Já eram 17h45 em Vitória da Conquista quando a chama olímpica, guardada em um candeeiro, acendeu a primeira tocha segurada por Antônio Jesuíno da Silva, 67, o ex-jogador Piolho. Crianças, jovens e adultos gritavam o nome do conquistense que atualmente é coordenador do Estádio Municipal Edvaldo Flores. “É um orgulho para mim, é a maior emoção da minha vida ser prestigiado para conduzir esta tocha, levando o nome de Vitória da Conquista no cenário brasileiro”, declarou Piolho em meio a multidão que o disputava para vários selfies.
Na Avenida Bartolomeu de Gusmão, passava das 18h quando o professor José Arcanjo Rocha, 50, cego desde a juventude, recebeu de Magno Prates, presidente da Associação de Surdos do município, a chama olímpica. Segundo ele, deu “um friozinho na barriga”. “É um momento impar, o primeiro e único. Passa um filme na cabeça e estamos ainda escrevendo um capítulo desta história. Nós, pessoas do povo, pessoas comuns, participando desta história mundial que é as Olimpíadas”, explica.
Foram 62 cidadãos que tiveram este privilégio de participar do revezamento que simboliza a união entre os povos, de levar em suas mãos aquela que representa a paz entre todos.
Um das pessoas que estava no início do revezamento, na Avenida Juracy Magalhães, foi Nilda de Oliveira que mora no Boa Vista. Ela estava lá com sua filha de 1 ano e 11 meses e com Victor, de oito anos, que a convenceu de levá-lo. “Vimos de bicicleta para ver a tocha passar”, disse. O menino também falou: “Eu queria vir quando soube na televisão. Gosto de ciclismo”.
Mas não era só as crianças que fizeram os pais se deslocarem para ver o revezamento. Dona Dalva Sena, 72, saiu da Urbis II para ver a tocha chegar ao Centro Glauber – Educação e Cultura. “Estou aqui desde cedo, valeu a pena esperar. A gente fica orgulhosa pela tocha passar em nossa cidade pela primeira vez”.
Após percorrer pouco mais de 13 km em Vitória da Conquista, o fogo olímpico segue para Itambé, Floresta Azul, Ibicaraí, Itabuna e Ilhéus, neste sábado, 21.
Deixe seu comentário