Governo publica renomeação de ministros deputados

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Marcelo Castro e Patrus Ananias deixaram mandato para votar na Câmara.
‘Diário Oficial’ desta terça trouxe ainda a exoneração de Gilberto Kassab.

O governo publicou nesta terça-feira (19), no “Diário Oficial da União”, as renomeações de ministros que têm mandato de deputado e haviam deixado o cargo para votar na sessão do impeachment no fim de semana. Foram reconduzidos para o ministério Marcelo Castro (Saúde) e Patrus Ananias (Desenvolvimento Agrário).

O Palácio do Planalto já havia informado que esses ministros seriam renomeados. No caso deo deputado Mauro Lopes (PMDB-MG),que também deixou o cargo na semana passada para votar, não houve renomeação. Ele, que ocupava a Secretaria de Aviação Civil, votou favoravelmente ao processo de impeachment de Dilma e, segundo a própria presidente, não faz mais parte do governo.

Também foi publicada no “Diário Oficial” a exoneração de Gilberto Kassab, ex-ministro das Cidades. Ele pediu para sair do governo na última sexta-feira e justificou que seu partido, o PSD, havia decidido apoiar o impeachment, o que tornava a permanência dele na equipe de Dilma insustentável.

Interinos
Em meio ao processo de impeachment de Dilma e uma crise na base aliada, outros ministérios também estão sem seus titulares permanentes.

Nos casos de Gilberto Occhi (Integração Nacional), Gilberto Kassab (Cidades) e Henrique Alves (Turismo), os ministros de PP, PSD e PMDB, respectivamente, decidiram entregar seus cargos após as bancadas dessas legendas na Câmara se posicionarem favoráveis ao impeachment de Dilma. Nesses três casos, as pastas têm sido administradas de forma interina.

Lula
Outro ministério sem titular permanente é a Casa Civil. Nomeado para o posto no mês passado, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve sua posse suspensa pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes, que atendeu a um pedido do PSDB – o partido alega que Lula, investigado na Lava Jato na primeira instância, tentou obstruir a Justiça ao ser nomeado, a fim de obter o foro privilegiado e ser investigado pelo STF.

Até que o plenário do Supremo decida se Lula pode ou não assumir o ministério, está à frente da pasta a ministra-substituta Eva Maria Chiavon, que exercia o cargo de secretária-executiva da pasta na gestão de Jaques Wagner, atual chefe de gabinete da presidente Dilma.

Mesmo sem estar oficialmente na Casa Civil, Lula tem atuado, especialmente nas últimas semanas, como articulador informal do governo. Em um hotel em Brasília, ele passou a receber parlamentares e dirigentes partidários a fim de garantir apoio de deputados e senadores ao Palácio do Planalto e, especialmente, à presidente Dilma.

Fonte: G1