As 32 seleções mundiais vão conhecer seus adversários na Copa do Mundo da Rússia-2018 nesta sexta-feira, quando será realizado o sorteio que define os grupos da competição, com cabeças de chave como Brasil e Argentina torcendo para evitar a Espanha, a mais temida do pote 2.
O ranking mundial, no qual a Fifa se baseou para distribuir as equipes participantes em quatro potes, quis que a Espanha, oitava colocado da classificação no mês de outubro, deixasse seu lugar entre os cabeças de chave para a Rússia, anfitriã da Copa do Mundo (14 de junho-15 de julho).
“Queria evitar a Espanha no grupo da Copa porque seria um adversário muito difícil”. Estas recentes palavras de Lionel Messi, o capitão da Argentina, resumem o que pensam os oito cabeças de chave do torneio: Brasil, Argentina, Alemanha, França, Bélgica, Portugal, Polônia e Rússia.
Após as decepções na Copa do Mundo do Brasil-2014 e na Eurocopa-2016, Julien Lopetegui recuperou o sistema de toque de bola que levou a Espanha a conquistar dois títulos continentais (2008 e 2012) e a Copa da África do Sul-2010 de maneira consecutiva.
“Se há uma equipe a evitar, é a Espanha. Se outros pegarem eles, será bom”, declarou o técnico da França, Didier Deschamps.
A priori, as cinco seleções apontadas pelos especialistas como favoritas a conquistar o título são Alemanha, Brasil, Argentina, França e Espanha… e a ‘Roja’ é a única que não faz parte do pote 1, reservado aos cabeças de chave.
Na teoria, Brasil e Argentina teriam mais chances de esbarrar com a Espanha, devido à regra do sorteio que impõe duas seleções do Velho Continente por grupo.
Quem certamente não dará de cara com brasileiros e argentinos serão as outras três seleções sul-americanas (Uruguai, Colômbia, Peru), que não podem enfrentar uma equipe da mesma confederação na fase de grupos.
Seguindo estas regras, as seleções sul-americanas que não fazem parte do pote 1 cairão obrigatoriamente num grupo liderado por uma das cabeças de chave europeias, mas há enorme diferença entre encarar a Alemanha, atual campeã do mundo, e a Rússia, seleção de pior ranking entre todas as 32 participantes.
O nível dos outros potes parece um tanto desproporcional, com seleções muito perigosas e outras que farão o papel de meros coadjuvantes.
– Sorteio no Kremlin –
Apesar das muitas regras, a sorte poderá decidir por grupos muito dispares: desde uma chave temível com, por exemplo, Brasil-Espanha-Dinamarca-Nigéria a outra mais aberta, com Rússia-Peru-Tunísia-Arábia Saudita.
O sorteio será realizado no Palácio do Kremlin, sede do governo moscovita, e será apresentado pelo ex-jogador inglês e hoje comentarista Gary Lineker e pela jornalista russa Maria Komandnaya.
Para sortear as bolas nos diferentes potes, serão oito ‘assistentes’ de luxo: as lendas do futebol Laurent Blanc, Gordon Banks, Cafu, Fabio Cannavaro, Diego Forlán, Diego Maradona e Carles Puyol, representando sete países campeões do mundo, além de Nikiti Simonyan, representante do país anfitrião.
Trinta dos 32 técnicos das seleções participantes estarão presentes in loco no sorteio, incluindo Juan Antonio Pizzi, recém-contratado pela Arábia Saudita, depois de falhar em classificar a seleção do Chile à Copa.
– Doze novos participantes –
As duas ausências confirmadas são a do uruguaio Óscar Tabarez, por motivo não especificado, e do técnico da Austrália, que ainda não encontrou substituto para Ange Postecoglou, demitido recentemente.
Algumas seleções de peso também serão ausências destacáveis. Além do Chile, atual bicampeão da Copa América, a tetracampeã do mundo Itália, a tradicional Holanda e os Estados Unidos não conseguiram se classificar para a Rússia-2018.
Com isso, mais de um terço das seleções que participaram da Copa do Brasil-2014 não se classificaram para a Rússia. Na África, somente a Nigéria, presente em 2014, revalidou seu bilhete pelo continente, que verá quatro novos participantes para a edição do ano que vem (Tunísia, Egito, Senegal, Marrocos).
A partir desta sexta-feira, os grandes favoritos a suceder os alemães como campeões do mundo conhecerão o caminho a percorrer até a glória.
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