Observatório europeu divulga espetacular imagem detalhada de Júpiter antes de chegada de sonda ao planeta

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Registro subsidiará missão de espaçonave que irá se aproximar de forma inédita do maior planeta do sistema solar.

Na reta final para a chegada da sonda Juno à Jupiter, astrônomos divulgaram uma imagem inédita do maior planeta do Sistema Solar.

O objetivo do registro, feito pelo poderoso telescópio VLT (Very Large Telescope), do consórcio internacional ESO (Observatório Europeu do Sul, na sigla em inglês), é criar mapas de alta resolução do gigante gasoso para subsidiar a missão da sonda.

A imagem, colorida artificialmente, é resultado da seleção e combinação dos melhores registros obtidos por um equipamento do VLT que consegue estudar a luz infravermelha de objetos celestes.

Lançada pela Nasa em agosto de 2011, a Juno iniciará no próximo dia 4 de julho uma missão científica de 16 meses, com a tarefa de explicar melhor o Sistema Solar a partir da origem e evolução de Júpiter.

A sonda fará uma série de voos a menos de 5 mil km da espessa camada nublada do planeta, batendo o recorde anterior de aproximação, de 1974 – 43 mil km da sonda americana Pioneer 11.

Os instrumentos de sensoriamento remoto da sonda irão analisar as várias camadas do gigante gasoso e medir propriedades como composição, temperatura e movimento.

Ilustração mostra a sonda espacial em órbita de Júpiter (Foto: NASA/JPL)
Ilustração mostra a sonda espacial em órbita de Júpiter (Foto: NASA/JPL)

A sonda também tentará verificar se Júpiter possui ou não um núcleo sólido, mapeará seu campo magnético, medirá água e amônia na atmosfera e observará suas auroras (as mais energéticas do Sistema Solar), entre outras ações.

Espera-se que a missão traga novas informações sobre as faixas coloridas que envolvem Júpiter, bem como revelações sobre a origem da chamada Grande Mancha Vermelha (Great Red Spot), uma tempestade gigantesca que se mantém há séculos no planeta.

Uma tarefa chave da missão será medir a abundância de água na atmosfera – indicador da quantidade de oxigênio presente na região de Júpiter quando o planeta se formou, e da possível rota de migração do gigante gasoso dentro do Sistema Solar.

Fonte: G1