rui pontuou que os campos maduros terrestres no Recôncavo Baiano e no Litoral Norte da Bahia não podem continuar perdendo investimentos. “Nós reiteramos o pedido para que a Petrobras retome os investimentos ou coloque os poços à venda, possibilitando assim que outras empresas possam garantir a produção e, acima de tudo, os empregos”. Conforme o governo baiano, a falta de investimento ocasionou cortes de 20 mil postos de trabalho na Bahia.
Indústrias eólica e solar
Outro ponto apresentado ao ministro foi a necessidade de alavancar investimentos nas indústrias eólica e solar. “Queremos que o Banco do Nordeste volte a abrir linhas de crédito para financiar a indústria eólica e a solar”, comentou Rui. Para isso, o governador conta com o ministério de Minas e Energia e com a bancada baiana, somando esforços.
O governador foi acompanhado por uma comitiva composta pelos senadores Walter Pinheiro, Lídice da Mata e Otto Alencar, por 15 deputados federais, por representantes dos setores industrial, de comércio e da indústria da Bahia, além de secretários estaduais e do representante do governo baiano em Brasília, Jonas Paulo.
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