Movimentos sociais, militantes de diversas matizes do campo de esquerda apoiadores do governo da
presidenta Dilma Rousseff e da democracia irão às ruas no dia 16 de dezembro. Em Vitória da Conquista, e
cidades no entorno dessa, não será diferente.
Tais movimentações, reunião e debates democráticos entre as entidades que compõem a Frente Brasil
Popular e a Frente Brasil Sem Medo estão se dando a partir do momento em que um setor descontente com o
resultado das eleições em 2014, e por um suposto movimento de pedaladas no campo econômico, que
segundo, os que se dizem de oposição, atenta contra determinada Lei constitucional, levando entre outras
punições o afastamento da presidenta Dilma Rouseff da presidência do Brasil. Afirmo aqui que essa todas as
movimentações que ocorrerão no dia 16 de dezembro em todo o Brasil, são integradas originalmente por
CUT, CTB, Levante Popular, UBES, UJS, UNE, MST, MTST, movimentos sociais de todos os estratos
populares da sociedade, pelas centrais, diversos sindicatos e por partidos políticos.
Em Vitória da Conquista, o ato acontecerá, a partir das 17h, na Praça Barão do Rio Branco. Devendo os
manifestantes seguir em caminhada por algumas por ruas dessa cidade. Há uma grande expectativa de a
mobilização reunir um grande número não filiados e não militantes, mas que acreditam que a quebra da
ordem democrática prejudicará a classe de trabalhadora e todos os brasileiros.
Assinalo aqui a unidade de vários movimentos sociais se dera de um acordo em ter uma posição propositiva,
firme e de repúdio contra o impeachment”, contra o acolhimento do pedido de abertura do processo de
impeachment contra o mandato da presidenta Dilma Rousseff, pelo presidente da Câmara dos Deputados.
Certamente, o movimento de afastamento é uma flagrante chantagem política por parte desse ou daquele
setor ora desprestigiados em 13 anos de governo, sob a égide do Partido dos Trabalhadores, e demais
partidos afinados com a democracia no Brasil.
Uma palavra de ordem ouvida a todo momento nos dias atuais: tomar as ruas por direitos, liberdade e
democracia, rechaçando no entendimento do movimento social do país o que seria um golpe contra a
democracia, fruto de muita luta, utopia, destruições e morte de pessoas. Muito importante: o presidente do
parlamento brasileiro e seus assemelhados são colocados e apresentados como um retrocesso ignóbil,
acéfalo e um feroz ataque à democracia no Brasil. Particularmente penso que de fato os ricos é que devem
pagar pela crise rentista construída por esses próprios. Contraditoriamente essas medidas econômicas
penalizem os mais pobres. Portanto, defendo sem dó nem piedade a taxação das grandes fortunas, dos
dividendos e das remessas de lucro e uma auditoria da dívida pública.
Este dia de luta está sendo construído por uma grande rede de ação popular. Numa uma plataforma popular
onde visa-se o enfrentamento das desigualdades da sociedade brasileira e propõe uma saída para a crise à
esquerda: a saída será pela mobilização nas ruas, em defesa do aprofundamento da democracia e as reformas
necessárias para o Brasil: reforma tributária, urbana, agrária, educacional, reforma democrática do sistema
político, e principalmente da democratização das comunicações, a mãe de toda essa batalha. Aliás, cumpre-
me a reverberar aqui é que esse ato político desse dia 16 de dezembro de 2015, por si só pode ajudar a
conscientizar as pessoas de que a concentração da mídia, do jeito que existe no Brasil, representa um perigo
à nossa estabilidade democrática. Tal a nossa mídia se coloca a todo momento impulsionadora de golpes,
não só no Brasil, mas, em toda a grande américa do sul, reacionária e anti-trabalhista, de um lado; e detêm
um poder financeiro monstruoso, de outro. A concentração apavorante da mídia brasileira em mãos de meia
dúzia de herdeiros da ditadura é uma anomalia que os amantes da democracia devem combater com todas as
suas forças.
É isso: A presidenta Dilma e o Brasil tem de entender que, se não combater a mídia golpista, não vai
conseguir fazer o Brasil avançar. É essa uma verdade elementar em pauta, desde os tempos em que a
ditadura militar destruía pessoas, afinal, até a presidente Dilma sofrera na pele a perversidade desses anões
militares, hoje, transmutados de seres que inclusive, professa essa ou aquela palavra metafísica, em nome
desse ou daquele ser divino. “Atenção para a PALAVRA DE ORDEM e atenção, muita atenção para o
refrão. Ainda é preciso estar ‘atento e forte’, com as luzes de alerta acesas no CAMPO DE JOGO
POLÍTICO, mas sem mistificações”. Então é isso aí: vive-se uma época de pragmatismo, principalmente na
política. Mas rezemos forte, escolha seu santo e boa sorte.
Joilson Bergher. Professor de História, Especialista em Metodologia do Ensino Superior/ Uesb.
Pesquisador independente do Negro no Brasil, Graduando em Filosofia/Uesb
16 de dezembro 2015.
Joilson Bergher
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