Depois de 14 anos, morte do prefeito Celso Daniel assusta PT

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O assassinato do prefeito Celso Daniel, de Santo André, ocorrido em janeiro de 2002, até hoje não foi esclarecido e, por isso, nunca deixou de assombrar o PT. Na sexta-feira (1º), a mais recente fase da Lava-Jato voltou a agitar o caso. O assunto foi matéria de capa da revista Veja.  A reportagem revelou que Marcos Valério ainda guardava consigo segredos devastadores. Em depoimento à Procuradoria-Geral da República, o famoso operador do mensalão resolveu detalhar alguns deles. Valério disse que um obscuro empresário de Santo André, Ronan Maria Pinto, acionou o então secretário do PT, Silvio Pereira, para chantagear o ex-presidente Lula. A chantagem: ou o PT lhe dava 6 milhões de reais ou ele revelaria o envolvimento de Lula, José Dirceu e Gilberto Carvalho no assassinato de Celso Daniel. Disse mais: os R$ 6 milhões foram negociados pelo pecuarista José Carlos Bumlai, que tomou o dinheiro do cesto de picaretagens petistas na Petrobras. Em 2014, dois anos depois, durante as investigações da Lava-Jato, a polícia encontrou em um escritório de contabilidade um contrato confidencial. Pelo documento, Marcos Valério emprestava R$ 6 milhões ao empresário chantagista Ronan Maria Pinto. A polícia então interrogou a dona do escritório de contabilidade, Meire Poza. Ela contou que o contrato pertencia a um notório lavador de dinheiro chamado Enivaldo Quadrado. E Enivaldo Quadrado dizia que guardava uma via do tal contrato para resguardar-se. Era seu “seguro de vida contra o PT”, uma “arma que derrubaria o Lula”. E, claro, um instrumento para arrancar uma graninha do PT. E explicava que o dinheiro do empréstimo serviria para pagar a chantagem que Ronan Maria Pinto vinha fazendo contra o PT.