Quase 28 milhões de casas brasileiras tentaram acessar programas do governo em 2014

bolsa familia

Dados do IBGE mostram ainda que 93,7% das famílias conheciam iniciativas como o Bolsa Família e Minha Casa Minha Vida

Jefferson Rudy/ Agência Senado

No Nordeste, 61,9% dos domicílios tentaram cadastramento para acesso a programas sociais

 

Em 2014, 41,5% (27,8 milhões) das casas brasileiras tentaram acessar os programas sociais do governo federal. Em 25,8% (17,3 milhões) delas houve entrevista para o Cadastro Único, que é obrigatório para a concessão de benefício em programas, podendo ser usado também em programas ofertados pelos governos estaduais e municipais.

É o que mostra o suplemento Acesso ao Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal e a Programas de Inclusão Produtiva, da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2014, realizado em convênio com o Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário.

A Região Nordeste apresentou os maiores percentuais tanto de domicílios em que houve tentativa de cadastramento (61,9%) quanto de domicílios onde ocorreram entrevistas (43,7%).

Ainda em 2014, 93,7% (62,8 milhões) dos domicílios conheciam o Cadastro Único ou os programas sociais do governo federal, como o Programa Bolsa Família, Tarifa Social de Energia Elétrica, Programa Minha Casa Minha Vida e Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego).

Cadastro Único

A pesquisa observou que o percentual de domicílios que tentaram se cadastrar decresce com o aumento das classes de rendimento mensal domiciliar. Em 2014, 70,4% dos domicílios sem rendimento ou com rendimento domiciliar de até meio salário-mínimo tentaram cadastramento. Quando se considera o valor per capita do rendimento domiciliar, a média para os domicílios que tentaram se cadastrar foi de R$ 668.

Tanto nos domicílios que conhecem o Cadastro Único ou programas sociais do governo federal, quanto nos domicílios que tentaram se cadastrar e nos domicílios que fizeram entrevistas, há maior presença de crianças e adolescentes. Nos domicílios que realizaram entrevista para o cadastro, 30,3% tinha até 14 anos.

O rendimento médio mensal domiciliar per capita dos domicílios onde havia conhecimento do cadastro único ou programas sociais do governo era de R$ 1.231, sendo de R$ 668 nos domicílios onde houve tentativa de cadastramento e R$ 1.685 nos domicílios que não tentaram se cadastrar. Considerando apenas os domicílios que tentaram se cadastrar, esse rendimento foi de R$ 530 nos domicílios onde houve entrevista e R$ 897 nos domicílios onde não houve entrevista.

O percentual de domicílios que tentaram se cadastrar, quando se consideram todos os domicílios particulares permanentes, decresce com o aumento das classes de rendimento mensal domiciliar total. Em 2014, 70,4% dos domicílios sem rendimento ou com rendimento domiciliar total de até meio salário-mínimo tentaram cadastramento, enquanto nos domicílios com rendimento de mais de três salários-mínimos essa proporção era de 28,9%.

Fonte: Portal Brasil, com informações do IBGE

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