Marcado para a próxima terça-feira (25), o julgamento sobre a suspeição do ministro Sergio Moro quando era juiz dos processos da Lava Jato pode ser adiado. Neste momento, a pressão para que o Supremo Tribunal Federal (STF) postergue a análise do caso é muito grande, segundo informações da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo.
Mas essa decisão será tomada apenas na data, em conjunto, pelos cinco ministros da segunda turma da Corte — eles vão julgar o pedido de habeas corpus (HC) do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que cumpre pena por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Esse HC foi apresentado ao STF antes mesmo da revelação de mensagens de Moro com procuradores da operação. De acordo com a série divulgada pelo site The Intercept Brasil, enquanto relator da operação, ele orientava a atuação do Ministério Público Federal (MPF). Assim, depois que as conversas vieram a público, a defesa de Lula as incluiu no processo, pontuando ainda as conversas do então juiz com aliados de Jair Bolsonaro (PSL), que foi o maior beneficiário eleitoral com a prisão de Lula. Na época da eleição, as pesquisas apontavam o petista, que foi impedido de competir, à frente do presidente eleito na corrida presidencial.
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